Bad Disease é o segundo álbum dos Vandallus, banda onde marcam presença elementos
dos Midnight. Mas o objectivo dos Vandallus é diferente. É tocar heavy
metal/hard rock como se fazia nos anos 70
e 80. O guitarrista Shaun Vanek fala-nos que não pretendem reinventar a roda,
mas sim e tão só tocar a música que gostam. E isso é um objectivo plenamente
conseguido por uma banda que, sem pressões, vai construindo o seu trajeto.
Olá Shaun! Tudo bem? Obrigado pela tua disponibilidade. Podes
apresentar os Vandallus aos metalheads
portugueses?
Olá e
obrigado! Vandallus é uma ótima banda para tocar enquanto pegas na tua bicicleta
suja e saltas por cima do fogo.
Os Vandallus
estão ativos desde 2015. O que vos motivou a criar esta banda?
Como fãs de hard rock dos anos 70 e 80, queríamos
fazer uma banda assim. Aqui está ela.
Vandallus
é, de facto, uma doença má? Em que sentido o álbum foi intitulado assim?
Esse título
surgiu quando a música foi escrita. Foi pura magia de estúdio. Jason surgiu com
a letra quando todos estávamos em estúdio a escrever a música no estúdio. Foi
uma experiência coletiva.
Mas
Vandallus é um projeto totalmente diferente dos outros onde costumas tocar,
nomeadamente Midnight, certo? O que procuram com este novo projeto?
Diferentemente
dos Midnight, queríamos fazer um disco de hard
rock dos anos 70 e 80.
Um
projeto que já vai no seu segundo álbum. E há mais para vir, suponho ...
Totalmente.
Sem prazos, pressão nem nada disso. Quando a inspiração chegar, nós escreveremos
mais música. Depois de termos pronto o primeiro, criamos mais material para
este segundo registo. Fomos para estúdio e gravamos. Não tenho a certeza quando
o próximo irá surgir, mas temos vindo a trabalhar com material muito bom.
Como descreverias
os Vandallus para quem não vos conhece?
Hard rock dos anos 70 e 80. Claro e simples. Não estamos a
tentar modernizá-lo nem reinventamos a roda. Simplesmente gravamos um álbum que
reflete esse som.
Como
fazem para conseguir esse som tão retro, tão orgânico? Essa é a alma do
verdadeiro heavy metal, não
achas?
Sabes que as
pessoas descartam palavras como "analógico" ou "quente" ou
"fita" como sendo um som orgânico. Isso é metade do caminho. Para
mim, o que faz com que seja orgânico é tocar ao vivo em estúdio com toda a
banda junta e não editando cada pequena secção para a tornar perfeita. Os solos
foram gravados na mesma pista da guitarra ritmo. Eu apenas fui à frente como
faria se estivesse ao vivo. O que ouves neste álbum é como soa ao vivo! Sim,
poderíamos ter notas fixas, mas tocamos as músicas em estúdio todos juntos. Não
houve arquivos trocados entre nós para cada um gravar no seu home studio pessoal. Estávamos todos
presentes quando o álbum foi gravado.
Portanto,
um trabalho de estúdio simples… Nada polido…
Sim! Temos a
sorte de ter nosso próprio estúdio, que tem uma boa sala de bateria com
isolamento para amplificadores etc. Estamos sempre ligados e prontos para ir.
Portanto, tudo o que fazemos é marcar uma data em que todos nos encontremos.
Depois, é só ligar e tocar.
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