Quando
John Boegehold prometeu ter um segundo álbum dos Pattern-Seeking Animals um ano
depois do primeiro, não mediu bem a consequência das suas palavras. Feizmente
tudo correu bem e Prehensile Tales está quase aí e com
uma nova e eóotica abordagem. Como se percebe, por mais uma conversa com o
criativo teclista.
Olá
John, tudo bem? Antes de mais, deixa-me dar-vos os parabéns por esta nova e fantástica
coleção de músicas... Consideras o Prehensile
Tales um passo em frente comparativamente à vossa estreia?
Está tudo bem
comigo, obrigado. Ainda bem que gostaste! Sim, definitivamente um passo em
frente. Ficamos felizes com a forma como ficou o primeiro álbum, mas quando foi
iniciado era mais uma coleção de músicas que não eram originalmente destinadas
a fazer parte de um único projeto, mas acabaram como um álbum quando nos
juntamos. Com Prehensile Tales, tudo foi escrito desde o início com uma visão
específica em mente, que acho que alcançamos.
Quando
conversámos, na altura, as novas músicas estavam quase prontas… aqui estão elas...
Foi um trabalho rápido…
Depois de
dizer a todos que queria lançar o segundo álbum dentro de um ano a contar da
estreia, comecei a perguntar-me no que me tinha metido, mas, felizmente, não tivemos
nenhum agendamento nem atrasos inesperados que impedisse a realização desse
objetivo. Quando conversamos pela última vez, tinha a maioria das músicas
escritas, mas quando nos juntamos e começamos a gravar, na minha opinião, duas
delas não encaixavam bem e portanto substitui-as por duas novas.
Mais
uma vez, focaram-se na criação de diferentes cenários musicais e acho que, desta
vez, ainda estão mais sofisticados, mais melódicos e com uma espécie de etnia
exótica. Concordas?
Concordo. Para
este álbum, quis experimentar algumas abordagens e estilos diferentes, normalmente
não encontrados no prog. Eu gosto de música de todas as partes do mundo,
pelo que fiz referência a algumas diferentes abordagens ao nível de sons
étnicos diferentes e instrumentais.
Como
foi o processo criativo? Esteve todo sob a tua responsabilidade?
Os outros elementos
influenciaram o material ao longo do percurso, criando algumas ótimas partes,
sons, etc., mas escrever e produzir o álbum, para melhor ou para pior, foi minha
responsabilidade.
O
álbum será intitulado Prehensile Tales.
Que tipo de histórias contam desta vez?
Contos de
naufrágios, vampiros, amores perdidos, segundas oportunidades na vida e líderes
políticos sedentos de poder. As coisas alegres de sempre.
Mais
uma vez, trabalharam com alguns convidados que ajudaram os PSA a ter uma
sonoridade mais grandiosa. Quem foram eles desta vez?
Eu queria
usar alguma instrumentação diferente neste álbum, por isso chamei Susan
Craig Winsberg na flauta, Rini no violino, John Fumo no
trompete e flugelhorn, Michelle Packman no violoncelo e Jeff
Miguel no saxofone. Todos grandes músicos que aprimoraram o som geral do
material.
Deste-lhes
instruções específicas ou não?
A maioria das
partes estava escrita, mas havia espaço para todos improvisarem.
Perto
da data de lançamento do álbum, tocarão no RosFest
2020 na Flórida. Vão apresentar o
álbum na íntegra?
Infelizmente,
como todo o resto nos próximos meses, o RoSfest foi adiado por causa da Covid-19.
Planeávamos tocar a maior parte do álbum, juntamente com grande parte do álbum
de estreia. Ainda é o plano logo que tudo volte ao normal e agendarmos mais espetáculos.
Como
será com toda a instrumentação tocada pelos convidados? Irão convosco para palco?
Temos alguns
multi-instrumentistas que tocam ao vivo connosco para preencher o som de forma
a chegar o mais próximo possível das gravações.
Tens
alguma novidade a respeito dos Spock’s Beard?
Não faço
ideia. Não estive envolvido nos últimos dois anos.
Muito
obrigado, John! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Claro!
Obrigado pela atenção e espero que gostem do novo álbum! Eu já estou a
trabalhar no número 3.
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