Entrevista: ESOLD

Os ESOLD - Eternal Search Of Lucy's Diamonds - é um projeto musical sediado em Abrantes, cujas principais influências resultam da força do rock, das texturas do grunge e das cores do stoner. Apesar de recentemente formados, os ESOLD contam com a participação de músicos experientes que já passaram por bandas. Após algumas bem-sucedidas apresentações ao vivo na região centro do país os ESOLD encontram-se de momento a promover a edição da sua demo de estreia Lucy. E foi por isso que fomos conversar com Rui Duarte para conhecer este trabalho e esta nova promessa nacional.

Olá, Rui, tudo bem? Quem são os ESOLD? Podes apresentar o projeto a quem não vos conhece?
Olá, tudo impecável. Os ESOLD são 4 amigos que gostam de Rock e que se juntam para fazer o que gostam e lhes dá prazer – Rock! Na voz temos o Cláudio Brandão, na bateria o Jorge Neves, no baixo o Sérgio Marques e na guitarra eu, Rui Duarte. ESOLD é um projeto de Rock relativamente recente com diversificadas influências sendo as mais vincadas e óbvias, para quem nos ouve, o Grunge e o Stoner. Todos os elementos da banda têm um passado ligado à música e já tivemos vários projetos ao longo dos anos, o que permitiu que cada um de nós crescesse como músico e compositor e em ESOLD juntamos todo esse conhecimento e experiência acumulada num projeto que acreditamos ser forte, honesto e com potencial.

Qual o significado de ESOLD e qual a razão da escolha deste nome?
ESOLD significa Eternal Search Of Lucy’s Diamonds. O nome nasce pela mão do nosso vocalista, o Cláudio, que se inspirou nalgum psicadelismo dos anos 60 e 70 com referencias aos Beatles ou aos Pink Floyd.

Os ESOLD surgem, como vimos, da junção de diversos membros com bastante experiência acumulada. Quando sentiram que deveria começar um novo projeto? O que vos motivou?
Não foi uma decisão premeditada ou planeada. Foi algo que acabou por acontecer naturalmente. Eu e um outro amigo nosso (baterista) juntamo-nos para fazer umas jams e beber umas cervejas só naquela de fazer barulho e passar o tempo mas à 2.ª ou 3.ª jam apercebemo-nos que sem darmos por isso já estávamos a compor originais. Daí em diante foi continuar a compor novos temas, foram entrando e saindo músicos até chegarmos à atual formação… Foi um processo muito natural e sem pressão… O tempo encarregou-se de nos trazer até aqui. A principal motivação é mesmo a paixão pela música, pela composição e o sermos amigos e podermos partilhar tempo de qualidade juntos.

Que apontamentos novos trazem para os ESOLD em relação aos vossos projectos anteriores?
É uma pergunta difícil e cada um de nós poderá dar respostas ligeiramente diferentes. Contudo, acho que a simplicidade e a objetividade são elementos que caraterizam bem o nosso som e o distancia de anteriores projetos. O nosso processo de composição assenta muito numa lógica de simplificação em que procuramos manter apenas o fundamental e livramo-nos do acessório e das cosméticas que nada acrescentam. É um bocado a ideia do less is more!

E que nomes ou movimentos mais vos influenciam ou inspiram?
É mais uma pergunta difícil de responder porque são muitas. Contudo, e ouvindo a nossa música penso que é possível identificar referências e influências que passam pelos grandes projetos de finais da década de 60 e década de 70 como os Black Sabbath, os Led Zeppelin, os Blue Cheer ou os Pink Floyd só para citar alguns nomes. Depois e de forma mais proeminente as nossas influências também passam pelas bandas de finais de 80 e década de 90 como os Soundgarden, Alice in Chains, Deftones, Tool ou os Kyuss. Até certo ponto somos um projeto algo revivalista mas sem perder contacto e o foco com a contemporaneidade.

A vossa primeira demo já foi lançada no final do verão do ano passado e tem estado a apresentá-la ao vivo. Como tem sido a receção e a aceitação?
É verdade. O feedback que temos tido é extremamente positivo. As reações de quem passa pelos nossos concertos têm sido excelentes o que nos tem dado alento para continuar a desbravar terreno, mas também nas plataformas e redes sociais temos vindo a recolher reações muito boas. Aquela teoria da anunciada morte do Rock a nós não nos assiste.

Dessa demo já foi feito o vídeo para Around. Que critérios estiveram na base da escolha deste tema?
A demo Lucy é composta por apenas 3 temas, trata-se de um breve trabalho de apresentação do projeto. O nosso objetivo é fazer vídeos para os 3 temas. Nos próximos 2 ou 3 meses teremos um novo vídeo disponível para o tema Catch Up que tem vindo a ter alguma rotação em rádios e programas de autor. Quanto ao tema Around escolhemos para primeiro vídeo porque é um tema que permite apresentar várias facetas dos ESOLD, harmonia, melodia e peso q.b. num ambiente algo soturno e convidativo ao lado mais negro da vida.

Para quando está previsto o lançamento de algo mais substancial?
Para já não temos data definida para voltar a entrar em estúdio, no entanto apontamos para final do ano de 2018 início de 2019 poder gravar o nosso 1.º longa duração que permita mostrar os ESOLD em toda a sua força e dinâmica.

Sendo uma banda que está a começar, que objetivos se propõem atingir?
Os objetivos imediatos passam por continuar a apresentar e promover os ESOLD e a sua música ao vivo. Lançar os vídeos, faseadamente, para os restantes temas da demo Lucy. Pretendemos também concluir de compor um punhado de temas novos que temos em modo rascunho e como já acrescentámos entrar em estúdio no final de 2018.

Obrigado. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela parte dos ESOLD pelo interesse e oportunidade de colaborar com a Via Nocturna, foi um prazer. Desejamos muita saúde, sucessos para a Via Nocturna e muito Rock. Podem ainda contactar, acompanhar os ESOLD ou adquirir merchandise (demo Lucy e T-shirt) entrando em contacto pelos seguintes meios:
esoldband@gmail.com
https://www.facebook.com/ESOLDBAND/
https://esold.bandcamp.com/
https://www.instagram.com/e.s.o.l.d/

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