Entrevista: The Sticky Fingers Ltd.


Já foram apenas Sticky Fingers, mas com a criação de temas originais e o endurecimento do seu som resolveram mudar para The Sticky Fingers Ltd. E o novo álbum, Point Of View, mostra um coletivo com um adequado ponto de vista face ao hard rock e ao metal. Foi o guitarrista e vocalista Lorenzo quem nos respondeu.

Olá Lorenzo! Obrigado pela disponibilidade. Importas-te de apresentar os The Sticky Fingers Lta. aos rockers portugueses?
Olá pessoal! Obrigado pelo teu interesse. O meu nome é Lorenzo e sou o vocalista e guitarrista da banda, Jaypee é o baixista e Jesus é o guitarrista e backing vocals enquanto o Flash é o baterista. Não sei como nos apresentarmos, mas acho que posso dizer que somos uma banda de rock.

Como foi a preparação de Point Of View? Quando começaram a trabalhar nesta coleção de temas?
As primeiras músicas deste álbum foram escritas há alguns anos e passamos um bom tempo a trabalhar nas novas músicas. Durante esse período, Inch, o nosso guitarrista anterior, teve que deixar a banda por questões pessoais, pelo que decidimos continuar como trio. Originalmente a banda era um trio, mas nós éramos mais fãs de rock e as novas músicas precisavam de duas guitarras para brilhar. Eu tinha em mente duas guitarras quando as escrevi. Começamos a gravar o álbum e eu toquei a maioria das partes de guitarra, e foi quando Jesus se juntou à banda e gravou algumas partes de guitarra e algumas partes vocais muito boas. Sempre sentimos a falta de backing vocals e ele preencheu a lacuna. Na verdade, gosto da forma como as nossas vozes soam na mistura.

Que tipo de ponto de vista apresentam neste novo álbum?
Bem, como sabes, em cada história há sempre dois lados. É o que dizem e acho que é verdade, especialmente na música onde não há certo ou errado e tudo depende do teu gosto pessoal, tudo podendo mudar drasticamente se mudares o teu ponto de vista.

Porque mudaram o nome para o atual The Sticky Fingers Lta.?
Começamos como Sticky Fingers a tocar clássicos do rock e do blues, e o nome, obviamente, era uma homenagem aos Rolling Stones, mas quando começamos a trabalhar no nosso primeiro álbum decidimos mudar o nome porque não queríamos ser confundidos com algumas bandas de tributo dos Rolling Stones.

Também se nota que o vosso som está mais orientado para o metal e menos para o rock dos anos 70. De onde vem a inspiração para esta evolução?
Eu ouço diferentes géneros de música e tudo me influencia, mesmo que não perceba e acho que é a evolução natural da banda. Tentamos não fazer o mesmo álbum duas vezes. Mas realmente é a música que determina o som. Espero que gostem da presença de uma vibe dos anos 60, embora músicas como North Star sejam mais pesadas, mas novamente é a música que requer certos sons. Acho que o próximo álbum será mais pesado, é assim que a banda está e evoluir agora, mais como na faixa bónus Inside Of Me, que foi gravada em setembro passado.

Portanto, se te pedisse para descreveres a vossa música, o que dirias?
É uma pergunta difícil... talvez a melhor maneira de a descrever seja hard rock.

Como se desenrola o processo criativo na banda?
Eu costumo escrever as músicas, gravo uma demo em casa com tudo (guitarras, baixo, vocais e batidas de bateria). Assim, quando eu apresento as músicas à banda, eles ficam com uma ideia de como as músicas devem soar. Depois discutimos os arranjos, partes de bateria, linhas de baixo, etc e gravamos. Normalmente a parte mais longa é a gravação dos vocais. Eu não sou um cantor apropriado, sou um guitarrista que canta e tento fazer o melhor que posso, graças a Deus, e Jesus tem-me ajudado muito. Jaypee escreveu Naked Soul para este álbum, mas o processo é basicamente o mesmo. Ele fez uma demo da música, com piano e voz, e eu trabalhei nisso adicionando a parte após o refrão e a parte final da música.

A apresentação do álbum aconteceu no dia 22 de dezembro. Foi uma noite especial?
Foi uma boa noite, estamos a tocar melhor do que nunca e as novas músicas são perfeitas para serem tocadas ao vivo. Iremos tocar o álbum inteiro, mas haverá músicas do primeiro álbum e algumas covers que temos rearranjado para combinar com o som da banda.

O que têm planeado para breve?
Bem, agora já estamos a planear os espetáculos para o próximo ano agora, mas não sei exatamente quando serão. Mas o plano é tocar em todos os lugares, o máximo que pudermos.

Muito obrigado, Lorenzo. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pela tua review e por nos dares a oportunidade de sermos descobertos pelos teus leitores. Gostaria de agradecer à nossa editora, Sneakout Records, eles deram-nos um grande apoio. Saudações a todos os fãs de rock portugueses!

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