Entrevista: R. U. S. T. X


A família mais rockeira do planeta está de regresso aos discos com Center Of The Universe, o seu terceiro disco. Três irmãos e uma irmã cipriota fazem parte deste coletivo que voltou a viajar até Itália para gravar, mas que alterou de alguma forma o seu registo. Conhecidos por ser uma banda onde todos repartem as tarefas vocais, a união é um dos seus pontos fortes. E foi em conjunto que responderam a Via Nocturna a respeito desta nova proposta.

Olá pessoal, obrigado pela disponibilidade. Lançamento de um novo álbum e o que nos podem dizer sobre Center Of The Universe?
Olá Via Noctura e obrigado pelo interesse! O que podemos dizer… estamos muito animados por lançar o nosso terceiro álbum, porque esperamos mais de um ano para o trazer à vida! Center of the Universe é o nosso novo bebé e a sua nova música, com muitas histórias e influências que queremos compartilhar com o mundo!

Como foi a preparação e o processo criativo desta vez?
Gravar e misturar os sons das nossas novas músicas demorou muito tempo, mas foi um tempo de qualidade. As gravações ocorreram em Piombino, uma pequena cidade da Itália na região da Toscana. O estúdio em que gravámos foi o Woodstock Studio, que funciona como um estúdio de gravação de Andrea Ramazzioti e como uma escola particular de música por membros da grande banda italiana de heavy metal Dark Quarterer. Somos grandes amigos dessas pessoas incríveis e, na verdade, é a segunda vez que gravamos no Woodstock Studio como R.U.S.T. X. Queremos agradecer-lhes pelo seu tempo e apoio ao nosso novo álbum. Muita da inspiração para o álbum veio das nossas viagens pela Itália, França e Grécia, mas também de coisas cotidianas que enfrentamos na nossa terra natal, Chipre.

Já agora, como foi essa experiência em Itália?
Foi a segunda vez que gravamos na Itália e a razão é porque estamos apaixonados por esse lugar! A nossa forte amizade com os Dark Quarterer deu-nos essa oportunidade e somos todos como uma grande família musical.

À primeira vista, este novo álbum parece ser um pouco diferente do anterior. Parece que têm uma abordagem mais orientada para o hard rock/rock sinfónico. Concordam com esta leitura? Foi premeditado?
Sim, na verdade é um tipo de desenvolvimento da nossa música. Não tínhamos planeado que fosse exatamente assim, porque quando criamos uma nova música, todos trazem as suas ideias e apenas seguimos o fluxo da ideia. Criamos o conceito e, de acordo com isso, tentamos encontrar os melhores sons para refletir essas ideias. A razão pela qual ouves uma abordagem de hard rock sinfónico é porque queríamos que algumas músicas tivessem aquele sentimento antigo da orquestra e fizessem sentir mais a história da música, como faziam os Grand Funk Railroad e Little River Band mas com o sentimento da nova geração.

O aspeto vocal é muito curioso nos R. U. S. T. X, pois todos vocês compartilharam essa função. Isso era comum nos anos 70, mas não tanto agora. Como trabalham esse aspeto no processo de composição?
Sim! Gostamos da função e da combinação das nossas vozes porque gostamos da variação de diferentes vocais que criam sons de harmonia. As vozes são muito interessantes e, porque todos nós gostamos de cantar, achamos mais "razoável" compartilhá-las, pois todos queremos compartilhar a mesma mensagem para o mundo. A voz é um instrumento muito poderoso e gostamos da ideia de todos nós o usarmos.

Center Of The Universe é um álbum conceptual? Que mensagens estão incluídas nas vossas músicas?
No nosso álbum novo há muitas mensagens que são compartilhadas. Por exemplo, Defendre Le Rock fala da forte amizade entre pessoas de todo o mundo como a nossa amizade com os nossos amigos franceses da banda Gang. A música é uma ótima 'ferramenta' que nós, as pessoas, criamos para que nos possamos reunir e ter um relacionamento pacífico. Essa é uma mensagem. Outra, é que a vida em 2019 corre muito rápido, situação bem explicada na música Running Man e devemos entender a nossa situação e tentar controlar esse ritmo acelerado de vida, sem qualidade, em que possamos viver. Vamos mudar isto!

Por que decidiram incluir uma versão do tema dos Wings, Band On The Run? É costume tocarem esta música?
Escolhemos Band On The Run para fazer uma versão, porque o nosso pai adora essa música e, quando crianças, gostávamos muito de a ouvir, todos no mesmo carro e com os nossos pais a levarem-nos para a nossa vila. Queremos dedicá-la a ele porque, se não fosse ele, não poderíamos ter aprendido a tocar instrumentos e ter a oportunidade de sermos três irmãos e uma irmã numa banda. Geralmente não fazemos versões deste tipo de música, foi uma exceção para nós.

O que têm planeado para tocar ao vivo com esta coleção de músicas?
Dependendo do local e do público, alteramos a nossa playlist de músicas. É claro que agora tocaremos mais músicas novas, mas também gostamos de colocar músicas diferentes.

Obrigado! Querem acrescentar mais alguma coisa?
Agradecemos também a Via Noctura e desejamos que toda a humanidade viva pacificamente num mundo cheio de novos músicos e artistas e se respeite porque somos todos Um!


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