Entrevista: Killt


Os Killt são formados por Rui Ventoinha (grunhos), Pedro Hannibal (pau de seis cordas), Animal Lacerda (pauzinhos chineses) e Anão Beermonster (pau de quatro cordas). Gostam de Metallica, Beatles, Elvis Presley e Queen e tocam temas originais e versões metalizadas. Mas há outra coisa que está no topo dos interesses dos lisboetas: muita cerveja. Musicalmente, o álbum que está na forja há mais de cinco anos deve estar a rebentar, mas enquanto isso não acontece fomos conversar com o mais hilariante e divertido quarteto do rock/metal nacional. 

Olá pessoal, podem explicar-nos como tudo comecou nos Killt?
Ventoinha (V): Estavamos em casa, sem nada para fazer, fomos para o estúdio começámos a escrever. Tudo estava bem até certo momento, chegou a cerveja e despoletou o talento. Ela gritou alto: seus beberrões, e sem cerimónias pediu umas canções. Vestimos um kilt, e então foi assim, que fizémos história, que ainda não tem fim. E é assim que foi.
Beermonster (B): Oh porra... como posso responder, se nem era da banda? Pergunta muito parva essa, realmente...
[V: Parvo és tu, que a moça não é obrigada a saber que tu não estavas cá nessa altura. Raio do anão...]
Hannibal (H): Numa noite ao sol...
Animal (A): Foram eles...

Qual é a origem do vosso nome?
V: O kilt. E assassinar a música. Uma amálgama, do kill com o kilt. Ficou KILLT. Em letras grandes, porque temos a mania das grandezas.
H: Dos nossos antepassados. Celtas ...
B: Outra...Bem, ao menos sabes o que é um kilt,certo?
[V: Pára de ser parvo, catano, a moça só fez uma pergunta... Tás aqui tás ali]
A: Ui, eu cheguei depois

Gostam mais de atuar em salas grandes ou salas pequenas?
V: Não interessa a sala, interessa o público. Convém é ser uma sala, fechada, porque se é em recinto aberto, arriscamo-nos a que o guitarrista desapareça bêbado no final do concerto e depois temos que estar três horas à procura dele, até o encontrarmos a uns dois km de distância a gatinhar pelo chão e a balbuciar incompreensivelmente. É só um cenário hipotético, que queremos a todo o custo evitar que alguma vez aconteça. A sério que é hipotético só... Mais vale prevenir que remediar.
B: Se for em salas grandes posso perder-me devido à minha estatura,mas depende da marca da cerveja!
[V: Com a tua estatura, qualquer sala é grande]
H: É mais intimista . É mais bonito é altamente é ... Porque não temos e nem tivemos hipótese de tocar em grandes...
A: Salas grandes, pequenas, cafés, pateos e coretos, metro...

Quais as vossas referências e influências musicais?
V: Metallica, Queen, The Eagles, Motorhead, PésPáCova, Sacred Sin, Michael Jackson, Ana Malhoa.
H: Não temos referências
B: Gosto muito da banda sonora do canal da IURD... Bastante mesmo!
A: Dream Theather, Mars Volta, Roberto Leal, Toy...

Em que consistem as vossas letras?
V: Em devaneios daquilo que venha à cabeça, não há um tema estruturado.
B: Lê e tira as tuas conclusões... estão em inglês, sei lá eu... Não percebo estrangeiro...
[V: Nem português, quanto mais estrangeiro...]
H: O que vem à cabeça do vento e depende da taxa de alcoolemia que tiver ingerido.
A: Bué cenas.

Qual a vossa melhor letra?
V: é o W, porque parece um M que apanhou uma bubadeira, e desmaiou.
H: Paranoia e Blackblood Mind.
B: Vide resposta anterior.
A: Não sei ler.

Qual o vosso melhor concerto até hoje?
V: O último que tocámos. E no dia 12 de outubro, volto a dizer o mesmo, foi o de dia 11 de outubro, no Cine Incrível.
H: Não me lembro de nenhum porque estava sempre bêbado.
B: O que vai surgir no próximo dia 11, pois vai ser até à data o meu primeiro!
A: Todos e nenhum, mas gostei muito daquele antes do outro...

Têm algum ritual antes de entrar em palco?
V: Vestir o kilt. Tem que ser. Porque para fazer os que fazemos, da forma que fazemos, os tomates que temos não nos cabem nas calças.
B: Claro... muita cerveja pela goela abaixo!
H: Porrada uns nos outros.
A: Tábua de ojira, batismos e exorcismos.

Qual a mensagem principal dos Killt?
V: A mensagem essencial que os KILLT tentam transmitir é de que, não obstante, e sinceramente, vendo bem as coisas, no final de contas e sem ironias ou falsidades de espécie alguma, tendo em conta a hegemonia e o que se tem passado, não só hoje, mas também nestes últimos anos, e prevendo o que se vai passar no anos que aí vêm, seja a curto ou longo prazo, sem rodeios de espécie alguma, eu esqueci-me do que ia a dizer.
H: Num sei
B: Uiiiii... curtir a vida ao máximo regados em cerveja... pelo menos é essa a minha mensagem... Acho!
A: Our balls are too big for trousers.

O que podem esperar os vossos seguidores em 2019?
V: Suaves massagens aos tímpanos, não só em forma de concertos, mas que podem levar com eles para todo o lado, uma vez que finalmente o album de KILLT, na forja há já mais de cinco anos, vai sair cá para fora.
B: Porra está quase a acabar, mas em 2020 vão-se surpreender e vamos calar muita gente!
H: Mais brutos.
A: Podem esperar doces massagens aos tímpanos, strippers nipónicas federadas em ping pong, anões e claramente... unicórnios fofinhos!

Querem deixar uma mensagem para os vossos admiradores aqui na Via Nocturna webzine?
V: Quero dizer que não tomem o todo pela parte, e que só porque o vocalista é meio parvo, não é razão para desdenhar os KILLT, porque os outros elementos, apesar de serem também um bocado parvos, até fazem umas canções bonitas que com certeza vocês irão gostar de ouvir. Entrem neste lado obscuro, pela Via Nocturna.
B: Curtam a vida,bebam muitaaaaaa cerveja,vinho,medronho,enfim... e apareçam nos concertos. Temos muito boas bandas!
H: O que o Ventoinha disser está bem.
A: Ajudem-me a pagar a conta da luz!
[Entrevista: Rita Sequeira


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