Reflections (ONYDIA)
(2019,
Revalve Records)
São
oito faixas de um metal inspirado em
linhas progressivas o que nos trazem os italianos Onydia. Alguma complexidade dentro dos parâmetros habituais em
bandas com alguma tendência prog não
serão suficientes para se destacarem da feroz concorrência neste segmento.
Ainda por cima porque, adicionalmente, a vocalista Eleonora Buono não se mostra particularmente competente. Por isso,
este primeiro disco da carreira, denota esforço e empenho, mas também fica bem
patente que ainda há um longo caminho pela frente com necessárias e exigíveis
melhorias em todos os aspetos. [60%]
Behind The World
(SEBASTIEN)
(2019, Pride
& Joy Music)
Apenas
um ano após o lançamento do terceiro álbum Act
Of Creation, os Sebastien não
perdem tempo e colocam cá fora mais um trabalho, desta feita, um EP de quatro
temas, intitulado Behind The World.
Para além do dueto com Yannis
Papadopoulos (vocalista dos Beast In
Black), nada de mais a acrescentar ao que o coletivo checo já tinha apresentado.
Heavy metal com melodia e malhas com riffs básicos. Behind The
World é, assim, um registo bom, mas nada que milhares de outras bandas já
não tenham feito e, sendo apenas um EP de quatro temas, que nada acrescenta nem
ao seu curriculum nem ao metal em geral. Destinado apenas aos fãs
da banda. [70%]
Hic Sunt Leones
(S. R. L.)
(2019,
Rockshots Records)
Os
S. R. L. (Societá a Responsabilitá
Limitata) já andam a espalhar o seu thrash
metal devastador desde 1992 e os longos espaçamentos de tempo entre
lançamentos tem sido a sua imagem de marca. Por isso, o décimo primeiro álbum, Hic Sunt Leones surge sete anos após De Humana Maiestate. Este é um disco
baseado na antiga civilização romana, mas não esperam grandes obras
arquitetónicas nem a glória dos vencedores do Coliseu. Isto porque Hic Sunt Leones traz um death/thrash metal poderoso e
interessante ao início, mas que acaba por cansar em virtude da sistemática
repetição de fórmulas. É que tirando um par de temas, tudo soa igual e a
sensação que fica no final da audição é que… nenhum tema foi claramente
marcante. [54%]
Midnight Terrors
(HELLNITE)
(2019,
Sliptrick Records)
Neste
novo disco dos Hellnite, Paolo Belmar assume a totalidade das
despesas criativas num disco de thrash
metal old school, a beber diretamente das influências de Metallica, Metal Church ou Anthrax.
Belmar deixou para trás o seu México e embarcou numa viagem pelos seus sonhos
até ao Canadá, onde atualmente está sediado. Quanto a Midnight Terrors, sucessor do EP de 2013 Manipulator, é apontado pelo próprio mentor, como uma ponte entre o
thrash tradicional e a liberdade
criativa na música. Mas, na realidade, é um disco de thrash metal banal com um par de temas bem conseguidos,
nomeadamente o instrumental Darker Than
Black, mas, na globalidade, com pouca consistência e sem grandes ideias. [66%]
Moving Backwards
(WHEEL)
(2019,
Odyssey Music Network)
Na
sequência do sucesso do EP The Path And
The Divine, os Wheel apresentam Moving Backwards, o longa-duração que
traz o britânico James Lascelles e
os seus colegas finlandeses até à ribalta. E como? Com a sua visão muito
caraterística de como cruzar rock
progressivo com grunge e stoner. A secção rítmica é o elemento
mais valioso deste álbum: uma bateria cheia de pormenores e dinâmicas e um
baixo que não para um segundo. Tudo o resto surge depois. O
vocalista/guitarrista diz que Moving
Backwards tanto pode ser rock,
como metal, como ambos ou como…
nenhum, mas o certo é que essa justificação tem razão de ser, pois este é um
disco que deverá agradar a fãs quer de Tool
como de Radiohead, quer de Alice In Chains como de Queens Of The Stone Age. [74%]
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