Constellation (FARGO)
(2018, Steamhammer/SPV)
Os Fargo
estiveram ativos entre os fins dos anos 70 e princípios dos 80 até que em 1984
mudaram o seu nome para Victory.
Então o que fazem os Fargo quase 40
anos depois do seu último álbum? Apresentam um novo álbum chama-se Constellation, mas, fica o aviso: não
esperem uma constelação ao nível das canções. O seu estilo está lá, um blues rock algo sulista e com um
sentimento western, que num tema como
Cross To Bear traz a clara assinatura
ZZ Top. Aparentemente, as estrelas
alinharam-se para que este regresso fosse um acontecimento e a banda germânica vai
novamente para a estrada reencontrar os seus antigos fãs (e, provavelmente,
conquistar novos) com um conjunto de canções que não deslustram o seu passado,
embora se esperasse mais. [77%]
The Offering: Side 1 (HITMAN)
(2018, Independente)
The Offering: Side One é um EP de quatro temas que marca o
regresso dos Hitman aos discos,
naquele que é já o seu terceiro lançamento. Um EP que deixa bem vincado a
evolução do som da banda de Halifax, conseguindo trazer para disco as
atmosferas que criam ao vivo. Isso repercute-se num som mais quente e intenso
que se colam à já tradicional energia e aos vocais ríspidos, mas melódicos.
Adicionem doses maciças de riffs
situados entre os Black Sabbath e os
Pantera e ficam com uma ideia do
potencial desta oferta. [84%]
Waiting For
The Endless Dawn (THE ETERNAL)
(2018, Inverse Records)
Waiting For
Endless Dawn é o sexto trabalho dos
The Eternal, um longo caminho de 75
minutos (um exagero e, claramente, um ponto a rever) de prog metal melancólico com influências doom metal. A beleza das vozes femininas e das linhas de violino é
subitamente interrompido por guturais arrasadores. Uma dicotomia que marca este
disco que conta com a participação de Martin Powell (My Dying Bride/Cradle of Filth)
nuns teclados responsáveis pela criação de arrepiantes atmosferas e de Mikko Kotamäki of Swallow The Sun em The Lilac Dusk. [75%]
Killing Is My
Business… And Business Is Good – The Final Kill (MEGADETH)
(2018, Century Media Records)
Killing Is My
Business… And Business Is Good foi originalmente lançado em 1985 pela Combate Records marcando o início do
que seria (e ainda é!) uma das maiores bandas de metal. A edição que agora a Century
Media Records apresenta é uma versão completamente restaurada pelos
critérios do próprio Dave Mustain,
com as remisturas a cargo de Mark Lewis
e as remasterizações por Ted Jansen.
Incluído nesta obra de luxo está, ainda, um conjunto de temas ao vivo – todos
deste álbum – captados em cidades como Londres, Denver e Bochum nos anos de
1986, 1987 e 1990. The Final Kill
completa-se com três temas da demo de
1984, intitulada Last Rites sendo
este, definitivamente, o primeiro produto oficialmente lançado pelos Megadeth, em formato cassette. [89%]
On A Weird
Scenario (V/A)
(2018, Ethereal Sound Works)
Os Weird Alliance foram uma banda de prog death metal, natural de Lisboa e ativa
desde 2008, tendo lançado o álbum Null
em 2009. Por questões legais, viram-se obrigados a alterar o seu nome para Scenariology, com o lançamento de mais
dois trabalhos, Sons Of Bleak (2010)
e White Noise Black Voids (2011). A
compilação que a Ethereal Sound Works
traz agora à vida junta quatro temas dos Weird
Alliance e oito dos Scenariology.
O último e décimo terceiro tema pertence a outra banda nacional, Homus For Sapiens, com uma gravação, do
mesmo período. Mais do que falar da qualidade musical aqui presente, importa
referir a importância desde documento histórico do metal nacional que assim salvaguarda, pelo menos alguns temas, da
sua perda e realça a vitalidade que o underground
português sempre teve. [70%]
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