Entrevista: Ignore The Sign


Ossy Pfeiffer podia ter lançado um álbum a solo com o seu material. Mas, em vez disso, optou por juntar um grupo de amigos com larga experiência, criar mais material e… assim nasceram os Ignore The Sign. Longe de se considerarem um supergrupo (apesar de os nomes e coletivos por onde esses nomes passaram, permitir toda a legitimidade para essa denominação), Ossy Pfeiffer refuta esse título e afirma que os Ignore The Sign são mais que um projeto: são, definitivamente, uma banda!

Olá, Ossy, como estás? Quando e quem teve a ideia de começar este projeto?
Ignore The Sign é definitivamente uma banda! Existem situações na vida em que deves abandonar o teu plano original e seguir o teu instinto. Foi precisamente isso o que eu fiz: em vez de lançar novo material num álbum a solo, envolvi amigos e colegas de nomeada na produção, permitindo que uma banda real surgisse dessa colaboração frutífera. Nós não nos preocupamos com aquela filosofia “o que querem as pessoas ouvir agora".

Quais foram as motivações e as metas definidas para Ignore The Sign?
Portanto, o nome Ignore The Sign é auto-explicativo. Os membros sou eu como vocalista e teclista, a guitarrista/vocalista Anca Graterol (Rosy Vista, Catena), o guitarrista Steve Mann (ex-The Sweet e atualmente nos MSG e Lionheart), o baixista Lars Lehmann, conhecido como músico de estúdio dos lendários UFO e membro da banda do ex-guitarrista dos Scorpions, Uli Jon Roth, bem como o percussionista Momme Boe e o baterista Kristof Hinz, que acabou de terminar as gravações das baterias do novo álbum dos Eloy.

O que está por trás da escolha do nome Ignore The Sign? Tem algum significado especial?
Sejam vocês mesmo, façam o que querem - sejam verdadeiros! Ignorem estilos, o que as pessoas querem que sejam – Ignore The Sign!

Com tantas pessoas com tanta experiência acumulada, podemos considerar os Ignore The Sign como um supergrupo?
Nós temos muita sorte por ter este grupo de amigos a fazer música juntos com muita experiência e sendo bem-sucedidos nos últimos 30 anos. Não nos vemos como um supergrupo, mas apenas como bons amigos divertindo-se e a fazer o que gosta.

E o facto de serem membros ativos noutras bandas/projetos, como vêm o futuro dos Ignore The Sign? Têm planos para continuar?
Certamente temos planos para continuar enquanto for divertido! Não temos nenhuma pressão e temos uma óptima editora, a SPV/Steamhammer que nos dá toda a liberdade que queremos.

A Line To Cross é um álbum de grande qualidade e grande diversidade musicais. Como foi o processo de escrita? Houve inputs de todos os membros e dos seus backgrounds musicais?
Quem tem uma ideia para uma música, coloca-a na nossa drive on-line como demonstração. Todos juntos fazemos a escolha, envolvendo o nosso companheiro Olly Hahn da SPV/Steamhammer. Anca e eu produzimos demos em estado cru nos seus Frida Park Studios. Depois disso, ou cada membro desempenha o seu papel no seu próprio estúdio ou encontramo-nos para uma sessão de gravação nos mesmos estúdios. Olly Hahn é o decisor final da corrente. O que realmente gosto é que temos 3 vozes principais na banda! Eu canto a maioria das músicas, mas Anca é absolutamente necessária não só para colorir as segundas vozes e backings - ela é uma cantora fantástica! Confiram em The Story Isn’t Over, Can´t Find The Door e os coros em Silver Wind. Lars mostrou as suas unhas no tema God With A Million Faces ao estilo Glenn Hughes.

Uma das músicas foi escrita pelo filho de Steve Mann, com apenas 15 anos de idade. É incrível…
Absolutamente! Jason Mann é muito talentoso e certamente fará parte da história futura do rock! Ele escreveu a letra de Behind The Wall. Esperem por mais material! A maçã não cai longe do tronco!

Quanto ao processo de gravação, como foi? Sem grandes transtornos, suponho...
Bastante fácil! O estúdio principal foi o Frida Park de Anca. Gravamos lá a maioria das coisas. Alguns overdubs foram feitos nos próprios estúdios dos membros da banda. Mistura e masterização no Frida Park.

Sei que já existem alguns vídeos de A Line To Cross a circular. Ainda têm mais surpresas a este nível?
Absolutamente! Adoramos visualizar a nossa música, o que é muito importante atualmente.

E quanto a tours? As vossas agendas irão permitir algo desse género? O que têm planeado?
Certo! O "problema" ao vivo é que simplesmente não podemos enviar para a estrada a banda + técnico de som Jan Boe (que é o nosso sétimo membro da banda e irmão do percussionista Momme - pertence à família) + backliner apenas por uma sandes e um copo de sumo de laranja. Fizemos alguns shows que foram ótimos! Espero encontrar uma agência porreira para agendar uma tour.

Obrigado, Ossy! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pelo teu interesse e apoio! Rock on e saudações desde a Alemanha!




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