Depois de tanto tempo
na estrada, que esteve na origem do sensacional álbum ao vivo Live Over Europe, o melhor que podia ter acontecido aos Slam & Howie And The
Reserve Men foi uma pausa de cerca de um ano. A banda – que mantém o nome mas
já não tem nenhum Howie na suas fileiras - regressou com um Firewater diferente, mas igualmente competente. Lt.
Slam explica tudo nesta entrevista.
Olá Slam, como estás?
Mais uma vez, obrigado pela tua disponibilidade! E a primeira pergunta é óbvia
- onde está o Howie?
De nada! Bem, há já alguns
anos que Howie se aposentou. Envelheceu e as suas costas precisaram de uma cirurgia.
Na história da banda houve dois Howies O primeiro foi o baterista original,
depois um dos guitarristas tornou-se Howie II.
No entanto, não alteraram
o nome da banda. É um nome suficiente forte para ser alterado…
Sim, é verdade. Nós nunca
pensamos em mudar o nome da banda. Slam & Howie And The Reserve Men tornou-se
numa marca forte nos últimos 12 anos. A banda deve sempre ser mais forte do que
as pessoas individuais dentro dela. Nós podemos e vamos garantir que Slam &
Howie entregará sempre o que esperam.
Há quanto tempo está
o Boris na banda? Teve a oportunidade de colaborar no processo criativo?
Boris juntou-se à banda
quando Howie já não podia tocar devido à cirurgia nas costas, tornando-se um
membro fixo. Temos a honra de tocar com ele vai para quatro anos e meio. E sim,
Boris e eu escrevemos a maior parte das canções juntos. Foi uma combinação
perfeita para escrever músicas juntos e divertimo-nos muito.
Mas também não têm um
baterista fixo. O que aconteceu com Bennett Young?
Muita coisa mudou durante os
últimos dois anos. Bennet Young ainda tocou connosco até ao final de 2017. Mas agora
é pai de três filhos, administra uma grande quinta e um talho. Portanto, não tem
muito tempo para o rock'n’roll. Mas
ele irá fazer sempre parte de Slam & Howie e ficamos felizes por comprar os
melhores bifes da cidade na sua loja.
Neste caso, usaram vários
bateristas. Já têm um permanente?
A coisa foi que nós agendamos
o estúdio, escrevemos todas as músicas, mas fomos muito preguiçosos a procurar
um novo baterista permanente. Assim, contactamos alguns velhos amigos que são
grandes bateristas e perguntamos-lhes se queriam tocar connosco em estúdio. Disseram
que sim e o processo de gravação foi muito bom. Queríamos manter as novas
músicas o mais fresco possível e funcionou bem.
Voltemos um pouco
atrás - o que fizeram desde o último álbum ao vivo?
Depois de lançar Live Over Europe no final de 2014,
continuamos a tournée até à primavera
de 2015, ao qual se seguiu uma outra desde o outono de 2015 até ao outono de
2016. Enquanto isso, tive algum tempo livre e conduzi uma viatura offroad desde a minha casa, em Berna,
Suíça até à Mongólia e regressei. Mas mais importante, casei-me com a melhor
esposa do mundo. De regresso da viagem da Mongólia, a minha esposa e eu fundámos
uma agência de reservas chamada Black
Pike Favorites. Ou seja, foi e ainda é muito trabalho, mas é ótimo. Boris juntou-se
à famosa cantora suíça Endo Anaconda e à sua banda Stiller Has para um álbum/tournée. Ross The Red também viajou e
trabalhou como backliner para as
lendas do rock suíço Krokus. Como
vês, temos estado todos muito ocupados. No outono de 2017 juntamo-nos e decidimos
escrever e gravar um novo álbum.
No que diz respeito a
Firewater, este é um álbum um pouco diferente, não
concordas? Na minha opinião, desta vez têm uma abordagem mais tradicional do rock americano. Foi uma tentativa de inovar um
pouco ou a consequência de todas as mudanças?
Concordo totalmente. Quando
nos encontramos novamente no outono de 2017, estávamos muito interessados em
trabalhar num novo álbum. Mas todos nós queríamos fazer algo diferente em
relação aos antigos registos dos Slam & Howie. Queríamos colocar mais
guitarras elétricas no disco, mas o principal era que não queríamos definir
"limites". Apenas queríamos gravar as melhores músicas possíveis,
queríamos divertirmo-nos, não queríamos fazer nada com compromisso.
Quando começaram a
trabalhar nesta coleção de músicas?
Após a nossa reunião em
outubro de 2017, comecei imediatamente a trabalhar em novas músicas. Assim, basicamente
durante todo o mês de novembro de 2017 trabalhei em material novo, escrevi
canções, em sessões com Boris. No final do mês havia material suficiente para
um novo disco. Em janeiro de 2018 escrevi as letras das 11 músicas e em
fevereiro entramos em estúdio para gravar tudo. Ao começar a escrever as novas
músicas imediatamente percebi que este intervalo de um ano foi a melhor coisa
que fizemos em muito tempo. A composição foi quase feita por si só, com tantas
ideias, criatividade, etc.
Porque uma música
sobre Elvis (Pretender) e outra sobre Lemmy (The Legacy)? Uma homenagem? Que tipo de influência tiveram
na vossa banda?
Sim, The Legacy é uma música sobre Lemmy e Tom Petty. Ambos morreram jovens.
Quanto mais velhos ficamos, mais vemos os nossos ídolos partirem... Lemmy,
Malcolm Young, Tom Petty, etc… Portanto, escrever essa música foi a minha
maneira de dizer “Obrigado pela inspiração". Por outro lado, Pretender, não é uma música
especificamente sobre Elvis. É mais uma música sobre um tipo de pessoa que
todos conhecemos de algum lugar e pessoalmente. Uma pessoa que sabe tudo,
engana todos, apunhala pelas costas.
Para este álbum já
gravaram dois vídeos - Once
We Get There e Witness Of Dawn. Por que razão a escolha destes temas? Já
agora, há mais algum projectado?
É sempre difícil decidir em que
músicas gravar um vídeo. Nós tínhamos a ideia em mente de fazer um clipe muito simples e estático para Witness Of Dawn porque que se encaixa
perfeitamente nessa música. Once We Get
There é talvez a música mais épica que já fizemos. Queríamos ter algumas
imagens épicas captadas com um drone. Nas minhas férias nos EUA fiz um pouco de
voo com um drone. Não há planos definitivos, mas há uma ideia para produzir
outro vídeo para Blind Men. Veremos.
Para além da vossa tour
pela Suíça, têm planeado alguma outra mais ampla?
De momento, há apenas planos
para espetáculos na Suíça. Mas recebemos muito feedback da Espanha, Alemanha e Itália. Vamos ver o que 2019 nos
traz.
Obrigado, Slam! Queres
deixar alguma mensagem ou acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pelo teu apoio,
agradecemos o teu interesse pelos Slam & Howie And The Reserve Men. Espero
um dia fazer um espetáculo em Portugal. Ride
on!
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