Pelos vistos há
novidades para breve no reino dos Dark Oath. A banda de Soure está em silêncio,
no que diz respeito a lançamentos discográficos, desde 2016, quando apresentou
o álbum When
Fire Engulfs The Earth, mas nesta
entrevista, a vocalista Sara Leitão foi levantando o véu quanto a um próximo
álbum para breve. Enquanto aguardamos, podemos ficar a saber o que estes epic
death metallers têm andado a fazer.
Para começar, podes
explicar-nos como é que tudo começou?
A banda começou em 2009
sendo que eu entrei em 2010. Começou tudo com um grupo de amigos que se juntou
e que queria fazer música. Mais tarde houve oportunidade de me juntar à banda,
mas uma coisa muita natural, simplesmente começámos a ensaiar umas músicas e a
coisa foi fluindo. Quando dei por mim já estava na banda.
Qual a origem do
vosso nome?
Funny story! O nosso nome foi dado pelo antigo baixista dos Alestorm, o Dani Evans. Havia um fórum na altura, chamado Metalheads United e quando o Joël e o Zé começaram com a ideia de
criar uma banda, lançaram a questão nesse fórum, de a malta dar umas sugestões
de nomes para a banda. Nessa altura, o Dani era um membro ativo desse mesmo
fórum e sugeriu o nome Dark Oath.
Assim, ficou.
Quais as vossas
referências e influências musicais?
Obviamente que cada um de
nós tem as suas próprias influências e gostos, mas podemos dizer de forma
unânime que bandas como Wintersun, Ensiferum, Insomnium, Hypocrisy, Amon Amarth, Septic Flesh, Keep of
Kalessin, Equilibrium, Be’lakor, entre muitas mais, são as
nossas maiores influências.
Sara, sentes que és
tratada de maneira diferente pelos colegas por seres uma vocalista neste meio?
Não penso muito nisso e
honestamente nem me preocupo com isso. Nunca senti diferença, nem nada parecido
por ser mulher. Hoje em dia é cada vez mais banal veres mulheres numa banda de metal. O que eu acho que tem acontecido
cada vez mais é teres bandas que, por terem um membro feminino, são vistas de
maneira diferente. E isso, para mim, é um bocado estranho. Costumo dizer que
somos uma banda de death metal
sinfónico/épico, não somos uma female
fronted band.
Em que consistem as
vossas letras? Qual consideram ser a melhor?
Neste álbum, as nossas
letras são sobre mitologia nórdica, nomeadamente o Ragnarok, o equivalente ao apocalipse. Falamos sobre uma série de
eventos que antecedem ao fim do mundo. Na minha opinião acho que todas têm o
seu mérito, mas se calhar diria a Land of
Ours.
Qual a principal
mensagem dos Dark Oath?
Acima de tudo, queremos ser
contadores de histórias. O nosso conceito com a banda foi sempre abordar
mitologias, lendas, contos de outrora que possam servir de inspiração para a
nossa música. A ideia é cada álbum ser sobre uma história diferente.
Qual o vosso melhor
concerto até hoje?
Nós adoramos tocar ao vivo
seja que concerto for. Mas sem dúvida que os últimos concertos que demos fora
de Portugal, França e Alemanha foram brutais. Só agora começamos a ter real
perceção, apesar de sabermos que temos muitos ouvintes lá fora, do quão as
pessoas gostam da nossa música. Tivemos um fã que foi da Alemanha de propósito
para nos ir ver França, num festival chamado Rockmetalcamp. Ele fez tantos quilómetros quanto nós. E só para nos
ir ver. Para nós é muito gratificante e não podemos ficar mais do que contentes
e gratos por todo o apoio que temos tido.
Como vos correu o EP Under A Blackened Sky em 2010, em 2012 o segundo EP Journey
Back Home e o primeiro álbum When
Fire Engulfs The Earth em 2016?
Não participei na gravação
do primeiro EP. Foi gravado ainda com o antigo vocalista de Dark Oath, mas do que sei, correu tudo
bem, foi uma boa primeira experiência em estúdio. O segundo EP gravamos em
casa, a produção de longe não é a melhor, mas achamos que precisávamos de
alguma coisa gravada com a minha voz, visto que só havia o primeiro EP e ainda
não estávamos em caminho de lançar um álbum. Foi mesmo uma produção caseira
apenas para ter algum registo da minha entrada enquanto vocalista.
Relativamente ao nosso álbum, foi uma aventura
e peras. Muitos percalços, tivemos muito pouco tempo para estar em estúdio,
depois tivemos alguns entraves com o line
up da banda, com a mistura final, etc. Mas o que interessa é que o
terminámos e o mandamos cá para fora. Foi bom porque conseguimos perceber o que
não queremos fazer quando lançarmos um segundo álbum (risos).
O que podem esperar
os vossos seguidores em 2019? Querem deixar uma mensagem aqui na Via Nocturna para
os vossos admiradores?
Fiquem atentos porque em
breve teremos umas novidades relativamente ao novo álbum! Obrigado por todo o
apoio. Cheers!
[Entrevista: Rita Sequeira]
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