Nascidos em 2012 pelo
guitarrista e vocalista Matthias Weiner, os Powergame erguem bem alto a paixão
pelo metal tradicional e pela NWOBHM. Com uma demo e um álbum no curriculum,
2019 vê o lançamento do seu segundo longa-duração, Masquerade, quatro anos após Beast On The Attack. Este é, também, o primeiro álbum onde
surge a mascote El Diablo Negro. E esta foi uma das histórias que esteve na
base da nossa conversa com o fundador e mentor Matty.
Olá Matty, obrigado
pela disponibilidade! Quatro anos depois de Beast On The Attack, os
Powergame estão de volta com um novo álbum. Como foi a criação do Masquerade?
Olá Pedro! Sou Matty, cantor
e guitarrista dos Powergame. Muito obrigado
pela oportunidade de falar, a ti e aos teus leitores, sobre a nossa banda! A
maior parte de Masqerade foi criada
por mim em casa. Quando escrevi o álbum, ainda não tinha uma banda ao meu lado.
Senti que a última constelação de músicos não se encaixava nos meus requisitos.
Assim, decidi escrever algumas músicas novas por conta própria antes de
procurar uma nova banda apropriada. Escrevi cinco músicas e fui aos estúdios da
Soundlodge em dezembro de 2017,
juntamente com o KG dos Lost World Order, a outra banda da qual
faço parte, que concordou em gravar a bateria para mim. Deixamos o estúdio com
essas cinco músicas mais a versão do clássico dos Scorpions Blackout. A minha
primeira ideia era lançar um EP e fiz algumas cópias promocionais disso. Entretanto,
tive uma longa conversa com Jörg Uken,
o proprietário dos Estúdios Soundlodge,
para que ele se juntasse aos Powergame
na bateria, pois ele é um baterista incrível. Ele concordou com o meu pedido e
eu disse: "Ei, porque não gravar mais algumas músicas para te apresentar como
baterista e lançar um álbum completo?” A ideia era boa e então em maio de 2018
entrei, mais uma vez, no seu estúdio e gravamos o segundo monte de músicas.
Para essas músicas, o baixo foi gravado pelo nosso baixista Marc, que já havia
se juntado à banda na altura.
Uma vez que o álbum
foi gravado por dois bateristas, quem é o atual baterista dos Powergame?
Agora estamos a chegar a
outra história muito estranha. Jörg Uken
descobriu que não tinha tempo para ser um membro permanente da banda, portanto,
fiquei, mais uma vez, sem baterista. Entretanto, os membros originais Marc
(baixo) e Tobias (guitarra) já se tinham juntado à banda. Naquela altura, tinha
decidido continuar com os Powergame
como uma banda e não apenas um projeto de estúdio. Começamos a procurar por um
baterista permanente, e finalmente, encontramo-lo na pessoa de Stefan em
outubro de 2018. Curiosidade: ele costumava tocar numa banda com o nosso
baixista Marc em 1993 (risos). Como disse, a vida é estranha.
Masquerade é um álbum
verdadeiramente de heavy metal,
forjado na inspiração dos anos 80. De onde surgem as vossas principais
influências?
Adoro todos os estilos
tradicionais de Metal, mas a
principal inspiração para os Powergame
é, em primeiro lugar, o Metal
clássico dos EUA e a New Wave Of British
Heavy Metal. Havia tantas bandas ótimas naquela época, e adoro a diversidade
desse movimento lendário. O nome da banda foi escolhido com a incrível música
dos Tokyo Blade, Powergame, em mente, e dos Angel Witch aos Quo Vardis, dos Tygers Of
Pan Tang aos No Quarter, dos AIIZ aos Holocaust, há música inspiradora e surpreendente para descobrir uns
anos atrás. E isso é simplesmente impressionante.
No Beast On The Attack, estavas apenas como vocalista. Agora tornaram-se num
quarteto e acumulas com a guitarra. Podes explicar esta reformulação na banda?
Como já deves ter
descoberto, nada nesta banda é fácil ou comum. Eu sou guitarrista e desde
sempre que a minha intenção nos Powergame
foi apenas tocar guitarra. Mas desde o início, que nunca tivemos a sorte de encontrar
alguém disposto a lidar com os vocais. Assim concordei em cantar enquanto
tocava guitarra, mas em 2012/2013 rapidamente ficou claro que eu não era capaz
de fazer ambos, adicionamos um segundo guitarrista e, de repente, fiquei apenas
como cantor. Músicos entraram e saíram e depois da gravação do novo álbum, estava
pronto para tocar guitarra e cantar e agora estou feliz com a situação.
E com essa
curiosidade que é um lutador mexicano ser a vossa mascote? El Demonio Negro deve ser o vosso seu maior fã ... (risos!)
(risos) Aposto que é!
Estávamos à procura de uma mascote, como Eddie,
Snaggletooth, Fangface, Knarrenheinz e
muitos outros que são muito fixes e ajudam a fazer uma banda memorável.
Monstros, esqueletos, dragões e guerreiros são comuns no Metal e queríamos algo único que não muitos ou melhor ainda ninguém
tivesse feito antes. Então, certo dia encontrei uma foto de um lutador mexicano
na net e imediatamente pensei que
esses lutadores são fascinantes. São agressivos, perigosos, misteriosos,
parecem marciais e fazem grandes espetáculos. Ou seja, são o Metal de todas as maneiras possíveis! E
o melhor ainda estava por vir. Procurei um nome e tropecei num gerador de nomes
para os wrestlers mexicanos. Introduzi
o meu nome verdadeiro Matthias Weiner,
e o resultado foi El Demonio Negro,
o demónio negro. Foi porreiro! Foi assim que tudo começou e El Demonio Negro certamente voltará em
capas futuras.
Até têm uma música
dedicada a ele…
Exatamente, a música Final Warning lida com a tensão em torno
da luta, estando preso no ringue com o adversário.
Como foi o tempo de estúdio?
Correu tudo como planeado?
Bem, sim. Tudo tinha sido preparado
adequadamente. O baixo e as guitarras foram gravados na sala de ensaios. Só
usamos o estúdio para gravar a bateria, a maior parte dos vocais e para a
mistura e masterização. Somos todos músicos experientes e sabemos como atuar em
situações de gravação. Não nos enervamos.
Prontos para ir para palco?
O que têm preparado?
Agora estamos na fase de
ensaios, pois em maio e junho há alguns espetáculos confirmados. Vamos tocar
todo o álbum Masquerade, exceto a
faixa instrumental The Chase Of The
Falcon, mais uma ou duas faixas do álbum Beast On The Attack.
Muito obrigado Matty!
As últimas palavras são tuas…
Mais uma vez, muito obrigado
por nos darem algum espaço. Para todos: Dem uma oportunidade ao nosso álbum,
vale a pena. Sintam-se à vontade para entrar em contacto. Não interessa se
querem comprar um CD ou um LP ou apenas ter uma boa conversa com um companheiro
Metalhead. Eu adoro estar em contacto
com fãs de Metal em todo o mundo. In Union We Stand!
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