Terrestrial
Mutations (DROID)
(2018, Shadow Kingdom Records)
Terrestrial
Mutation foi originalmente lançado em 2017, em CD pela Nightbreaker Records e em cassette pela Temple Of Mistery Records e foi um álbum que teve tanto impacto,
mesmo a uma pequena escala, que a Shadow
Kingdom acabou por proceder à
sua reedição, procurando atingir uma maior audiência. Originais mudanças de
tempo, riffs em permanente mutação e
canções labirínticas fazem parte dos principais aspetos a ter em conta neste
disco de estreia do power trio
canadiano Droid, praticantes de um techo-thrash que poderá ser comparado
aos seus compatriotas Voïvod.
Infelizmente para eles, todas as boas ideias que têm – que as têm, embora,
efetivamente, se esperassem mais - são
abafadas por um registo vocal desastroso. E é esse o principal aspeto a rever
para o futuro. [75%]
Demoncracy (GOD’S ARMY)
(2018, Rock Of Angels Records)
Demoncracy é o segundo álbum dos
God’s Army. Mas, como eles próprios
fazem questão de afirmar, nada destes nomes tem nada a ver com religião… e tudo
a ver com música. Este projeto internacional que conta com atuais e antigos
membros de bandas como Helloween, Scanner ou Firewind, envolve na sua imagem musical referências tão díspares
como rock, hard rock, heavy metal e NWOBHM, conseguindo apresentar em Demoncracy uma vertente mais progressiva
que a sua estreia. Ainda assim, os maiores destaques desta proposta vão para os
ganchos melódicos, para as cavalgadas, para as enérgicas dinâmicas e
para a forma como as guitarras se conjugam num autêntico carrossel de
adrenalina. E como é bom ouvir a eletrizante versão do clássico My Way de Frank Sinatra que encerra o álbum com brilhantismo! [82%]
Sons Of Saturn (BLACK LOTUS)
(2018, Inverse Records)
Sons Of Saturn é o disco de estreia dos Black Lotus, banda oriunda de Barcelona e formada por Hug Ballesta em 2015. Apesar de,
globalmente, se poder considerar que Sons
Of Saturn é um disco de doom metal,
a verdade é que o grau de pureza deste doom
é baixo. E isto acontece porque as diferentes influências dos membros da banda
são canalizadas para o processo de composição o que origina, então, um doom metal infetado por outras sonoridades como as sonoridades alternativas
dos anos 90, o grunge e até o post-rock. Uma abordagem abrangente, sem
limitações nem dogmas. Liricamente, Sons
Of Saturn é eminentemente simbólico, embora se encontre um denominador
comum na mitologia clássica, ocultismo e experiência e visões pessoais. [77%]
A Million To
One (OSMIUM
GUILLOTINE)
(2018, Independente)
Ativos desde 2009, os Osmium Guillotine só agora atingem o
seu segundo álbum, A Million To One,
successor da estreia homónima de 2014. No entanto, ao longo da sua carreira,
apresentam uma discografia cheia com EP’s, splits,
singles, colaborações e até álbuns ao
vivo. A Million To One centra-se na
velha escola do NWOBHM, com eventuais
incursões pelo thrash ou pelo punk. As ideias não são particularmente
inovadoras nem essencialmente brilhantes e mesmo quando alguma tem mais alguma
substância, o coletivo não sabe como as trabalhar e desenvolver corretamente.
Portanto, A Million To One é mais um
disco entre milhões que apenas poderá ter interesse para os fanáticos do
género. [76%]
Cerebra (PROJECT RENEGADE)
(2017, Independente)
Os Project Renegade são gregos e nasceram
pelas mãos de Marianna e Ody. Cerebra
é o seu primeiro disco, um EP de três temas com riffs heavy e cheios de groove,
carregados por uma atmosfera alternativa, numa envolvente que ainda inclui
elementos ambientais e eletrónicos. A voz de Marianna plana sobre todas estas
dinâmicas que criam uma sonoridade moderna, num registo adequado mas nada de
transcendente. [75%]
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