Entrevista: Hammerschmitt


Dr. Evil é o successor lógico de Still On Fire, mas mostra uns Hammerschmitt a dar sólidos passos em frente a e assumirem, sem medo de arriscar, um patamar superior. Este álbum deveria ter saído há dois anos, mas nestas coisas não deve haver pressas. E não houve, como nos explicou o baixista Armin Zelzer. E se não conhecem este Sr. Dr. não se esqueçam de visitar o seu consultório!!

Olá Armin, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum, Dr. Evil. Começando precisamente pelo título, por que Dr. Evil? O que está subjacente a este título?
Olá Pedro, eu ainda estou a ouvir o Ben a cantar cause I´m doctor Evil. Não conseguia tirar isso da cabeça e toda a gente pensou que o título era porreiro. Depois disso, escrevi o texto. A música é sobre a vaidade das pessoas e a forma como o Dr. Evil tira vantagem disso.

Este álbum é realmente um passo em frente na vossa carreira. Desta vez, qual foi a vossa abordagem ao processo de composição?
Como sempre, Summi, Gernot e eu criamos uma ideia de música e todos nós trabalhamos nela. Simultaneamente, Ben trabalha nas suas linhas vocais e somente quando todos estão satisfeitos com a música, eu começo a escrever o texto.

Esta é a primeira vez que vocês apresentam um álbum completo de material original desde 2011. A questão que te coloco é: estas músicas são todas recentes?
É isso mesmo, todas as músicas são novas e foram criadas em 2017.

Este álbum é mais pesado e mais moderno, mas ainda assim, mantém a marca registada dos Hammerschmitt. Como conseguiram essa fusão?
O álbum é o sucessor lógico de Still On Fire, com a diferença de que todas as músicas foram escritas em 2017 e não nos anos 90, como aconteceu com as músicas de Still On Fire. Naquela altura éramos fãs e jovens "maníacos". Hoje somos homens com um alto entendimento para criar músicas completas. A maior diferença, no entanto, foram as altas expetativas, a incrível mistura e masterização.

Por terem trabalhado com Fabian Wenzl e Achim Köhler, certo? Como foi essa experiência
São duas pessoas extremamente profissionais que sabem como gerir um projeto. Gravar com Fabi exigiu tudo de nós. Ele é uma pessoa muito motivadora e positiva, embora também crítica e honesta. Achim Köhler sabe como o deve soar o metal e integrou perfeitamente as nossas raízes musicais na música moderna. Não poderia ser melhor, é Hammerschmitt e exatamente o que esperávamos!

Da última vez que conversamos, previram um novo álbum para 2017… aqui está ele mas com um atraso de dois anos… O que aconteceu?
Logo a seguir à nossa tournée europeia com Sinbreed e Serious Black, deveríamos entrar em estúdio, mas aconteceram uma sequência de eventos. Um membro muito próximo da família Hammerschmitt ficou extremamente doente e isso afetou tudo e as nossas prioridades mudaram. Além disso, estivemos em estúdio duas vezes e gravamos o álbum todo de cada vez. Mas não estávamos satisfeitos com a primeira gravação e Gernot disse-nos que não lançaríamos o álbum como estava. Felizmente, ele sugeriu trabalhar com Fabi Wenzl e Achim Köhler.

Para este álbum foram feitos alguns vídeos. Queres falar um pouco a respeito das vossas escolhas?
Já fizemos três vídeos. Com Say My Name, quisemos mostrar a poderosa performance vocal de Ben e Dr. Evil é uma homenagem aos antigos e clássicos filmes de terror - apenas quisemos dar vida ao “Doutor” e divertimo-nos muito a fazer isso. Saints Of Rock foi filmado em estúdio.

Têm alguma coisa já planeada para apresentar este álbum ao vivo?
Já demos o nosso concerto de lançamento e haverá um concerto em Viena este ano. Para 2020, estamos a planear tocar em vários festivais.

Obrigado, Armin. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Toda a gente que agora ficou curiosa e que não nos conhece, deve dar uma oportunidade a Dr. Evil. O título da música já diz tudo, não há desculpas – é pegar ou largar. Muito obrigado, Pedro.



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