Review: Dying Breed (BLACK RAIN)

Dying Breed (BLACK RAIN)

(2019, Steamhammer/SPV)

Do speed metal do início da carreira dos Black Rain já nada existe e Dying Breed, sexto álbum da banda francesa e que marca o regresso ao produtor Chris Laney, mostra o quarteto claramente orientado para um hard rock/glam metal moderno e realmente barulhento. Um disco que toca alto e que deve ser ouvido ainda mais alto e que procura incorporar muito do que é o atual hard rock made in Sweden, como é o caso dos Backyard Babies ou Hardcore Superstar. São, no total, 10 temas em 39 minutos de intensidade frenética e de uma sonoridade compacta e pouco aberta para exibicionismos individuais. Ainda assim, os solos, não sendo longos, são de uma criatividade assinalável. Um poder e atitude que primeiramente devasta tudo à sua passagem e que, a pouco e pouco, começa a mostrar uma musicalidade que, à partida, se julgava impensável. A introdução de algo diferenciador só acontece na pesada e maquinal Nobody Can Change com um break metido no meio de uma parede sónica. Mas é depois de Like Me, um tema conduzindo por um baixo denso e com uma abordagem à Nirvana que os Black Rain começam a partir para outro patamar. Primeiro a sensualidade de uma balada a lembrar os bons velhos tempos de Bon Jovi, All Angels Have Gone, depois, a dupla formada por Rock Radio (uma crítica às rádios por não passarem música decente) e Public Enemy, canções onde mostram mais empenho criativo e arrojo estrutural, e o final com aquele que foi o primeiro vídeo, A Call From The Inside, um tema de enorme musicalidade. Portanto, o speed foi-se, mas a qualidade mantém-se. Apenas mudou de género. [82%]

Highlights

Dying Breed, Hellfire, All Angels Have Gone, Rock Radio, Public Enemy

Tracklist

1.      Dying Breed

2.      Hellfire

3.      Blast Me Up

4.      Nobody Can Change

5.      Like Me

6.      All Angels Have Gone

7.      We Are The Mayhem

8.      Rock Radio

9.      Public Enemy

10.  A Call From The Inside

Line-up

Max 2 – guitarra solo

Swan Hellion – guitarras, vocais

Frank F. – bateria

Matthieu de la Roche - baixo

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Edição

Steamhammer/SPV