Entrevista: Chris Bay


Fomos apanhar Chris Bay a meio da sua tournée de promoção de Chasing The Sun. Num quarto de hotel em Bogotá, Colômbia, o vocalista e membro fundador dos Freedom Call falou-nos da sua primeira experiência como artista a solo, quer a compor, como a gravar (mesmo levando em linha de conta que teve a ajuda do seu amigo baterista Ramy Ali), como até a atuar.

Olá Chris, como estás? O lançamento deste álbum a solo é um sonho tornado realidade?
Olá e obrigada. Tudo bem por aqui. Estou sentado no meu quarto de hotel em Bogotá, Colômbia, onde estou em tournée a solo. Claro, é muito emocionante lançar um álbum onde apenas o meu nome está escrito... É como se um sonho se tornasse realidade, mas, acima de tudo, estou feliz que todas as minhas músicas, o meu trabalho que fiz paralelo aos Freedom Call, tenha chegado às pessoas.

Porque só agora e não antes esta aventura?
Estava muito ocupado com os Freedom Call. Procurei encontrar o momento certo sem interromper o fluxo de trabalho da banda. Este ano de 2018 foi um ano de escrita de músicas para os Freedom Call e encontrei o momento certo para lançar as minhas músicas a solo... e sair em tournée.

Começaste a trabalhar neste álbum apenas depois do Master Of Light?
O trabalho do meu álbum a solo Chasing The Sun foi durante um longo período de tempo. As primeiras ideias têm 10 ou mais anos. Mas a ideia concreta de colecionar todas as músicas para um álbum a solo nasceu em 2013. Em 2017 produzi o álbum, aos arranques entre os trabalhos (composição e tournées) dos Freedom Call e as gravações no meu estúdio. Mas de qualquer maneira, talvez tenham sido estas variações que o tenham feito assim…

Portanto, como já percebemos, este conjunto de músicas é o resultado das tuas criações ao longo dos anos?
Exatamente, uma coleção de músicas feitas ao longo de muitos anos evoluiu para o conceito de um álbum a solo. Provavelmente até soa engraçado, mas o conceito é que não existe um conceito musical. Senti-me totalmente livre e independente de qualquer categoria musical... o caminho certo para trabalhar como pessoa criativa.

E suponho que tenhas muitas outras músicas escritas. Haverá um sucessor para este álbum?
Claro que existem várias músicas no meu arquivo, mas para o próximo álbum a solo gostaria de escrever novas músicas. Reconheço que o trabalho em música não metálica me inspira para regressar à próxima música dos Freedom Call. É como um intervalo para reforçar a fonte de inspiração.

Alguma destas músicas que encontramos em Chasing The Sun foi planeada para pertencer a algum álbum dos Freedom Call?
Definitivamente não. Na minha opinião dá apenas a ideia original e a autenticidade necessária para uma música... para a arte, no seu todo. Reorganizar ou alterar partes de uma música, apenas para mudar o estilo da música, não é a maneira autêntica... na minha opinião. Todas as músicas do meu álbum a solo foram escritas num estilo, que não é realmente adequado aos Freedom Call e claro que eu queria manter a originalidade das músicas.

Portanto, este álbum acaba por ser bastante pessoal. Até a maioria dos instrumentos é tocada por ti, não é?
Esse foi um verdadeiro desafio para mim – poder tocar todos os instrumentos sozinho. Mas diverti-me muito enquanto gravava, aprendi muito e agora admiro profundamente todas as performances dos meus companheiros de banda e de todos os outros instrumentistas... é um trabalho difícil. Apenas a bateria é tocada pelo meu companheiro de banda e amigo Ramy Ali, baterista dos Freedom Call. Infelizmente nunca fui capaz ou tive talento para mexer as pernas e os braços ao mesmo tempo e no ritmo certo!

Já que falamos de músicos, quem mais te acompanha nesta aventura solo?
Como músico, o palco sempre foi a parte mais importante dos meus pertences. Para levar a minha música para palco, decidi sair em tournée apenas como artista a solo, com a minha guitarra ao estilo cantautor. Decidi escrever um álbum a solo, por isso, deveria dar esse passo no palco também como artista a solo. Este ano estarei em tournée – a solo e em formato acústico – em vários países da Europa, na América do Sul e provavelmente mais alguns lugares serão adicionados. O que acontecerá no futuro, talvez formar uma banda para tocar a minha música a solo, está absolutamente em aberto.

E como está a correr a tournée?
Comecei a fazer os primeiros espetáculos em fevereiro. Agora, tenho uma agenda bastante preenchida na primavera e em outubro/novembro irei fazer alguns espetáculos como convidado especial de Axel Rudi Pell, Power Quest (ReinoUnido) e outros. É muito excitante para mim atuar como um único artista em palco, mas estou feliz em cantar para as pessoas.

E quanto a notícias dos Freedom Call após o sucesso do álbum Master Of Light do ano passado? O que nos podes adiantar?
Já estou ocupado a escrever músicas e está a resultar de forma fantástica. Podem esperar um ótimo álbum, que deve ser lançado no início da primavera de 2018.

Obrigado, Chris! Tudo de bom para ti, continuação de boa tournée e deixo-te a oportunidade de acrescentares mais alguma coisa?
Agradeço muito as interessantes perguntas, foi divertido poder responder. Obrigado pelo teu esforço e pelo teu apoio. Fica bem e tudo de bom.


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