Entrevista: The Rods


O álbum Brotherhood Of Metal, o mais recente dos lendários The Rods, é uma daquelas peças de metal que nos faz sentir bem. É um daqueles conjuntos de canções que um dia nos fez gostar de heavy metal. É um regresso numa forma fantástica de um power trio que já passou por fases boas e menos boas, mas que sempre soube com ultrapassar as últimas. E foi um enorme prazer conduzir esta entrevista com o baterista Carl Canedy, um dos membros de sempre dos The Rods.

Olá Carl, obrigado pela disponibilidade! Brotherhood Of Metal é já o vosso terceiro lançamento na vossa nova vida... Quais são os vossos sentimentos após o renascimento?
Estamos muito felizes com o novo álbum. É bom ter um novo produto no mercado. Já estávamos há muito tempo à espera deste álbum, mas agora que está aqui, estamos entusiasmados e já começamos a compor músicas para o próximo.

E desta vez sem nada para esconder – este álbum é uma dose de heavy metal como ele sempre deveria ser, não é verdade?
Voltamos às origens. Sinto que este álbum nos liga às nossas primeiras gravações e é um álbum de música que podemos tocar ao vivo na sua totalidade. Acredito que as nossas composições crescem quando permanecemos fiéis ao som dos The Rods.

Tu e David estão na banda desde o princípio. Naturalmente já passaram por muitas fases - positivas e negativas – por isso pergunto como analisas o trajeto dos The Rods ao longo do tempo?
Como acontece com qualquer banda ou casamento há altos e baixos. As pessoas que enfrentam os tempos mortos obtêm benefícios. Fomos capazes de aceitar as falhas uns dos outros e seguir em frente. Este álbum prova que ainda somos uma força a ser reconhecida. David e eu estamos juntos há quase 40 anos e Garry há quase o mesmo tempo. Para onde vai o tempo quando se está a acionar amplificadores e baterias?

A principal novidade em relação ao vosso último álbum - Hollywood - é que estão de regresso ao formato trio com a saída de Rick Caudle. Por que essa opção?
Na verdade, o álbum Hollywood foi uma reedição e foi feito em meados dos anos 80. Em 2012 lançamos o Vengeance que contou com a formação original. Na altura, David e eu tínhamos músicas que não eram músicas típicas dos The Rods. As músicas precisavam de um bom cantor, por isso, para esse álbum, trouxemos Rick para os vocais.

Chegaste a afirmar que este título reflete a vossa atitude em relação à vida. Em que aspeto isso se verifica?
Acredito e já vi pessoalmente como a comunidade de metal é realmente uma. Apesar dos subgéneros do metal, todos nós nos aceitamos como fãs de metal. Em tournées e festivais há bandas jovens e mais velhas e todas se apoiam umas às outras bem como os fãs.

Voltando um pouco no tempo, o que aconteceu em 1987, para terem parado a banda depois de seis álbuns?
Tínhamos um agente mas os espetáculos estavam a diminuir. Cada um de nós partiu para outros projetos. A próxima coisa que tens noção é que as crianças crescem e estamos juntos novamente. Nunca houve problemas dentro da banda nem nos separamos. Simplesmente tivemos outros projetos.

Mais de 20 anos depois, os The Rods voltaram ao ativo. O que vos motivou a este regresso?
Como referi, os nossos filhos cresceram e parecia que era o momento certo para reformar a banda.

E agora estamos aqui e, pela primeira vez, com um álbum para a lendária SPV. Como se proporcionou esta ligação?
Nós sempre quisemos trabalhar com a SPV e com Olly Hahn. Depois de duas tentativas frustradas ao longo dos anos, finalmente fizemos isso acontecer. Verdadeiramente, à terceira foi de vez.

De facto, vocês permanecem fiéis às vossas raízes, mas conseguem actualizar o vosso som. Como conseguem isso?
Todos nós atuamos, escrevemos e gravamos ao longo dos anos. Além disso, tocamos juntos novamente há dez anos. Aprendemos o que funciona para nós ao vivo e isso reflecte-se na nossa escrita e gravação.

O que têm preparado para palco?
Esperamos trazer muitas das músicas deste álbum para palco, juntamente com os padrões dos The Rods que os fãs pedem sempre. Estamos ansiosos para tocar essas músicas ao vivo para os Wild Dogs! Obrigado pelo teu apoio. Apreciamos a tua ajuda.



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