Oxygen (MORBID DEATH)
(2020, Art Gates Records)
[Lançamento: 28/fevereiro/2020]
Quando em 2010 os Morbid Death lançaram
o EP Methamorphic Reaction (na altura pondo fim a um hiato de seis
anos), já se notava que o coletivo estava com tendências para extremar o seu
som, afastando-se do seu romantismo negro de ondas mais gothic metal. O
novo álbum, em formato longa-duração, surge, finalmente, dez anos após esse EP
e 16 anos depois do último Unlocked. Era, por isso, aguardada com muita
expetativa esta nova proposta para perceber o caminho trilhado nos últimos
anos. E o que se pode dizer, desde logo, é que os Morbid Death continuam
a não defraudar e continua a seguir o seu próprio caminho. Os veteranos
Açoreanos, ainda com Ricardo Santos ao leme, voltam a mostrar que estão
atentos ao que os rodeia apresentando em Oxygen um claro update
da sua fase mais extrema. Se bem que Oxygene se possa dividir em três momentos.
A primeira fase, com intenção de mostrar ao que vem o trio, claramente a esmurrar
completamente o ouvinte, fruto de muita agressividade vocal e violência
instrumental. Mas atenção, sem nunca esquecer a inclusão, aqui e ali, de doces
harmonias. Num segundo momento, sensivelmente a meio do disco, recuperam-se
alguns cenários passados daquele referido negro romantismo, com melodias mais
acentuadas, vocais limpos, breaks harmónicos, estruturas mais
progressivas e até com o recurso a guitarras clássicas. Finalmente, a ponta
final do disco volta a privilegiar um tipo de violência quase metalcore.
E assim, sempre em movimento e com sucessivas surpresas, a audição de Oxygen
decorre de forma muito interessante, mostrando que os Morbid Death não
só estão atualizados como, ao mesmo tempo, homenageiam o seu passado. [80%]
Highlights
To Escape, Cry Me
Out, Oxygen, Dark Love, Jordstrangar, Carved Upon A Stone
Tracklist
2.
Deep Down
3.
To Escape
4.
Cry Me Out
5.
Grow Stronger
6.
Oxygen
7.
Dark Love
8.
Jordstrangar
9.
Carved Upon A Stone
10.
Parasites With Ties
11.
Dead Inside
12.
The Perfect Lie
Line-up
Ricardo Santos – vocais, baixo
Luís H. Bettencourt – guitarras, vocais
Rafael Bulhões – bateria, vocais
Henrique Bettencourt Pires – voz de criança
Internet
Edição
Comentários
Enviar um comentário