Dois anos depois de Modern Day Disgrace, o mais sueco
dos irlandeses, Brendan Sheehy, líder dos inesgotáveis Sir Reg, regressa aos
discos com The Underdogs. A marcar
este regresso está a entrada numa nova editora e mudança completa da secção
rítmica. Ainda antes de saírem para uma tour mundial, um dos novos elementos – afinal não tão novo assim, pois já
tinha tocado com a banda em 2015 – o baixista Mattias Söderlund, respondeu-nos
desde a Suécia.
Olá Mattias, como estás? Um novo álbum dos Sir Reg
está quase cá fora. Quais são os vossos sentimentos e expetativas?
Olá! É muito bom ter o álbum pronto. Fazer um álbum é, muitas vezes, um
processo longo e lento, portanto, é ótimo estar concluído. Divertimo-nos muito
a faze-lo e tivemos tempo para tentar algumas ideias e sons. Espero que as
pessoas apreciem a variação do álbum. Nós seguimos esse caminho, para nos
exercitar-mos, já que fazendo bem vários estilos, permite uma viagem mais
dinâmica aos ouvintes.
O que é que os vossos fãs podem esperar de The Underdogs, em comparação com Modern
Day Disgrace?
Essa é sempre uma pergunta difícil de responder, porque ainda estamos muito
perto do álbum para ver o quadro geral. Qualquer álbum é um documento onde a banda
estava naquele período das suas vidas e carreiras. O Modern Day Disgrace foi muito influenciado pela cobertura jornalística
dos ataques terroristas na Europa, pessoas a fugir para encontrar refúgio
contra a opressão e como estávamos mal preparados para esse tipo de migração. The Underdogs é um álbum mais de luta,
sobre a posição de cada um e encontrar as próprias forças. Mas ambos têm,
ocasionalmente, músicas mais leves e suaves. Nós também queríamos que este
álbum representasse melhor o som da banda ao vivo.
O primeiro avanço de The Underdogs foi o single FOOL
- Fight Of Our Lives e, mais
recentemente, surgiu The Underdogs.
São músicas que poderão ser consideradas como perfeitamente demonstrativas
daquilo que o álbum apresentará?
Sim e não. O álbum vai em direções diferentes e ambas as músicas seguem
um caminho mais hard. Mas é como
quando vais a um bar com os amigos, raramente bebes a mesma cerveja a noite
inteira, pelo menos eu não.
Desde o lançamento de Modern Day Disgrace, a secção rítmica mudou, sendo que tu é um dos novos membros. Há quanto tempo estás na banda e como
foi a tua adaptação?
Fiz alguns concertos com a banda na Alemanha e em França em 2015, ainda quando
Tommie era o baterista, mas eu tinha terminado um álbum com a banda que estava
na altura, e não quis sacrificar um pelo outro, mas pediram-me para participar
em 2016 e tive a oportunidade de ter influência na escolha do baterista, quando Tommie decidiu deixar a banda. Acho que estávamos todos de acordo sobre
quem escolher. Rapidamente, a banda uniu-se quando soube que tínhamos entrado
e, eles próprios queriam ter o drive &
dirt que eu e Liss trouxemos para a banda.
Tiveram a oportunidade de cooperar no processo de
escrita?
Se deres exatamente a mesma música para duas bandas diferentes sem que
elas tenham nenhum preconceito, elas serão diferentes. Brendan é o principal
compositor, mas raramente dita quais serão as minhas partes de baixo ou as partes
de violino de Karin, por exemplo. Portanto, se vires assim, escrever ou arranjar
é discutível. Ainda assim, se eu tiver uma música que ache que se encaixaria na
banda, sinto-me livre para a lançar.
Liricamente, continua a concentrar-se na situação
social na Irlanda ou têm algum tipo de abordagem mais internacional, como aconteceu
no último álbum?
Eu diria que, de muitas maneiras, este é um álbum mais reflexivo sobre o
te que te faz seres tu. O ser humano é complexo e às vezes a coragem cai quando se
questiona o caminho escolhido e tudo o que precisas é esse exato momento e às
vezes és empurrado para baixo com socos.
Por que a inclusão de uma música dedicada a Conor
McGregor?
Conor McGregor tornou-se um ícone do folk irlandês moderno, um símbolo
para os irlandeses em todo o mundo. Um rapaz que começou nas ruas e lutou até
chegar ao topo.
Outra novidade é a troca de editora, com a entrada na
Despotz Records. Como se proporcionou essa mudança e estão à espera de alcançar
um público maior?
A Despotz parece estar interessado na banda no que somos, e não no que
eles acham que nos poderemos tornar. Não há atalhos se quiseres permanecer fiel
a ti mesmo. Isso é algo que eu acho que todos nós sentimos que era um terreno
comum que compartilhamos quando nos encontramos e conversamos sobre trabalhar
juntos.
Sabemos que já estão a preparar uma tour. O que nos podes dizer a este
respeito? Que países irão visitar?
Ainda está em construção e as marcações ainda não estamos completamente
terminados. Haverá datas em ambos os lados do Atlântico, a parte britânica vai
ser interessante e vamos tentar visitar todos os países da Europa. Portanto, há
sempre uma hipótese em importunares o teu clube local para dar um telefonema a
Ben da Inspired Artists Agency ou mandar-lhe um e-mail se nos quiserem ver e ouvir na vossa cidade.
Obrigado Mattias! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Obrigado! Gostaria de acrescentar que deveria vir ver os nossos concertos,
porque posso genuinamente dizer que damos tudo o que temos todas as noites. E
se não acreditam, venham ver por vós próprios.
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