Depois de um espetacular Codex Atlanticus,
aguardava-se com expetativa o novo álbum dos Serenity. E não foi preciso
esperar muito para o coletivo austríaco lançar mais uma obra-prima.
Naturalmente com diferenças, Lionheart,
que se baseia na vida do Rei Ricardo, Coração de Leão, volta a demonstrar que
neste campeonato, os Serenity jogam sempre na Champions League. O baixista Fabio D’Amore falou-nos,
precisamente do que mudou, do surgimento da temática abordada e lembrou a sua
passagem por Portugal.
Olá Fabio, antes de mais agradeço a disponibilidade
e a oportunidade de entrevistar uma das mais importantes bandas da atualidade.
Depois, naturalmente felizes com mais uma obra-prima, sob a forma de Lionheart?
Olá e muito obrigado por nos concederes um espaço!
Sim! Lionheart está cá fora e tem
obtido bons resultados, por isso, não podemos estar mais felizes, como dizes.
Esta é, de facto, uma das melhores fases da vossa carreira,
com o Codex Atlanticus e agora Lionheart. Na tua opinião, isso fica a dever-se a quê?
Acho que é devido a uma fórmula sólida que
estabelecemos com o Codex, e que
trouxemos para o Lionheart, e uma
formação nova e fresca que fez o nosso som e as nossas performances ao vivo crescerem e evoluírem em termos de eficácia.
Tenho a certeza de que isso é visível quando os fãs vêm aos nossos espetáculos e
gostam do resultado.
Concentremo-nos em Lionheart. Este é um
álbum baseado na história do Rei Ricardo. O que vos motivou a escolher esse
tema?
Foi uma escolha bastante espontânea, quando começamos a
conversar sobre o novo álbum, duramente a tournée
com os Powerwolf, em março de 2016. Estávamos a jantar depois do espetáculo e a
pensar em possíveis temas para o novo disco e Georg sugeriu o nome de Ricardo,
Coração de Leão. Todos ficamos bastante felizes e motivados e começamos a
trabalhar nisso!
Tendo um historiador na banda fizeram aprofundadas pesquisas
históricas para criar as letras?
Definitivamente temos que fazer pesquisas históricas profundas
quando abordamos a vida de personagens grandes e influentes. Por isso, temos consciência
da importância do que falamos, com ou sem um historiador na banda.
Embora não tenham nenhuma música sobre Robin Hood. Essa
é uma vertente hollywoodesca?
Exatamente. Falamos de factos históricos, sem Hollywood
ou ficções em termos do que aconteceu no decorrer da história! Certamente que a
nossa imaginação organizou a informação, porém percebemos isso para servir o
conceito em si e as composições.
Codex Atlanticus foi mais bombástico, Lionheart é um pouco menos. Foi premeditado? Que
outras diferenças apontas entre os dois álbuns?
Se estás a falar sobre ter mais ou menos orquestra,
sim, isso é verdade. Nós queríamos que Lionheart
fosse um disco mais orientado para os riffs,
com arranjos clássicos orquestrais por trás. Esse foi, definitivamente, o nosso
desejo. De resto, acho que a marca registada dos Serenity está presente de
igual forma em ambos os registos, mas, de alguma forma, Lionheart também é mais agressivo, possui diferentes soluções vocais,
com a introdução de vocais mais agressivos e uma atmosfera diferente, devido à
grande diferença das duas personagens envolvidas.
O que está previsto para os próximos tempos em
relação a palco?
Dentro de um mês teremos a nossa emocionante tour europeia e mal podemos esperar para
subir a palco outra vez. Vamos oferecer uma ótima performance cheia de momentos de Lionheart, velhos clássicos e algumas surpresas que definitivamente
entreterão os nossos fãs! Mas deverão ir ao nosso espetáculo para descobrir!
Obrigado, Fabio, queres acrescentar mais alguma
coisa?
Obrigado aos teus leitores/ouvintes e,
definitivamente, esperamos ir a Portugal em breve. Pessoalmente, ter atuado em
Lisboa e Porto foi um dos melhores momentos da minha carreira! Tenho ótimas
lembranças !! Obrigado!
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