Dead World Order, sétimo trabalho dos Bitterness é, assim,
mais uma prova que o thrash metal old school continua bem
vivo, sendo praticado por coletivos da nova geração que, pegando nos legados
deixados pelos antepassados, o conseguem adequar aos tempos modernos sem perda
de identidade. Aliás, basta ver que este Dead World Order foi misturado
e masterizado pelo mago Harris Johns e só isso já era um sinal de qualidade.
Mas para explicar melhor todo o processo que originou este excelente disco
fomos conversar com o guitarrista e vocalista Frank Urschler.
Olá Frank! Obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo novo álbum.
E é apropriado dizer que trabalharam arduamente para este lançamento...
Ei Pedro! Obrigado pelo elogio. Sim, trabalhamos muito intensamente para
este lançamento. Desta vez, queríamos criar um álbum que adoraríamos quando
éramos jovens metalheads. Tentamos obter o melhor resultado possível e
acho que conseguimos. Estou muito orgulhoso deste álbum.
De que forma ocuparam o
tempo entre o lançamento do Resurrexodus e este novo álbum?
Bem, após o lançamento de Resurrexodus fizemos
muitos espetáculos e eu tive as primeiras ideias de músicas no verão de 2017.
Começamos a escrever o novo material no outono de 2018 e terminamos o processo
de gravação no verão de 2019. Depois, começamos a gravar Dead World Order
em novembro de 2019.
O álbum tem como título
Dead
World Order. De que forma aparece este título e o que significa?
Basta olhar para o nosso mundo de hoje. Tantas coisas
fodidas ainda acontecem todos os dias. O mundo não mudou para melhor. Muito
pelo contrário! Ainda existem tantas pessoas burras e cruéis, que têm poder,
controle e dinheiro e são responsáveis por tantas coisas que acontecem. Mas
culpam os outros pelos seus fracassos. Por outro lado, continuamos a destruir o
nosso próprio habitat e não pensamos no que deixaremos para as gerações que
virão depois de nós. Há séculos que há teóricos da conspiração que falam de uma
nova ordem mundial. Espalham todas essas teorias doentias sobre o que realmente
está a acontecer. Eu acho que a única coisa verdadeira é que ainda nos matamos a
nós e ao meio ambiente em que vivemos. É esta a questão de Dead World Order!
Mais uma vez, os Bitterness
criam um álbum poderoso composto por diversidade. Parabéns. Como conseguem misturar
todas as vossas influências de uma forma tão fluida?
Obrigado! Tentamos o nosso melhor, mas não pensamos
muito no que estamos a fazer. Acabamos por fazer o que gostamos. Acho que,
desta vez, tudo caiu no lugar certo. As músicas têm um bom fluxo e já soavam ótimas
nas primeiras versões demo. Não mudamos muito em estúdio.
Isso leva-nos a outra
pergunta - como funcionam as coisas nos Bitterness no que diz respeito ao processo
de composição e escrita?
Eu escrevo a maioria das músicas na guitarra. Depois, encontro-me
com o nosso baterista e juntos organizamos as músicas e experimentamos ideias
diferentes, para ver se algo funciona ou não. Depois colocamos o baixo e as
letras. É assim simples.
Têm algum vídeo gravado
para este álbum?
Queríamos fazer um vídeo real para a música A
Bullet A Day. Já estava tudo programado. Mas uma semana antes da gravação o
Covid-19 cruzou os nossos planos. Por isso fizemos um lyricvideo para a
mesma música, que realmente ficou ótimo. Foi a melhor alternativa em pouco
tempo. Mas estamos muito felizes com o resultado.
Como decorreu a experiência
em estúdio? Tudo como programado?
Já tínhamos estado algumas vezes antes no Iguana
Studios em Freiburg (Alemanha). Portanto, já conhecíamos Christoph
Brandes e o modo como ele trabalha e não foi uma situação nova para nós. Ao
longo dos anos, Christoph (Brandes) tornou-se um quarto membro e um bom amigo
para nós. Trabalhar com ele é sempre muito criativo e fácil. Existe sempre uma
ótima atmosfera de trabalho. Terminamos tudo e demos o material ao Harris
Johns, que misturou e masterizou todo o álbum em Berlim.
Muito obrigado, Frank! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Antes de mais, obrigado pelas tuas perguntas e apoio!
E para todos os metalheads por aí: podem seguir-nos no Facebook
ou assistir ao nosso novo lyricvideo A Bullet A Day no Youtube. Keep it heavy, keep it real!
T.H.R.A.S.H. ‘til death!
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