Entrevista: Fernando Perdomo


Amante das guitarras e amante do prog. Assim se define Fernando Perdomo. O guitarrista que faz parte da banda de Dave Kerzner já tem muitas experiências a solo, mas nenhuma como Out To Sea. Isto porque este é o seu primeiro disco 100% prog. Um disco que já tinha sucesso ainda antes de ser lançado. Confiram como.

Olá Fernando, como estás? Este é teu primeiro álbum de rock progressivo a solo. Quando percebeste que era a altura certa para isso?
Este é meu primeiro álbum de rock progressivo a solo. Já tinha lançado álbuns como cantautor com o meu nome. Aliás, já fiz dezenas de álbuns como Fernando Perdomo. Confiram em fernandoperdomo.bandcamp.com para terem uma ideia daquilo que já fiz. Quanto ao prog, está sempre em tudo que faço, mas Out To Sea é o primeiro lançamento meu que é 100% Prog.

Out To Sea parece ser um álbum de tributo. É verdade?
A primeira música que gravei para o álbum foi The Architect (Tribute To Peter Banks). Na verdade, Peter precisava de um tributo e fiz um. Depois comecei a fazer homenagens a outros que eu senti que mereciam. Roye Albrighton foi o seguinte, depois Focus, depois os meus preciosos Curved Air que tenho em alta consideração. Eles são os meus favoritos desde a infância.

Este álbum foi pré-lançado no Cruise To The Edge 2018. O que se passou por lá?
Eu estava no Cruise To The Edge a tocar com Dave Kerzner. E tive a oportunidade de vender Out To Sea no stand de merchandise e vendeu muito bem, considerando que não estava a tocar nenhuma das músicas no navio. As vendas e o burburinho chamaram a atenção da Yes Management, que se ofereceu para o lançar através da sua editora, a Cherry Red. Não poderia estar mais honrado.

Em Out To Sea, todas as músicas são compostas por ti? E todas elas são músicas novas ou são músicas que já vens escrevendo ao longo dos tempos?
Não apenas é composto exclusivamente por mim, como toquei todos os instrumentos, exceto bateria numa faixa, e produzi-o sozinho. Algumas ideias surgiram durante a gravação, mas outras remontam há 20 anos... Mas juntaram-se de uma forma muito orgânica.

Então, podemos considerar Out To Sea um álbum muito pessoal? Este é o álbum perfeito para representar o que o Fernando é na verdade?
Out To Sea é o meu lado prog. E é o prog o que eu mais gosto! Sem metal, sem exibicionismo. Prog instrumental melódico e emocional na linha de Steve Hackett, Camel, Jan Akkerman, Jean Luc Ponty...

Com as guitarras a serem muito importantes. Por isso são apresentadas no artwork do disco…
Isso foi inspirado no The Steve Howe Album, onde Steve fez a mesma coisa. Adoro guitarras, tanto quanto Steve, mas as minhas não são todas colecionáveis ​​e valiosas. Eu queria trazer de volta essa tradição.

Quem trabalhou contigo nesta gravação?
Eu fiz tudo, mas Zach Ziskin misturou e masterizou. Ele é brilhante e tornou o som do álbum em algo incrível.

Obrigado Fernando! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado por me teres convidado e por desfrutar de Out To Sea. O próximo passo é tocar o álbum ao vivo com a minha Out To Sea Band. Estamos agendados para o Progday, Progstock, e Cruise To The Edge 2019. Também terminei o Out To Sea 2 para ser lançado em outubro. O álbum terá uma cover de Paul Whitehead e contará com músicos convidados, desde a minha banda Out To Sea Band até Mark Murdock dos Peter Banks Empire, Eric Matthews, Joe Cass, Joe Deninzon e Eddie Zyne. O próximo álbum será ainda mais interessante, com músicas mais curtas, representando ainda mais lados do meu universo prog!

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