Qual o melhor antídoto para uma depressão causada
pelo fim de uma relação? Começar outra… Foi assim que pensou Thomas Winter,
após a sua saída dos Aeonblack. Apoiado nos amigos começou a escrever algumas
canções e o resultado é o nascimento dos Veritates. E o que era para ser um
projeto all-star tornou-se numa banda real que até já começou a
preparar o segundo álbum. Foi com o vocalista Andreas von Lipiski (também
vocalista dos Wolfen) que conversamos a respeito da estreia Killing Time.
Olá Andreas, obrigado
pela disponibilidade e parabéns pelo vosso álbum. E será apropriado dizer que os
Veritates não estão a desperdiçar tempo com este lançamento...
Olá, esperemos que o nosso álbum não mate o teu tempo
(risos).
Antes de falar sobre o
álbum, importas-te de apresentar a banda e falar um pouco da sua história até
agora?
Portanto, Thomas Winter, ex-guitarrista dos Aeonblack,
ficou muito deprimido depois de deixar a banda e sentiu-se num buraco profundo.
Um amigo dele motiva-o novamente a trabalhar em novas músicas e ele fez isso. Inicialmente
queria fazer um álbum allstar com muitos vocalistas e outros músicos, e
entrou em contacto comigo (vocalista dos Wolfen) para ver se eu queria
cantar uma música, se ele alguma vez terminasse as suas ideias musicais. Quando
recebi a música dele fiquei tão impressionado que não pude dizer não. Mais,
juntos criámos todas as músicas, escrevi todas as letras, exceto a música de Oldfield
e Wild Hunt. Depois, ele chamou o seu velho amigo Jörg Belster
para tocar todas as partes de baixo. Mas o problema era que o baterista que ele
tinha escolhido não pôde tocar devido a problemas de saúde, mas perguntei ao
meu amigo Markus Kniep, dos Grave Digger, e ele fez um ótimo
trabalho num curto período de tempo. Apenas os solos de guitarra foram tocados
por diferentes elementos, como Against Evil, Wolfen, Reinforcer,
Poltergeist e muito mais.
Quais são as vossas principais
influências?
Essa é uma pergunta difícil. Acho que a descrição do press
release não está correta. OK, gostamos dos Iced Earth ou Kamelot,
mas esses nomes não são diretamente as minhas influências. Eu diria que Iron
Maiden, Queensrÿche ou o US Power Metal são as grandes
influências para nós.
Por que Veritates? Como
surge o vosso nome e qual é o seu significado?
Por que não (risos)! Eu não sei. Estávamos a procurar
um nome para uma banda real, porque nós, os quatro membros, sentimo-nos como
uma banda. E vais perceber que as nossas letras são um pouco melancólicas e
falamos a verdade sobre os problemas da vida cotidiana. Daí Veritates!
Quando começaram a
trabalhar em Killing Time?
Tom e eu começamos a escrever as músicas na primavera
de 2019 e demoramos meio ano.
Como definirias este
álbum para quem não vos conhece?
Não é fácil julgar objetivamente sobre a própria
música. Mas eu gosto de um toque de melancolia na música, gostei de cantar com
muito sentimento, porque normalmente canto com mais agressividade nos Wolfen.
E a mistura entre riffs thrashy e guitarras limpas é brilhante, há muito
sentimento e muito poder nestas músicas.
De que forma surge uma
música com título em espanhol, Hasta La Muerte? De onde vem a inspiração?
Por que não? Gosto dessa combinação de palavras em
espanhol e do idioma espanhol. Foi interessante deixar o vocalista dos Poltergeist
cantar essa parte. Soa bem, nada mais.
Como se processa o
método de trabalho de composição da banda?
Muito confortável. Thomas cria os riffs e as
partes das músicas, depois eu escrevo as letras e linhas de melodia. Depois
disso decidimos o que o baterista poderá tocar e Jörg (baixo) faz o que quer
(risos).
Como decorreu a
experiência em estúdio? Tudo como planeado?
Todos gravaram as suas partes nos seus próprios
estúdios e, depois disso, a mistura e a masterização foram feitas noutro
estúdio. Para todos nós, não foi a primeira vez que gravamos músicas em
estúdios profissionais.
Muito obrigado Andreas!
Desejas acrescentar mais alguma coisa?
Sim, a maioria das pessoas disse que somos um projeto,
mas cada banda hoje é um projeto. Nós sentimos os Veritates como uma
banda real. De momento já começamos a escrever as duas primeiras músicas novas
e planeamos fazer alguns espetáculos no próximo ano. Portanto, disfrutem da
nossa pequena fera de metal.
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