After Earth (ONCE)
(2018, Pride
& Joy Music)
O
simples facto de se chamarem Once já
nos remeteria para o metal sinfónico.
Como, de facto, isso acontece. Os Once
são um coletivo germânico, sendo que After
Earth é o seu primeiro longa-duração. Inspirados pelas bandas sonoras
neoromânticas e com elementos do classicismo adicionados a riffs pesados e uma bateria, por vezes,
demolidora, os Once estreiam-se com
um disco agradável. Tudo que o metal
de inspiração sinfónica e teatral tem, está cá tudo, e no seu devido lugar,
embora falta o toque de excelência que lhe irá permitir destacar-se de centenas
de álbuns (alguns até da própria editora) do mesmo género que são lançados
quase diariamente. [80%]
Manor Of The
Se7en Gambles (THEM)
(2018, Steamhammer/SPV)
O nome da banda
remete-nos logo para o King Diamond
e de facto essa é a maior realidade, já que os Them foram formados por Troy
Norr como banda tributo ao mestre do horror. O passo óbvio a seguir, seria
a passagem à composição de temas próprios. Foi o que aconteceu, sendo que este Manor Of The Se7en Gambles é já o
segundo longa duração. Um segundo disco claramente mais pesado, obscuro e
tecnicamente mais sofisticado que a estreia Sweet
Hollow. Musicalmente, os Them
cruzam o heavy metal tradicional de King Diamond (onde nem faltam as
mudanças de registo vocal) com o US
power/thrash metal, o que lhe confere uma dose de peso muito mais acentuada
que Mr. King Diamond costumava
apresentar. Liricamente o álbum segue a habitual temática das histórias de
terror. [78%]
Blue Haze (IRON LAMB)
(2018, The Sign Records)
Blue Haze é o novo capítulo dos
Iron Lamb. Um capítulo onde voltam a
demonstrar toda a sua atitude na criação de malhas rock fortemente influenciadas pela sonoridade dos anos 70. Neste
que já é o seu terceiro álbum de originais (estreia para a The Sign Records), somos surpreendidos pela energia crua e áspera
de temas como The Hunt e Bound By Gravity e pela aproximação a um
som mais épico em Iron And The Lamb e
Into The Night. Mas é em Apocalypse Express, a faixa de abertura,
onde melhor fica demonstrada o dinamismo da banda. [76%]
Terrorvision (ABORTED)
(2018, Century Media Records)
Há quase um quarto de
século a espalhar o terror, a violência e a psicopatia, os Aborted são hoje vistos como uma das mais importantes bandas do
cenário death/grind. Os belgas, que
atualmente incluem membros da Holanda, Itália e Estados Unidos, atingem o seu
décimo álbum de estúdio ainda, e sempre, com a mesma vontade de violentar
sonicamente os cérebros dos seus ouvintes como no inicio. Isto significa duas
coisas: primeiro, que a paixão pelo que fazem é enorme, o que transforma cada
disco numa peça única de honestidade; segundo, que a adaptação ao status quo vigente está a tomar conta do
coletivo, o que o leva a fazer discos sem tentar sair da sua zona de conforto,
tendo como consequência a sensação que qualquer um destes onze temas poderia
ter estado em qualquer um dos outros álbuns. [70%]
Prisoner Of
Disaster (THRASH
BOMBZ)
(2018, Iron Shield Records)
Como o próprio nome
deixa antever, estes italianos são umas autênticas bombas thrash. Cru, ríspido, sem compromissos, Prisoner Of Desire é o mais recente disco, ainda mal digerido
estava Master Of The Dead, lançado há
pouco mais de um ano. Com um novo membro a bordo, Angelo Bissanti (guitarra solo e voz), o trabalho de composição foi
rápido e inspirado e o resultado é meia
horinha de pura devastação thrash,
sem lamentações nem tréguas. Se bem que The
Headquarter, tema final, mostra uma nova abordagem na composição. A
abertura de um novo caminho para o futuro?
[73%]
Comentários
Enviar um comentário