Logo a abrir o ano
surge Cave Transmission, a estreia de mais um jovem coletivo
nacional, os The Grind Fever. As suas influências passam pelo rock, doom,
stoner e grunge num EP de excelente efeito. Todavia, preparem-se,
porque a banda de Sta. Maria da Feira anuncia nesta entrevista que o próximo
disco será conceptual e bem diferente deste EP.
Olá pessoal! Quem são
os The Grind Fever? Podem apresentar a banda?
The Grind Fever é um projeto musical
proveniente de Santa Maria da Feira, integrado por João Neves (guitarra),
Júnior Neves (bateria), Ricardo Jorge (guitarra) e Francisco Figueiredo
(baixo/vocal), com influências que passam pelo Doom, Stoner e Rock.
O primeiro trabalho do projeto foi lançado dia 5 de janeiro, sendo intitulado de Cave Transmission.
Quando deram início a este percurso e com que objetivos?
A banda foi
fundada em 2015 com o desmantelamento de outro projeto em que o João, o Francisco
e o Júnior faziam parte. Na altura, quando começamos, o objetivo era criar uma
sonoridade própria dentro da vertente do Doom Metal mais tradicional
(onda do final dos anos 70, inícios dos 80's). Contudo, a regra chave no nosso
processo de composição é que todos gostemos do que estamos a criar.
Qual é o vosso background musical?
Todos os
membros da banda têm em comum o facto de já terem integrado outros projetos
musicais, tendo alguns dos membros ainda projetos musicais ativos. O nosso
baterista, Júnior, é percussionista em várias bandas filarmónicas e o Francisco
tem também um projeto de rock alternativo.
Que nomes mais vos influenciam?
Existe alguma
divergência a nível de gostos musicais dentro da banda, o que é interessante
pois influencia bastante o produto final. A nosso ver, isso é um fator enriquecedor.
Contudo, existem alguns grandes nomes que servem de grande influência no nosso
som, como: Black Sabbath, Satan’s Satyrs , Witchfinder General, Saint Vitus, Pentagram, Alice in Chains.
Sendo que se notam diversas influências do stoner ao doom, em que campo se sentem mais à vontade?
Bem, esta não
é uma pergunta fácil de responder para nós, visto não vermos a nossa sonoridade
como necessariamente Doom ou Stoner mas sim um híbrido dos dois e
de outros subgéneros.
Falem-nos de Cave
Transmission. Como foi o processo de composição deste conjunto de temas?
O EP Cave Transmission é o nosso trabalho de
estreia, servindo então em grande parte como um cartão de visita para o que se
avizinha. Estas 5 músicas foram parte do culminar dos nossos primeiros anos
como banda, quando ainda procurávamos a nossa própria sonoridade e entidade musical.
O nome Cave Transmission vem ao
encontro desta ideia, no sentido que estamos a transmitir o que aconteceu
durante a fase de laboratório como banda ao nosso público. Tendo agora estabelecimento uma sonoridade que consideramos bastante própria e versátil é
tempo de começar a trabalhar no primeiro LP. Depois de formada a banda, estivemos cerca de
2 anos a trabalhar no nosso som, procurando consolidar todas as nossas
influências e gostos musicais. Depois desta longa fase de procura, começamos a
tocar ao vivo e a gravar demos em estúdios caseiros de conhecidos (como
o Garagem 186), enquanto isso fomos
fazendo algumas alterações às músicas, até nos sentirmos confortáveis com a sua
forma final.
E a experiência de estúdio?
O processo de
gravação do EP foi o mais orgânico possível. Numa primeira fase trabalhamos nos
temas, tendo gravado em casa as primeiras guias, de forma a facilitar todo o
processo de gravação e também para estarmos mais preparados para tal.
Posteriormente, gravamos os 5 temas do EP em sessão ao vivo com o André
Ribeiro, no estúdio Evoke Collective
no centro comercial Stop, Porto. Escolhemos este formato de gravação pois
queríamos que o nosso som fosse orgânico, cru, contudo com bom tratamento. A
experiência foi positiva, o mais confortável possível. Foi ótimo trabalhar com
o André, já que ele compreendeu bem o que queríamos passar com os temas na
gravação e estamos muito satisfeitos com o seu resultado final.
Projetos para o futuro? O que têm em mente?
Estamos de
momento a promover o nosso EP Cave
Transmission, que foi lançado este ano através de concertos e outros meios.
Enquanto isso, já começamos a compor e a idealizar o que será o nosso primeiro
LP. O mais importante para nós é fazer música que nos satisfaça como artistas.
Se estamos satisfeitos e encontramos prazer numa composição, trabalhamos nela
até começarmos a realmente aprecia-la em todos os aspetos. O nosso objetivo
para um curto prazo é continuar a fazer música que seja interessante para nós e
nos desafie de forma a tornarmo-nos melhores músicos, compositores e performers,
sendo a meta no curso dos próximos anos o lançamento do nosso primeiro álbum,
que podemos já adiantar que será mais conceptual e bastante diferente do nosso
EP. No longo prazo, acreditamos na nossa música e capacidades como músicos para
fazer o projeto crescer e ser mais reconhecido, tanto a nível nacional como
global.
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