Light After Dark (Mary Brain)
(2018, Valery Records)
Uma curta
introdução instrumental dá sequência a um pesado, mas ricamente decorado, Devastation. E assim se inicia Light After Dark, segundo trabalho dos Mary Brain, que, ao longo dos seus 11 temas
acaba por não fazer jus a este título. De facto há aqui trevas e luz, mas esta
não surge depois daquela; pelo contrário elas vão-se entre cruzando ao longo de
todo o disco. Por exemplo, se esse Devastation
carrega obscuridade, o contraponto é feito pouco tempo depois com as percussões
iniciais de The Ogre ou mesmo a
abordagem acústica e super melódica de Letter
To Heaven. E logo a seguir, Sentenced
To Death condena-nos a um peso claustrofóbico num dos temas com melhores riffs e Buried Alive mostra-se teatralmente assustadora. Holy War aborda a questão muito atual do
terrorismo e são percetíveis algumas nuances orientais. A luz regressa em Gethsemane, uma canção iluminado por um
refrão melódico, com coros, uma base acústica e um solo sensacional. E depois
temos o tema mais curto, U. D. T. Q.
que consegue ter peso (nos riffs e
secção rítmica) e clarividência (na curta mas eficaz espanholada). O longo (mais de nove minutos que nem se sentem
passar!) tema-título encerra um álbum construído com muito cuidado, com uma
produção adequada e um naipe de excelentes músicos. Um disco de metal moderno, como sempre o metal moderno deveria ser. Os fãs de Avenged Sevenfold e Alter Bridge têm aqui uma nova e
refrescante proposta que não os irá desiludir. [87%]
Highlights
The Ogre, Letter To Heaven, Gethsemane, U. D. T. Q.,
Light After Dark, Sentenced To Death
Tracklist
1.
Anamnesis
2.
Devastation
3.
Tower Of Babel
4.
The Ogre
5.
Letter To Heaven
6.
Sentenced To Death
7.
Buried Alive
8.
Holy War
9.
Gethsemane
10. U. D. T. Q.
11. Light After Dark
Matteo Vicenzi – vocais
Andrea Ferrari – bateria
Nicola Palma – baixo
Andrea La Piccirella – guitarras, vocais, percussão,
theremin
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