Aurora Core
(CINEMUERTE)
(2018,
983060 Records)
Originalmente lançado em finais de 2008, Aurora Core foi
claramente um dos melhores álbuns nacionais desse ano. Nesta banda sonora
brilhante, que agora, dez anos passados, é alvo de uma nova edição a cargo da 983060
Records, o
duo Sophia
Vieira e João Vaz faz-se acompanhar por Pedro Cardoso (baterista
dos F.E.V.E.R.)
e Ricardo
Amorim (guitarrista dos Moonspell)
para criar melodias memoráveis guiadas pela voz clara e bela de Sophia,
conseguindo pegar no que mais belo e intenso têm coletivos como The Gathering.
Quem não teve a oportunidade de acompanhar este lançamento há dez anos atrás,
tem agora uma nova possibilidade de ouvir uma das melhores obras produzidas
pelo rock/metal nacional. [89%]
The Course Of Empire
(ITERUM NATA)
(2018,
Inverse Records/Finlândia; 2019, Inverse Records/Internacional)
Em
dezembro na Finlândia e em janeiro no resto do mundo é lançado esta trabalho do
artista finlandês Iterum Nata,
intitulado The Course Of Empire. Nata
tem uma abordagem ambiental, neo-folk
e atmosférica com um frequente recurso a guitarras acústicas, e mesmo as
incursões pelo occult rock são feitas
com um toque de modernidade. Notadas são, também, influências do psyche rock dos anos 60 e utilização de
alguma percussão que confere a The Course
Of Empire uma áurea tribal. Vocalmente é sempre limpo, quer na
componente masculina, quer na feminina. [82%]
Pluto (PLACES AROUND THE
SUN)
(2018,
Independente)
Já
está disponível para audição e download
gratuito o segundo disco dos Places
Around The Sun. E um desses lugares em redor do Sol (embora um “redor” bem
afastado) é Plutão, o Planeta da Transformação (apesar de já ter sido
despromovido de planeta), para onde um homem foge. É esta a história contada
pela banda lisboeta em Pluto, numa
abordagem musical suja e cáustica de um stoner
rock algo alternativo e virado para o grunge
mas que até pisca o olho ao blues. E
a viagem até é bem rápida, 35 minutos bem compassados, diversificados e com uma
aproximação a estruturas um pouco mais agressivas do que aconteceu no seu
primeiro álbum. [75%]
Nothing But Trouble
(HANK ERIX)
(2018,
Livewire/Cargo Records)
Os
Houston são já um dos nomes melhor
estabelecidos no panorama europeu do AOR/melodic
rock, com excelentes análises aos seus lançamentos, convencendo crítica e
fãs. Hank Erix é o vocalista dos Houston que agora se estreia a solo,
com Nothing But Trouble. O álbum é
composto por dez temas que foram sendo compostos ao longo dos anos e que
estiveram algum tempo em banho-maria.
A abordagem de Erix acaba por ser um pouco mais orientada para o hard rock, com uma abertura (Turn To Darkness) a aproximar-se dos Dokken e um final (For The Restless & The Young) com uma ambiência obscura como
nunca se viu no sueco. Denominador comum, são as linhas melódicas sempre
apelativas e com sensibilidade AOR,
num conjunto de temas equilibrados. [75%]
Creatures (MO LOWDA
AND THE HUMBLE)
(2018,
Independente)
São
conhecidos pela sua abordagem progressiva, mas a verdade é que Creatures, o mais recente disco dos Mo Lowda And The Humble está mais
orientado para o indie e garage rock que propriamente para o
progressivo. A banda prepara-se para vir até à Europa apresentar este conjunto
de dez temas e dizem que os seus concertos são muito enérgicos. Será difícil de
acreditar nisso, quando o que este Creatures
não tem é energia. É um disco básico, amorfo e desinteressante. [63%]
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