Nimrod (WELCOME HOME MORNING STAR)
(2018, Enough Records)
Walter Teixeira e o seu projeto Welcome Home Morning Star estão de regresso aos lançamentos e,
desta vez, apresentam Nimrod, uma
coleção de canções que mantém a sua veia estilista de um post-rock cinematográfico. Este é já o terceiro lançamento este
ano, depois dos singles The Mechanical
God (de fevereiro) e Last Leaf To The
Groud (de março). Nimrod traz
quatro temas de base rock –
principalmente post – instrumental
(como manda a tradição) e que, num tema como Godking surpreende pela velocidade. A vertente de beleza
cinematográfica acaba por ser outro dos elementos em destaque. [78%]
Things Are Looking Up (THE WALK-A-BOUT)
(2018, Independente)
Rock acústico é o que nos propõem os The Walk-A-Bout, banda
australo-americana criativamente seguidora do movimento artístico do East End de Long Island (Nova Iorque). Things Are Looking Up é o seu mais
recente trabalho, apresentando quatro temas novos e dois outros já
anteriormente lançados. Dentro dos novos, destaque para That’s Just The Way It Goes, que tem tido bastante airplay. Aliás, todo o trabalho dos The Walk-A-Bout é orientado para as
ondas radiofónicas, com melodias orelhudas,
guitarras acústica e uso pontual da harmónica a conferir uma abordagem muito easy-listening e radio friendly. [79%]
All That You Fear Is Gone (HEADSPACE)
(2016, InsideOut Music)
Os Headspace
são um supergrupo de rock/metal
progressivo fundado por Damian Wilson
(Landmarq, Threshold, Maiden United, Star One) e Adam Wakeman (filho de Rick Wakeman). All That You Fear Is Gone é o seu segundo disco, lançado em
fevereiro de 2016 e carateriza-se por um misto de temas muito longos (dois
acima dos 10 minutos), dois curtos interlúdios (com menos de dois minutos) e um
conjunto de oito outros temas, todos eles clara e fortemente impregnados de
elementos progressivos. A complexidade e os intricados detalhes fazem parte do
DNA deste disco, sendo que as capacidades técnicas e a maturidade na composição
reforçam a qualidade de All You Fear Is
Gone. [83%]
Remedium (LAURA MEADE)
(2018, Doone Records)
Remedium é a estreia a solo de Laura Meade, vocalista dos prog rockers Izz e traz 10 temas onde a abordagem da vocalista é diferenciada do
que habitualmente faz na sua banda de origem. Remedium é um disco onde a componente teatral está bem definida
(provavelmente devido ao seu background
no teatro), numa mistura de art rock
e música emotiva. Mas, naturalmente, a procura da aventura exploratória dos
sons em longos temas, caraterística do prog,
também aqui está presente em temas como Sunflowers
At Chernobyl ou Dragons. Mas, no
geral, o que marca Remedium é a
qualidade vocal de Meade num conjunto de canções minimalistas (executadas
muitas vezes apenas por ela própria e John
Galgano) e envolvidas de emotividade e criatividade. [71%]
Fandigo (CALLEJON)
(2017, People Like You Records)
Os tons inicias numa toada completamente pop chega a assustar. Então que é feito
da sonoridade metalcore dos Callejon? Definitivamente já pouco
resta dessa fase, mas felizmente para os alemães, aquela popalhada inicial é só… para assustar! Fandigo, pouco depois, segue o seu ritmo com um rock/metal com alguma eletrónica e
bastante melodia e melancolia, sempre com a língua germânica a dominar. E com
recurso a alguns refrães cativantes e carregados de dramatismo. Os mais
acérrimos fãs da banda deverão odiar este álbum, mas quem gosta de desafios e
procura música diversificada e emocionante deve perder algum tempo com este Fandigo. [74%]
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