Entrevista: Terra Atlantica

 

Três anos depois de A City Once Divine, numa nova editora e com metade da formação renovada, os Terra Atlantica regressam às histórias da Atlantida no álbum Age Of Steam. Power metal melódico é o que espera aos ouvintes ao longo desta viagem épica que, mais uma vez, recorre aos préstimos de Alex Hunzinger (Aeternitas) para a sumptuosidade dos arranjos orquestrais. O principal (neste álbum é mesmo o único!) compositor, Tristan Harders (vocais e guitarras) foi quem nos recebeu.

 

Olá Tristan! Obrigado pela disponibilidade e espero que tudo esteja bem neste momento de crise! Podes apresentar os Terra Atlantica aos metalheads portugueses?

Ahoy metalheads Portugueses! Nós somos os Terra Atlantica de Hamburgo, Alemanha. Trazemos a todos vós a saga épica de Atlantis recontada no estilo do melodic power metal dos anos 2000. Voltemos à idade de ouro!

 

Age Of Steam tem um nascimento diferente em comparação com a estreia, A City Once Divine, porque desta vez é mais um trabalho apenas teu. Isso afetou a abordagem à composição?

Em termos de composição, na verdade não há uma grande diferença. No primeiro álbum, escrevi todas as músicas, exceto a faixa-título, na qual Nico também participou. Desta vez, todas as músicas foram escritas por mim, mas notarás diferença, porque a composição se tornou mais madura e conceptual.

 

Em que fase do processo é que se deu a entrada dos dois novos membros? Já tiveram a oportunidade de contribuir com alguma coisa?

Quando Julian entrou, estávamos no processo de mistura do álbum, pelo que teve a oportunidade de ter alguma influência nesse processo. Quando Freddie entrou o álbum já estava terminado, mas mesmo assim ele convenceu-nos a substituir o violino sintético que tínhamos numa música por um real, por isso, também ele teve a sua participação.

 

Mais uma vez, Age Of Steam é um álbum conceptual ligado à temática de Atlantis. O que acontece neste disco? Podes contar-nos a sinopse de toda a história?

Age Of Steam é uma continuação da história original de Atlantis. A cidade sobe mais uma vez à superfície, mas agora é chamada de Atlantica. Por causa da sua tecnologia futurista, eles são considerados uma ameaça pelo Império Britânico, o que leva a uma batalha inevitável. A luz de Atlantica, que costumava proteger a cidade, é capturada e levada para o submundo de Hades, onde os nossos heróis a terão que recuperar.

 

Entre o primeiro álbum e este, houve um salto significativo com os Terra Atlantica a chegarem à Pride & Joy Music. Como se proporcionou esta ligação?

Não ficamos satisfeitos com a nossa última editora porque eles não fizeram nada por nós e ainda nos devem dinheiro até hoje. Por isso, para o segundo álbum, enviamos pedidos para outras editoras. A Pride & Joy Music foi uma das primeiras a responder e temos que dizer que estamos muito satisfeitos até agora.

 

Todos os arranjos orquestrais são fantásticos. Voltaram a trabalhar com Alex Hunzinger?

Sim. Inicialmente pensamos em fazer isso sozinhos, mas simplesmente adoramos o seu trabalho e não queríamos deixar de lado os arranjos do primeiro álbum.

 

Podemos falar, agora, dos convidados que participam neste álbum? Quando sentiram a necessidade de incluir algumas participações extras?

Sempre gostamos de nos ligar com outras bandas do género. No primeiro álbum, tivemos Mikael Holst dos Timeless Miracle como cantora convidada, desta vez tivemos Oleg Rudych dos Magistarium porque ele tem uma voz operática forte e era exatamente a voz que precisávamos para Mortheon, o vilão da nossa história. Também temos um solo de guitarra feito pelo convidado Gabriel Tuxen, dos Seven Thorns. Ele abordou-nos nesse sentido e ficamos muito felizes porque temos que admitir que ninguém na nossa banda é capaz de tocar um solo estridente como esse. Podem ouvir os dois músicos convidados na música The Treachery Of Mortheon.

 

As primeiras reviews têm sido muito boas. Qual foi a vossa reação? Estavam à espera de uma tão boa aceitação?

Estou aliviado por termos recebido todo esse feedback positivo até agora, porque o segundo álbum é sempre o mais difícil de fazer. O primeiro pode ser medíocre, as pessoas ainda desculpam as tuas falhas na primeira tentativa. Mas com o segundo álbum, ou cumpres com as expetativas ou cais. E acho que estivemos muito bem.

 

E para o futuro? Quais são os e os objetivos para os Terra Atlantica?

Temos que voltar aos palcos o mais rápido possível! Não é possível ter todo este material novo sem o poder oferecer às pessoas. Temos um plano secreto para o nosso espetáculo de lançamento do álbum. Espero que funcione. Uma tournée com o novo álbum também seria o nosso sonho. Além disso, já estou a escrever o terceiro álbum.


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