Entrevista: Taming The Shrew


Três anos após Heartbeatspoetry, a fasquia da exigência ficou bem mais alta para os Taming The Shrew. E a banda alemã sentiu isso quando se começou a preparar para o seu sucessor. Cure foi o nome escolhido para esta nova proposta que mostra o quinteto liderado por Daniela Liebl a estrear um novo baterista mas a manter a mesma linha de genialidade. O coletivo juntou-se para nos falar a respeito da sua nova, e fantástica, cura – o seu mais recente registo!

Olá, obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum que surge três anos após o anterior. Como ocuparam esse tempo?
Fizemos muitos espetáculos por toda a Alemanha, ensaiamos bastante e procuramos um novo baterista. O mais importante depois foi prepararmo-nos para gravar o Cure e lançá-lo.

Como foi o processo criativo de Cure?
Além de Cure e Some Other Men que escrevemos juntos na nossa sala de ensaios, as principais ideias para as outras músicas foram desenvolvidas por Josef e Dani e foram terminadas connosco cinco juntos.

Por que a escolha de Cure como título? Sentem que este álbum é uma cura para algo?
Sentimos que hoje em dia tudo parece estar no auge da negatividade. Como é necessária uma grande transformação, é essencial curar-se primeiro como indivíduo. A música sempre foi usada como um espelho de questões globais, por isso escolhemos esse tópico para o nosso álbum.

A vossa estreia teve reações impressionantes. Sentiram algum tipo de pressão na altura de criar este novo álbum?
Sim, sentimos. Tínhamos algumas coisas a combinar. Antes de mais, queríamos soar mais pesados. Também nos focamos mais nos arranjos das músicas do que tínhamos feito antes, mas, simultaneamente, queríamos manter o nosso estilo.

Desta vez, estreia um novo baterista. O que aconteceu com Jochen Weinmüller?
Fez uma viagem de volta ao mundo e não sabe se voltará.

De qualquer forma, vocês mantêm uma estabilidade e um profundo conhecimento, que vos permite continuar em constante evolução, não acham?
Sim, conhecemo-nos muito bem, há muito tempo.

Este é um lançamento pela My Redemption Records, enquanto o primeiro foi pela Ohrwaschl. O que procuraram com esta mudança?
Foi porque temos trabalhado em conjunto com o proprietário da My Redemption Records nos últimos dois anos.

Como definiriam Cure para os leitores que não vos conhecem?
Influenciados por grandes bandas antigas de rock, tentamos criar uma abordagem moderna ao rock clássico. No entanto, podes descobrir alguns outros estilos.

A cena atual do vosso tipo musical está muito ativa. Como vêm essa situação? Na vossa opinião, por que será que as pessoas procuram tanto estas raízes musicais?
Adoramos ver que este género é tão popular hoje em dia porque é muito autêntico, cru e emocional. Caso contrário, seria uma pena que esse tipo de música, tão popular durante décadas, diminuísse.

O que têm planeado para tocar ao vivo com esta coleção de músicas?
Planeamos tocar uma mistura dos dois álbuns. Principalmente, adaptamos o material da música ao tempo que temos em palco. Se houver tempo suficiente, tocamos tudo.

Obrigado! Querem acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado por gostarem das nossas coisas. É uma honra para nós. Gostaríamos de tocar em Portugal.


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