Entrevista: The Dues


O terceiro álbum para o trio suíço de heavy blues rock, The Dues, vem estabelecer, em definitivo, o seu nome dentro do género. Sem problemas com qualquer fantasma passado, embora o de Rory Gallagher pudesse perfeitamente ter surgido, Ghosts Of The Past traz o roll de volta ao rock’n’roll como anuncia o press release. Quanto mais não seja, pela sua abordagem orgânica e genuína que resulta de jam sessions e de live recording em estúdio. O vocalista e guitarrista Pablo Juncker falou connosco a respeito deste lançamento.

Olá Pablo! Obrigado pela disponibilidade. Podes apresentar este projeto aos rockers portugueses?
Olá Pedro e olá Portugal! Sou Pablo, guitarrista e vocalista dos The Dues. Os The Dues são um trio de heavy blues rock de Winterthur, Suíça. Esta banda existe desde 2012 com meu irmão Dominik Jucker na bateria e o Sr. Groove, Stefan Huber no baixo. Lançamos o nosso mais novo álbum, Ghosts Of The Past, em outubro de 2019, pela editora suíça Sixteentimes Music.

Como foi o método de trabalho que esteve na origem deste novo álbum?
Começamos a trabalhar nestas músicas há um ano, acho eu. Sabíamos que gravaríamos esse álbum por conta própria na nossa sala de ensaios e que Stefan faria toda a gravação e mistura. Para escrever as músicas, tocamos bastante e colecionámos muitos riffs e ideias, que, depois, começamos a juntar. No final, escrevi as letras e coloquei os vocais nas versões instrumentais.

Olhando para o Ghosts Of The Past, como analisas este álbum, em comparação com os álbuns anteriores?
Para mim, parece mais pesado e rápido do que os anteriores. Estamos a fazer o mesmo tipo de música, talvez apenas mais madura. Mas com a mesma ou ainda mais paixão. Eu gosto de o ver como a parte final de uma trilogia com os nossos registos anteriores Thief Of Time e Time Machine.

De que fala Ghosts Of The Past? Que mensagem tentam transmitir?
Não há uma mensagem específica. Todos os ouvintes devem escolher a sua própria mensagem. Para mim, é apenas uma maneira de lidar com os meus fantasmas pessoais do meu passado. A música deve espalhar empolgamento que sentimos durante a gravação deste álbum.

Considerando que a vossa música é profundamente influenciada pelo rock dos anos 60/70, há algum fantasma do passado que, efetivamente, viva nelas?
Espero que o fantasma de Rory Gallagher tenha alguns momentos e apareça algumas vezes. Porque ele é meu maior herói de todos os tempos.

Como é que aparece neste álbum uma música em espanhol?
A minha mãe é meio espanhola e ando agora a tentar aprender a língua. Pensei que isso traria alguma variedade.

Gravaram ao vivo em estúdio? Qual a percentagem de jam/improvisações que têm nas vossas músicas?
Gravámos ao vivo, sim. Existem muitas improvisações. Quase todos os meus solos são improvisados. Especialmente em La Realidad e Ley Lines, conseguimos algumas jams mais longas. É uma parte muito importante para nós.

Têm algum vídeo gravado a partir deste álbum?
Sim, fizemos um vídeo para a faixa-título Ghosts Of The Past. Foi gravado em Sommercasino, Basileia, Suíça e filmado por Christian Taro (https://www.christiantaro.com).

O que têm planeado para apresentar este novo álbum ao vivo?
Em novembro de 2019, andamos em tournée na Suíça, Áustria e Alemanha. Esta tour continuará no final de janeiro de 2020 com dois espetáculos na Alemanha (dia 24 em Lübbenau e dia 25 em Döbeln). Estamos muito empolgados por ter três espetáculos com os ótimos Sons Of Morpheus de Basileia. Para as datas, deem uma olhadela no nosso site www.thedues.ch.


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