The
Inextricable Wandering (ULTHA)
(2018, Century Media)
Com
temas a variar entre os seis minutos e meio e os quase 19, o terceiro álbum
dos black metallers Ultha desafia o panorama estabelecido
dentro do género. Continua a ser extremo, continua a ser frio, continua a ser
maléfico, mas a sua abordagem visual e conceptual, as desenfreadas cascatas de
som agreste, os riffs hipnotizantes e
as atmosferas sombrias (que têm muito tempo nas canções para se adensarem cada
vez mais) fazem destes germânicos um nome singular no black metal. E se esse reconhecimento já tinha acontecido nos dois
álbuns anteriores, a sua veia de malvadez e o seu manto de escuridão
acentuam-se neste mais recente The
Inextricable Wandering. [75%]
Towards The Damned
(SERPENT LORD)
(2018, Alcyone
Music Records)
Os
Serpent Lord são um muito jovem
coletivo grego, formado apenas no início deste ano. Desde logo começaram a
trabalhar neste conjunto de temas que agora apresentam na forma de Towards The Damned. Composto por 10
temas poderosos de metal épico,
fortemente influenciado por bandas como Arrayan
Path, Towards The Damned, inclui
um instrumental, uma balada atmosférica e uma outra faixa cantada em linguagem
Frigía. O álbum tem boas ideias, começa de forma muito agradável, mas começa a
decair a partir do meio, eventualmente, fruto da inexperiência do coletivo.
Ainda assim, há aqui pormenores que nos fazem acreditar estar em presença de
uma banda com potencial. [77%]
Into The Chaos
(FEEL NO PAIN)
(2018,
Independente)
Jovem
banda madrilena que lança o seu primeiro EP, Into The Chaos, um conjunto de quatro temas (onde se inclui uma intro) compostos em diferentes fases da
existência da banda. Isso é notório, também na sua abordagem, num cruzamento
entre as influências thrash metal de Metallica, Slayer ou Sepultura e as
oriundas de um heavy metal mais
tradicional – Iron Maiden,
principalmente. No fundo este é apenas um cartão-de-visita que tem como
objectivo dar a conhecer mais uma banda. Mas, Into The Chaos, mostra ainda muitos sinais de inexperiência e de
indecisão quanto ao caminho a seguir. [74%]
High Risk (BLADE KILLER)
(2018, M-Theory Audio)
Depois
do EP homónimo de 2014, os californianos Blade
Killer mostram, mais uma vez, como as influências Iron Maiden ainda são muito notórias nas jovens bandas.
Particularmente influenciado pela era-Di’Anno, High Risk assume o risco de, em cerca de meia hora de puro e
tradicional heavy metal, por o
ouvinte a saltar como se fazia com Killers
ou Iron Maiden. Já mudamos de século
e até de milénio, mas é sempre bom ver que aquela sonoridade mágica ainda hoje
é reproduzida, mesmo que os Blade Killer
não sejam propriamente espetaculares na sua criação, limitando-se ao básico
e a serem efectivos e diretos. [79%]
Daementia (ETERNAL DREAM)
(2018, Pride
& Joy Music)
De
Espanha têm surgido interessantes coletivos no âmbito do metal sinfónico com vocalistas femininas, como sejam os casos dos Darksun ou dos Last Days Of Eden. Os Eternal
Dream, são mais um nome a juntar a esse rol que até tem a curiosidade deste
seu novo álbum, Daementia, ser
produzido, precisamente por Dani G..
A sonoridade de Daementia não difere
muito do que habitualmente é feito neste género, seguindo de forma aplicada as
principais referências. Mas, este que é o segundo álbum do coletivo de Málaga e
que surge seis anos após a estreia The
Fall Of Salanthine, tem alguns argumentos ao nível épico e emocional que
poderá fazer a diferença para melhor numa área onde tantas bandas soam iguais. [80%]
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