Uma
das mais antigas bandas de heavy metal
melódico da Rússia prepara-se para regressar aos discos. Os Arida Vortex
(inicialmente apenas Vortex) formaram-se em 1998 e o novo disco, Riders Of
Steel traz o novo vocalista, Evgeni Epishin no seu primeio longa-duração,
depois da experiência om o EP Small Toy Soldier. Vadim Sergeev e um dos
membros fundadores, Roman Guryev, foram os anfitriões desta conversa.
Olá,
obrigado pela vossa disponibilidade. Em breve, o vosso novo álbum será lançado.
O que nos podem dizer a respeito de Riders
Of Steel?
VADIM SERGEEV
(VS): Olá! Riders Of Steel é o nosso álbum mais
novo, com 9 faixas completamente novas de heavy, speed e metal
melódico! Esperamos que gostem!
ROMAN GURYEV
(RG): Olá! Sim, na minha opinião, Riders Of Steel é
um álbum de heavy metal muito forte e estamos orgulhosos dele. Portanto,
por favor, confiram!
Desta
vez, como foi o processo de escrita? Fizeram alguma coisa diferente em
comparação com os álbuns anteriores?
VS: O
processo de escrita foi um pouco mais longo do que o habitual, mas dependeu principalmente
de vários problemas quando os nossos músicos se aleijaram em alguns acidentes
na vida não musical!
RG:
Malditos campeões de esqui, caramba! Obrigado por permanecerem vivos!
Em
2013, o álbum Ave Rock foi cantado
em russo, o que foi uma grande mudança na vossa orientação. Para este novo
álbum, ainda mantêm o uso da vossa língua nativa em algumas músicas ou isso
foi, definitivamente, abandonado?
VS:
Nós adoramos, do fundo do coração, os nossos fãs do nosso país e, às vezes, passamos
por essas etapas, como fazer músicas no nosso idioma nativo para eles, mas o
inglês já faz parte do nosso som, trabalhamos com esse idioma há muito tempo. Os
nossos fãs gostam e não vemos motivo, para não o fazer dessa maneira.
RG: A
principal razão pela qual cantamos em inglês é simplesmente porque queremos ser
ouvidos em todo o mundo. E desta vez não planeamos nenhuma faixa bónus em russo.
Depois
do lançamento do vosso último álbum, Wild
Beat Show, ficaram sem vocalista. Andrew Lobashev estava convosco desde
1999, certo? Foi foi uma relação de longa data. O que aconteceu para a sua
saída?
VS:
Foi um período e uma decisão muito difíceis. Andy é um vocalista muito profissional
e uma estrela local, entendemos que seria uma decisão difícil... recebemos
muitos comentários negativos, muita gente a odiar-nos. Mas, por vezes, as
pessoas têm que entender que quando as pessoas trabalham juntas há quase 17
anos, as mudanças globais na banda têm uma razão muito séria, muito mais do que
ofensas pessoais, antipatia ou qualquer outra… Porque nós respeitamo-nos tanto
que decidimos dizer simplesmente que temos uma razão pessoal o que não terá uma
visão negativa em nenhuma comunidade de metal. Agora temos Evgenyi
Epishin, e o novo álbum é seu primeiro LP completo na nossa banda!
RG:
Vadim é tão educado, é tão simpático! Na minha opinião, Andy tem sérios
problemas com a sua voz. Mas ele não reconhece esse facto. Portanto, desejo que
ele o reconheça e encontre um bom médico ou foniatrista. De qualquer forma,
desejo-lhe boa sorte em resolver esse problema, porque ele é realmente um ótimo
cantor!
Entretanto,
entrou Evgeny Epishin. Desde quando está ele na banda e como foi a sua adaptação
às músicas mais antigas?
VS: A
adaptação de Evgenyi às músicas antigas é perfeita, a sua voz permite-lhe trabalhar
as notas altas sem problemas e é uma pessoa muito musical e com um bom feeling
de parte vocal na música.
RG:
Bem, a maioria das pessoas acostuma-se às versões gravadas das músicas antigas,
por isso haverá sempre motivos para comparações. Mas Evgeniy é realmente ótimo e
podem ouvir isso no nosso último EP Small Toy Soldier.
Em
relação aos novos temas, já teve oportunidade de colaborar na composição das
músicas?
RG:
Bem, normalmente eu trago versões completas das músicas, mas é claro que os restantes
elementos juntam sempre nuances como bateria, solo de guitarra e assim
por diante. Evgeniy, por exemplo, trouxe algumas linhas de back vocals muito
interessantes. E acima de tudo, trouxe a sua voz brilhante!
Quando
nasceram, um dos vossos conceitos era o não uso de teclados. Passados 20 anos, ainda
seguem o mesmo conceito? Não haverá teclados no novo álbum?
VS:
Durante nossos tempos de principiantes tínhamos muitos "selos"
populares nas nossas cabeças! Mas agora limitamo-nos a usar todo o arsenal da
indústria musical que as nossas músicas precisam.
RG:
Bem, desta vez coloquei na mistura vários instrumentos como cordas, teclados e
outros. Nunca fizemos isso antes com tanta quantidade, mas ainda somos uma banda
de guitarras!
Inicialmente
era apenas Vorteх. O que vos fez mudar de nome para Arida Vortex? Foi em 2001, não
foi?
RG: O
motivo é comum. Havia muitos Vortex’s no mundo e queríamos ter o nome
individual, mas também queríamos manter a palavra Vortex.
Estão
a trabalhar ou a planear alguma tour
de apoio este lançamento?
VS: Estão
a chegar tempos muito difíceis. O Coronavirus está a controlar tudo, por isso nesta
altura, não podemos planear nenhuma tournée. Apenas podemos esperar que isto
termine brevemente e tentar fazer com que o tempo de quarentena seja um pouco
melhor para os metalheads e todos aqueles que gostam da nossa música,
com a produção do nosso novo álbum!
RG: Sentimos,
mesmo, a falta dos espetáculos!
Muito
obrigado! Querem acrescentar mais alguma coisa?
VS: Meus
queridos! Nossos metalheads! Acreditamos do fundo dos nossos corações
que, com o metal e o rock n roll, podemos romper estes tempos
muito difíceis! Estamos a tentar levar um pouco mais de música heavy metal
à vossa vida! Por favor, cuidem da vossa saúde, tenham muito cuidado e teremos
o maior prazer em ver-vos nos nossos espetáculos!!
RG: Stay
heavy, stay safe! Bebam um pouco de rock 'n' roll e ouçam o nosso
novo álbum!
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