The
Silence (FEED THE
RHINO)
(2018, Century Media Records)
O metalcore, ou outros subgéneros similares, já há muito tempo
que não trazem nada de novo. Os temas resumem-se a ir de versos gritados até um
refrão cantarolado em forma de uma pop song e voltar. Musicalmente vai
de riffs hardcore (normalmente básicos) até dedilhados e… volta! E o que
nos traz The Silence, quarto álbum dos rapazes de Maidstone, de novo?
Absolutamente nada… a não ser mais do mesmo. Os fãs do género deverão delirar
com mais uma descarga acéfala de violência e de um chorrilho de palavrões; os
outros passarão completamente ao lado. [64%]
Map
Of Broken Dreams (GREAT
LEAP SKYWARD)
(2018, Metalapolis Records)
Os Great Leap Skyward são australianos e nasceram das cinzas dos
Knightmare. Podem ser considerados como um supergrupo, já que para além
de incluírem membros deste nome citado, também têm gente dos 4 Arm e Septerrus.
Map Of The Broken Dreams é um assalto sónico que tanto tem de
progressivo como de death metal onde o vocalista Luke Besley, o
principal mentor, deixa as fórmulas tradicionais e envereda por uma nova
sonoridade onde não estranhem ouvir violinos depois de violentos blast beats
e agonizantes guturais. [77%]
Era (BLEED FROM WITHIN)
(2018, Century Media Records)
Em quatro anos, entre 2009 e 2013, os Bleed From Within lançaram
quatro álbuns. Depois seguiu-se uma paragem e só agora, em 2018, o coletivo
escocês regressa com Era. A banda já passou pelo deathcore e pelo
death metal melódico, mas agora assenta num metal core
devastador. Menos juvenil que o dos companheiros de editora Feed The Rhino,
Era injeta uma acentuada dose de riffs de agressividade que,
provavelmente, vêm da era death metal, e tem vocais assumidamente sem
entrar em campos limpos. Ainda assim, é um disco que, ao longo dos 11 temas que
o compõem, não traz nada de memorável. [65%]
The
Black Coast (KRULL)
(2018, Iron Shield Records)
Os Krull têm um grave problema a escolher nomes. Já foram Suprema
(entre 1998 e 2001), Eternal Flame (2001-2014) e agora são Krull.
Para além da dificuldade em manter um nome, também têm dificuldade em manter a
qualidade. The Black Coast, o seu mais recente disco vive muito disso.
Num momento saltamos de júbilo com a classe do que ouvimos, para a seguir
sermos devastados pela falta de qualidade. Os solos são bons, as melodias
também, há aqui boas ideias que são, maioritariamente, estragadas por uma
abordagem vocal pouco consentânea. Ainda assim, quem procura sonoridades
assentes no power metal épico de bandas como Medieval Steel, Cirith
Ungol, Mercyful Fate ou mesmo uns Judas Priest mais
mecanizados, irá encontrar aqui alguns motivos de interesse. Esperamos ouvi-los
novamente, depois de limadas algumas arestas… [74%]
Cosmic
Conqueror (DR.
LIVING DEAD!)
(2017, Century Media Records)
Quem ainda está preso aos anos 80 e a sonoridades tão típicas como as
dos Nuclear Assault, Anthrax ou, principalmente, Suicidal
Tendencies, deverá procurar conhecer os Dr. Living Dead!. O estranho
nome dos suecos não deixa antever toda a radioatividade que o seu thrash
emana. Um thrash cheio de groove, quase dançável, com um baixo
superior e vocais agressivos, mas sempre limpos – naquela forma de gritar
palavras de ordem. Lançado dois anos depois da sua estreia para a Century
Media, Crush The Sublime Gods, o atual Cosmic Conqueror ainda
é um bom disco, embora falte muito do brilhantismo nas composições que os Drs.
Rad, Toxic, Mania e Slam tinham então apresentado. [78%]
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