Happy Hour é um projeto criado na
primavera de 2016. É uma banda de rock,
pop, reggae, música alegre e que todos conhecem para um momento
bem passado e animado, desde calmas para tocar durante um jantar até muito
animadas para um espetáculo. Tem um reportório bastante variado tanto em inglês
como em português. São compostos por: Ana Amaral (voz), Paulo Grandim (baixo, direção
musical e management do projeto), Sérgio Sousa (bateria) e, diretamente
da Bélgica para Portugal, o guitarrista Olivier Feron.
Qual a origem do vosso nome?
O formato Happy
Hour, a partir de uma determinada hora ter as bebidas mais baratas e de ser
supostamente um momento feliz para a malta se reunir e conviver teve a ver um
bocado com isso. Aquilo que nós queríamos era que a banda fosse uma atitude
realmente happy e foi por aí que surgiu o momento feliz.
Como é que tudo começou?
Tudo começou
com o antigo baterista. Este tinha terminado com uma banda já há algum tempo,
estava parado, queria fazer qualquer coisa e contactou-me através do facebook
porque nos não nos conhecíamos. Através de uma amiga comum, um dia meteu
conversa comigo a dizer que gostava de fazer qualquer coisa, sabia que eu já
tinha saído das Sete Saias e que estava parada e se estava interessada. Disse “OK
Paulo, vamos lá encontrarmo-nos e falar um bocadinho sobre isso”. Passou-nos
pela ideia fazer originais e começámos a pensar que não podíamos ser só nós os
dois. Tinha de haver mais alguém e lembrou-se do Paulo Grandim que já
tinha estado com ele. Depois encontramo-nos os três e vimos mais ou menos as músicas
que ele já tinha escrito e optamos por fazer algumas músicas já conhecidas e
ver como é que reagíamos os três e correu bem. Depois ele também conhecia outro
guitarrista, contactou-o e começámos a fazer. E em vez de começarmos com
originais, começámos com músicas já conhecidas, talvez para nos ambientarmos um
bocadinho e ver como é que era realmente e vimos que era mais fácil atingir o público
já com músicas conhecidas e ganharmos um pouco de calo uns com os outros. E foi
assim que surgiu. Ainda tocamos os quatro juntos durante um ano, depois o
baterista teve de mudar de zona, foi para Viana do Castelo e de repente ficamos
sem baterista. Começámos a fazer audições para bateristas, onde apareceu o Sérgio.
Passado algum tempo saiu o guitarrista e fizemos audições para guitarristas e
surgiu o Olivier e há cerca de três anos que estamos juntos.
Porque uma banda de covers e não de originais?
Lá está, é
para atingir o máximo de público possível e também para nos dar alguma estaleca.
Porque nenhum de nós é compositor e conseguimos fazer uma coisa que gostamos,
como trabalhar vários tipos de música e vários estilos não nos cingindo só a um
estilo e é mais fácil chegar ao público com músicas que já conhecem do que com
outras que não conhecem. Não termos experiência de composição provavelmente iríamos
ficar um ano apenas com uma música ou duas e não íamos sair da garagem,
como se diz, e também se torna mais fácil de nos motivarmos. Motiva muito mais
podermos fazer os concertos ao vivo e termos publico do que tocar eternamente
numa garagem e nunca sair.
Gostam mais de atuar em espaços abertos ou espaços
fechados?
O espaço
aberto e mais emocionante e da mais pica.
Como foi que a vossa banda conseguiu lidar com a situação
da pandemia?
Tivemos algum
tempo sem fazer sequer ensaios e durante o estado de emergência também não
ensaiamos. Quando as coisas começaram a
ser um pouco mais libertadas, começámos a vir ensaiar. Agora aproveitamos o
tempo para trabalhar as músicas que temos enquanto não temos concertos, para
meter músicas novas, tentar divertir um bocadinho e manter a chama acesa para
quando podermos voltar, voltarmos em grande.
Como são uma banda de covers, como fazem as escolhas das vossas letras?
Normalmente é
pelo gosto de cada um, através do nosso grupo de Messenger. Vamos dando
ideias, propomos e às vezes experimentamos. Vemos se dá; se não der ensaiamos
um pouco em casa e depois vimos para os estúdios ver se corre bem. Às vezes
corre bem nos ensaios, mas nos concertos não chama muito o público e como o público
não adere vamos então mudar um bocadinho.
Por falar nisso, sentem que o público adere aos vossos
concertos?
A maioria sim,
já tivemos alguns em que a malta esta a jantar e não nos ligam grande coisa,
mas é raro isso acontecer. Às vezes e só uma parte da noite e depois
conseguimos motivar o público.
Ana Amaral, qual foi a sensação de teres participado
no festival da canção e de teres ficado em segundo lugar?
Já não sei bem
se foi em segundo ou em terceiro lugar. Foi um ano assim estranho, foi o ano em
que ganharam os Homens da Luta. Foi bastante divertido porque ficou tudo
em estado de choque quando eles ganharam. Foi uma sensação boa, foi giro
participar, foi uma altura complicada até porque eu estava grávida e não me
dava muito jeito ganhar. Ficamos com receio quando chegou a parte da votação
e as primeiras votações com 12 pontos, mas felizmente o Gel deu a volta áquilo e
safou-me de boa, mas foi muito engraçado, uma experiência muito gira.
No futuro pensam gravar algum álbum ou tem planos
nesse sentido?
Nunca se sabe.
A gente não diz que não, mas sabemos que faz uma coisa de cada vez, um passo de
cada vez. Se surgir essa oportunidade a gente abraça-a, se não surgir vamos
fazendo as coisas e ao mesmo tempo vamo-nos divertindo.
O que podem esperar os vossos seguidores para o ano de
2020-21?
Tudo depende daquilo
que nos deixarem fazer, depende do que for possível fazer. Tínhamos um ano de
2020 completamente cheio, tínhamos uma data de concertos marcados e foi tudo
por água abaixo e agora é recomeçar tudo de novo, da estaca zero. Agora vamos
ver o que nos deixam fazer e o que é possível fazer, mas já temos propostas
para casamentos em 2021, já não é mau.
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os vossos admiradores?
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novidades e quando aparecer oportunidade de soltarmos para fora da caixa, vamos
sair para fora da caixa novamente. É só ficarem atentos à nossa página e nós
vamos dando notícias. E muita força e cuidem-se! Se toda a gente cumprir as
regras, voltamos em breve e façam o teste ao covid assim que tiverem um atchim
- é muito importante.
[Entrevista: Rita Sequeira]
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