Don’t Miss The Sunset (ODYSSEY DESPERADO)
(2018, Lions Pride Music)
Os Odyssey
Desperado nascem em 2014, na cidade de Atenas a partir da mente criativa
de Odysseas Karapolitis. Para dar vida às suas
ideias, Karapolitis chama alguns músicos de renome, onde se incluem Bob Katsionis, Manos Fatsis e Paul Laine
(ex-Danger Danger). Depois de quatro anos a trabalhar, surge um pacote de 10 canções apresentado sob a
designação de Don’t Miss The Sunset,
que navega pelas águas calmas de um hard
rock melódico/rock melódico e até
AOR. No fundo, e sem fugir muito ao
que os grupos deste género costumam apresentar (com os próprios Danger Danger à cabeça), há melodias pegajosas, teclados marcantes, coros bem
trabalhados e até alguns solos mais arriscados que o normal. Sai-se bem,
portanto, o grego nesta sua aventura primeira como Odyssey Desperado. Todavia, este é um disco que nunca ultrapassa o
limite da zona de conforto. E sendo certo que tudo o que aqui está já foi feito
antes, Don’t Miss The Sunset tem,
pelo menos, o condão de conseguir manter o ouvinte colado à sua música ao longo
de todo o disco. [82%]
The Great Divine (REACH)
(2018, Sun Hill Production)
Há coisas que mudam, outras não. O que mudou nos Reach foi a passagem a um power trio e a procura por uma
sonoridade mais contemporânea. O que se manteve foi a superior capacidade do
vocalista Ludvig Turner e a
tendência para enormes ganchos
melódicos. Nestas dez canções novas, há momentos bastante catchy, momentos de modern
up-tempo, passagens melódicas e um interessante trabalho ao nível das
guitarras. Elementos que, no seu conjunto, elevam o hard rock dos suecos a um novo patamar de intensidade, apesar de
nos parecer que esta nova proposta não é tão coerente como a estreia. [86%]
Cracksleep (ELDRITCH)
(2018, Scarlet Records)
Cracksleep, o décimo primeiro disco dos
veteranos italianos Eldritch mostra
um coletivo capaz de se reinventar a si mesmo. Um dos nomes maiores do power prog metal transalpino
apresenta-se complexo, com melodias agradáveis e linhas de piano sensuais. Mas,
por outro lado, acentua a dose de peso (aproximando-se, por vezes, de passagens
thrash) e aumentam os cenários
obscuros. Tecnicamente arrojado, Cracksleep
recupera muito da velha tradição dos Eldritch
mas moderniza o som, a produção e os arranjos e aumenta a agressividade vocal. [76%]
Dust To Gold (BULLET)
(2018, Steamhammer/SPV)
Depois de cinco álbuns, inúmeras tournées, muitas vezes no seu velho e indestrutível Bulletbus (que até tem honras de surgir
na capa), os suecos Bullet trazem-nos
12 novos temas envoltos num pacote denominado Dust To Gold. Quatro anos depois de Storm The Blades, Dust To
Gold marca a estreia do quinteto para a Steamhammer/SPV. Um álbum dedicado à vida na estrada – a liberdade,
a aventura e a diversão. Parâmetros bem definidos na abertura em estilo NWOBHM de Speed And Attack, no poderoso hino singalong que é Fuel The Fire
ou no groove mid-tempo Wildfire, num
disco onde o heavy metal tradicional
e o hard rock se fundem numa forma
orgânica e analógica. [79%]
The Great Perseverance (FIELDS OF TROY)
(2018, Painted Bass Records)
Dois EP’s lançados em 2011 e 2016 estabeleceram os Fields Of Troy como um dos nomes
sonantes no cenário pesado belga. As suas influências vão de Alter Bridge a Alice In Chains, passando por Mastodon
o que se repercute num The Great
Perseverance carregado de peso e agressividade, mas sempre marcado por
linhas melódicas. A sua sonoridade revela-se perfeitamente atual e com uma
intensidade que não deixará os fãs deste género indiferentes. [72%]
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