Entrevista: Jari Tiura

Aproveitando uma pausa na sua tour pela Finlândia fomos falar com esse fantástico vocalista que é Jari Tiura. Provavelmente devem conhece-lo dos MSG, mas o assunto que nos levou a ele foi o lançamento de King Of Lions, a sua primeira aventura a solo. Uma conversa que nos levou, ainda, até aos novos álbuns dos Stargazery e Century Lost, as duas outras bandas onde o finlandês canta.

Olá, Jari! Depois de participações emblemáticas em várias bandas, um álbum teu era uma questão de tempo. Mas só agora estavam reunidas as condições?

Olá, acredito que este foi o momento certo para celebrar a minha carreira com um álbum a solo. Já venho a trabalhar neste álbum há alguns anos. E agora está cá fora. Sinto-me ótimo!

Quem te acompanha nesta aventura e como foi feita a seleção dos músicos?

Quando a ideia de um álbum a solo me surgiu, entrei em contacto com o meu bom amigo Sami Alalahti. Sami foi o produtor do álbum, escreveu algumas das músicas e coescrevemos outras. Os outros músicos do álbum também são meus amigos há muitos anos e sei que são músicos fantásticos pelo que tenho muito orgulho em os ter no meu álbum.

E esses músicos são parte da tua banda permanente ou são apenas músicos de sessão?

Esses músicos apenas tocam no álbum. Quando escrevemos as músicas e começamos a gravá-las, não tínhamos certeza se haveria alguns concertos agendados após o álbum. Ou não pensamos que as coisas fossem tão longe. E agora, o álbum está cá fora e os músicos do álbum têm as suas próprias coisas, pelo que tenho de montar uma banda de verdade, chamemos-lhe assim. É com novos músicos, mas eles têm estado presentes na cena musical há anos e são todos os excelentes músicos. Começamos a nossa tournée na Finlândia a 30 de março e, atualmente, ainda estamos cá em tournée. No verão, faremos alguns shows na Suécia também e alguns festivais de verão na Finlândia. No final do ano, também teremos uma tournée no Benelux, na Alemanha e na Espanha. Estou realmente ansioso para fazer esses shows fora da Finlândia.

No que diz respeito ao teclista, o seu nome não aparece mencionado no press-release. Quem é ele?

Referes-te ao álbum? Na verdade, existem três teclistas diferentes no álbum. Ao vivo não temos teclista. Mas temos dois guitarristas e eles fazem um ótimo trabalho mesmo sem os teclados.

Ao vivo, que setlist apresentarás? Apenas as tuas próprias músicas ou incluirás algumas músicas das bandas onde cantas ou já cantaste?

Tocamos o álbum novo na totalidade, mais algumas covers… talvez até algo dos meus dias nos MSG. O nosso set é de 70-80 minutos e o álbum tem apenas 40 minutos, por isso precisamos juntar algumas covers para conseguir um show que seja suficientemente longo.

Por esta altura andas em tournée pela Finlândia, como já referiste. Como está a ser a reação do público?

Muito fixe! As pessoas gostam muito da banda e a própria música já tem muitos fãs por aqui. É muito bom sair e tocar as músicas e ver como as pessoas são positivas em relação à nova música. Mesmo que seja bem diferente do que eles costumavam ouvir de mim.

Estas músicas que agora apresentas são todas recentes ou resultam de criações ao longo dos anos?

Algumas das ideias são de anos atrás. Por exemplo, a melodia da música para London surgiu quando ainda estava nos MSG. Tivemos um espetáculo em Londres e surgiu-me essa melodia. Era uma música que eu queria tocar com Michael Schenker e uma música que eu adoraria ter no próximo álbum de MSG. Mas nunca houve um segundo álbum comigo nos vocais. Agora, quando comecei a escrever músicas para este álbum a solo, mostrei a ideia ao Sami Alalahti, completamos a música e gravamo-la neste álbum. É uma ótima música e estou muito feliz com o resultado!

Como surge o título King Of Lions? Algum significado especial?

Bem, adoro leões, verdadeiros leões majestosos e o meu manager/baixista Marko Pukkila (ex-Altaria) sabe isso. Um dia ele apareceu com a ideia de um leão na capa da frente. Então, ele fez esta capa, mostrou-ma e adorei.

Um dos pontos altos deste álbum, e não é surpresa, é a tua capacidade e desempenho vocal. Tens algum tipo de formação clássica ou outra?

Devo dizer que nunca estudei nenhum tipo de treino vocal. Sou um vocalista autodidata. Mas trabalhei em estúdio com muitos produtores diferentes e aprendi muito com eles.

E quanto às bandas onde estás envolvido, há alguma novidade para anunciar?

Os Stargazery estão a trabalhar num novo álbum. Enquanto estamos aqui a falar, os restantes elementos devem estar em estúdio a gravar as suas partes. Estou ansioso para entrar em estúdio e fazer a minha parte do álbum, que será lançado no final do ano. A minha outra banda, Century Lost, completou as gravações do álbum de estreia. Ainda precisa ser misturado. Mas tudo está gravado, incluindo os meus vocais.

E no teu nome próprio, teremos mais álbuns no futuro?

Absolutamente. Adoro fazer novas músicas. É o máximo, novas criações. Também estou ansioso para começar a escrever novas músicas com os elementos da banda. Há alguns membros que são experientes compositores pelo que vamos ver o que podemos fazer juntos.

Obrigado Jari! Queres acrescentar mais alguma coisa?

Obrigado. Continuem a rockar e sejam criativos. Rock!