A grande surpresa do novo álbum dos Signum Regis é a mudança de
vocalista com a entrada do brasileiro Jota Fortinho. Para além disso, The
Seal Of A New World mostra o coletivo
eslovaco no seu melhor momento de forma e a assinar o seu melhor registo. Cinco
anos depois, voltamos à conversa com o mentor Ronnie König e, como devem
imaginar, com muitos assuntos a abordar.
Olá Ronnie! Como estás? Muitas coisas aconteceram desde a última
vez que conversamos, em 2015. E os saltos entre editoras foi um dos aspetos. O
que aconteceu?
Olá Pedro,
é bom voltar a falar contigo. Muitas coisas aconteceram, de facto. Após o álbum
Chapter IV (2015), participamos num
concurso de bandas organizado pela revista de rock/metal mais influente da República Checa/Eslováquia. Havia 400
bandas a tocar ao vivo e vencemos o concurso. Admito que fiquei surpreendido. O
primeiro prémio seria o lançamento de um álbum, por isso, fizemos um álbum de
aniversário chamado Decennium Primum e
tornamo-nos independentes. Foi uma experiência interessante, aprendemos muito
sobre o que uma editora faz para uma banda. Não temos planos de começar a nossa
própria editora, por isso estamos de volta ao jogo, dispostos a trabalhar,
novamente, com uma label real.
Portanto, Decennium Primum
é um álbum de comemoração em todos os aspetos, certo?
Estás
certo, é uma celebração dos 10 anos de existência dos Signum Regis, revisitamos algum material mais antigo, fizemos novas
músicas, combinamos tudo isso e gravamos um disco, do qual nos orgulhamos. Do
meu ponto de vista, esse álbum foi um sucesso.
Depois, este novo álbum marca a estreia de um novo vocalista,
Jota Fortinho. É estranho, porque Mayo Petranin tinha sido várias vezes considerado o homem certo para os Signum Regis. O que se passou?
Sim,
era uma situação desafiadora, que não esperávamos há alguns anos atrás, mas com
o passar do tempo, sentimos que as nossas preferências musicais e artísticas e as
de Mayo iam em diferentes direções. Por isso, para a banda continuar, foi
necessária uma separação de cavalheiros com Mayo. Ainda somos amigos e comunicamos.
Ele agora está ocupado com algumas bandas. As maiores são Symphonity e Castaway.
Em relação a Jota Fortinho desde quando está ele na banda? Onde o
encontraram?
Depois
de termos terminado com Mayo, começamos a fazer pesquisas no YouTube. Procurámos diferentes opções. A
pesquisa mais importante foi feita no YouTube
pelo nosso guitarrista Filip. Ele fez uma lista dos cantores, que soariam bem na
nossa banda. Jota foi o primeiro da sua lista. Foi um milagre, que Jota, que nasceu
no Brasil, agora morasse na Europa, em Portugal e tinha tempo e interesse em
juntar-se à nossa banda e é exatamente o tipo de cantor que precisávamos. E não
é só isso! Ele é uma pessoa maravilhosa e simpática! Está na banda há mais de
um ano e tornamo-nos amigos íntimos.
De volta The Seal Of A New World, durante quanto tempo trabalharam nesta coleção de músicas?
É
difícil dizer exatamente, mas farei o meu melhor. A primeira parte foi a
composição. Eu gosto de escrever músicas não porque sou forçado a cumprir um
prazo, mas porque gosto de escrevê-las em qualquer época do ano. Isso significa
que tenho sempre algumas músicas na gaveta, que estão prontas para ir, quando for
a sua altura. Normalmente demoro cerca de 20 horas para escrever uma música com
letras e arranjos decentes. A gravação de demos,
os arranjos finais, a gravação e a mistura levaram talvez um ano ou mais. Não estivemos
a trabalhar no álbum o ano inteiro, todos os dias, sem interrupção. As sessões
foram espalhadas por mais ou menos um ano.
Como analisas este novo álbum em comparação com toda a vossa discografia
anterior?
Eu
acho que este álbum é mais orientado para os vocais que os álbuns anteriores.
Jota é um cantor muito técnico, pelo que tem muitos truques na manga. Acho que
a produção é melhor do que em qualquer uma dos álbuns anteriores e há mais
músicas happy do que costumávamos
ter.
De qualquer forma, parece haver uma abordagem ligeiramente
diferente. O que fizeram de novo desta vez?
Uma
das novidades é o envolvimento de David
Akesson, cantor sueco. Ele fez todos os vocais de apoio do álbum e isso, na
minha opinião, proporcionou um melhor som geral. Fizemos algumas abordagens
diferentes ao nível da mistura. Desta vez gravamos mais do que realmente
precisávamos e pudemos ser exigentes quanto à lista final de faixas. Fizemos
uma balada chamada Shalom, que tem
arranjos orquestrais (feitos por Jota), como nunca tivemos antes.
Têm alguma tournée planeada
para levar esta coleção de músicas para os palcos?
Absolutamente.
Agora tocamos principalmente músicas novas. Essas músicas são simplesmente
divertidas de tocar. Temos alguns shows
confirmados para 2020 e uma pequena tournée
está a ser organizada para nós, mas ainda não está confirmada.
Obrigado, Ronnie. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado
Pedro, por fazeres esta entrevista comigo. Gostaria de agradecer aos visitantes
desta página, que leram esta entrevista. Agradeço o vosso interesse nos Signum Regis. Se quiser saber mais
sobre as datas da tournée e as nossas
músicas, convido-vos a visitar o nosso site
e inscreverem-se no nosso canal do YouTube.
Dessa forma, ficaremos em contacto! Obrigado.
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