A Elevate Records ficou conhecida por dar ao mundo nomes como
DGM, Empty Tremor ou Secret Sphere. Os tempos mudaram, houve algumas fases
menos boas, mas a editora italiana parece estar de regresso aos grandes
lançamentos com a estreia dos Aetherna intitulada Dakness
Land. Numa altura em que o coletivo ainda
procura um baterista que substitua Luigi Iesu, foi a vocalista Germana Noage quem nos respondeu.
Olá Germana, obrigado pela disponibilidade.
Primeiramente, podes apresentar a banda aos metalheads
portugueses?
Olá a
todos! Os Aetherna nasceram em 2015
da ideia e união de amigos que se conhecem desde a escola. Após várias
experiências sonoras, a banda encontrou a sua própria identidade em 2017, tanto
no que diz respeito aos elementos (que são os da formação atual) quanto nas
músicas originais contidas no primeiro álbum Darkness Land lançado em outubro passado.
O que vos motivou a iniciar esse projeto em 2015?
O
projeto Aetherna nasce da paixão de
três miúdos que se conhecem da escola, Vittorio, Marco e Enzo, que começaram
como banda de covers com Luigi Iesu
como baterista, e com o tempo descobrem a sua identidade, antes de mais com as
peças originais que Enzo começa a compor e depois com a minha chegada como vocalista.
Quais são as vossas principais influências, musical
e liricamente?
Certamente,
no que diz respeito à parte musical, há influências de bandas históricas que deixaram
uma marca na história do rock dos
anos 80/90. Não estamos inclinados à emulação, mas ao mesmo tempo estamos orgulhosos
de reviver esses sons imortais à nossa maneira. As nossas letras falam de
"histórias" que vêm de caminhos e crenças introspetivas aparentemente
fora da caixa, todas inspiradas por
experiências frequentemente vividas em contextos um pouco fora do comum. O nosso
desejo é poder compartilhar uma visão da realidade que nos rodeia de um novo
ponto de vista.
A banda nasceu como First Aid e só mais tarde mudaram para o nome
atual. Por quê?
A
escolha do nosso nome Aetherna está
ligada, principalmente, ao facto das nossas músicas originais variarem de temas
mais clássicos (metal dos anos 80/90)
a sons progressivos, como se quisesse testemunhar que, para nós, o fator tempo
está subordinado a outras sensações e emoções que até agora se orientaram para
a singularidade do nosso estilo. Em outras palavras, um estilo eternamente eterno!
Sendo Darkness Land o
vosso primeiro álbum, como se sentem com o produto conseguido?
Darkness Land é o nosso álbum de estreia e contém seis faixas originais e uma cover de uma música antiga dos Duran Duran, The Chauffeur, reorganizada numa versão metal. A criação de Darkness
Land foi um sacrifício enorme de todos os pontos de vista, mas a satisfação
em ver o nosso primeiro LP foi maior do que imaginávamos!
Como descreverias Darkness Land para quem não vos conhece?
Darkness Land é um lugar, uma terra onde os nossos sonhos, as nossas
inspirações e as nossas intuições ganham vida. As nossas músicas vêm
principalmente dos sonhos através dos quais a nossa parte inconsciente fala.
Tanto a música quanto a letra vêm de canais desconhecidos que nos inspiram.
Cada música contém uma mensagem das nossas visões nos sonhos. São uma exortação
a ver além do véu ilusório que esconde uma realidade completamente diferente da
realidade comum.
Como surge essa versão dos Duran Duran que referiste antes?
O nosso
desejo era revisitar uma música dos anos 80 em registo metal e a escolha foi feita de comum acordo, já que essa música dos
Duran Duran era apreciada por todos,
especialmente por mim!
Têm estado à procura de um novo baterista. Já
encontraram o homem certo?
Ainda
estamos a fazer várias audições, queremos encontrar a pessoa certa e, logo que
a encontrarmos, faremos um lançamento oficial!
Mas, o que aconteceu com Luigi Iesu? Foi ele quem
gravou o álbum, não foi?
Luigi
era o baterista dos Aetherna desde o
início, com ele gravamos o nosso primeiro álbum, depois, de comum acordo, os nossos
caminhos se separaram.
Que outros projetos têm em mente realizar nos
próximos tempos?
Tocamos
ao vivo com artistas importantes, como Lacuna
Coil, Michael Angelo Batio, David Ellefson, portanto, nos nossos
projetos há a promoção contínua do álbum e já temos novas músicas em andamento
para o segundo álbum.
Os Aetherna tiveram muitas oportunidades de tocar ao
vivo no ano passado. O que têm planeado para 2020?
A
distribuição de Darkness Land está a
ter um sucesso com o enorme trabalho de promoção feito pela nossa editora Elevate Records. Na verdade, estamos a
receber muitas reviews positivas também de países estrangeiros. Talvez em 2020
também possamos tocar ao vivo na Europa! Obrigado por esta boa entrevista,
saúdo-te e esperamos ver-te em Portugal!
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