(2020, Musica
Ex Machina)
Os Prins Svart já nos habituaram a lançamentos
muito rápidos entre si e Under Jord é já o terceiro disco em três anos.
Estava bom de ver que, mais tarde ou mais cedo, tanta velocidade traria
consequências. E estas ficam patentes em Under Jord. De facto, tudo o
que caraterizou os lançamentos anteriores dos suecos está lá… só que feito de
uma forma apressada e desinspirada – de tal forma que para conseguirem atingir
os oito temas foi necessário incluir uma música ao vivo e dois curtos
interlúdios. Como sempre, a banda navega em ondas de rock clássico com firmes raízes nos anos 70 (Free,
Led Zeppelin, Rainbow) e com o exotismo que resulta da utilização
das letras em sueco. Outra novidade para Under Jord, é que os Prins
Svart optaram por entregar o microfone a diversos vocalistas - Mats Levén, Håkan
Hemlin, Janne Åström e Matti Alfonzetti, que, desta forma
vocalizam um tema cada. [72%]
(2020, Secret Entertainment)
Com experiência acumulada em diversas bandas no seu
país, como EBPSATRFM, The Blaster Master e Laid Back Townies,
todas pouco conhecidas, três elementos de Oulu, no norte da Finlândia
juntaram-se nos Rat Boogie que, em formato digital, lançam Bad
Gravity. Este é um trabalho relativamente insonso, que mistura influências
dentro do rock mais tradicional e que vão dos The Beatles aos The
Rolling Stones. No centro está sempre uma forma muito orgânica de abordar
as composições e a criação de algumas melodias singelas. No entanto, sem
mostrar grande desenvoltura nos arranjos nem a necessária intensidade, Bad
Gravity corre um sério risco de passar perfeitamente despercebido. [64%]
(2020, Superball Music)
Gravado e misturado no seu estúdio caseiro, Last
Night’s Glitter apresenta um conjunto de temas de Charlie Barnes (também
membro dos Bastille) que fizeram parte dos seus álbuns anteriores, agora
apresentados em versões alternativas. Essencialmente orientadas para dedilhados
acústicas, alguns destes temas são enriquecidos com elementos corais e linhas
de piano, violino, flauta e sopros introduzidos de forma subtil e, quase
sempre, minimalista. São, no conceito do compositor e executante, uma forma
romantizada de apresentar as suas criações. E com regras previamente estabelecidas:
sem double tracking, sem efeitos na guitarra, sem paredes de som.
Simples, despido de qualquer artefacto relacionado com extravagância. Um álbum
que soa a caseiro e que mostra Charlie Barnes em casa. Last Night’s
Glitter fecha com um tema inédito, precisamente o tema que batiza o álbum. [84%]
(2020, Rockshots Records)
É bom ver que ainda há por aí quem pratique glam
metal/air metal com qualidade. E os Sandness são, sem dúvida, um
desses nomes. Untamed, de 2019, marcou a sua entrada na Rockshots
Records e Enter Please é uma forma descontraída de ir entretendo os
seus fãs enquanto algo novo não surge. E dos seis temas de Enter Please,
os italianos apresentam, o tema de abertura, Alive & Kickin’, que é
uma dessas criações novas e que deverá surgir no próximo álbum. Depois há duas
versões – para Get It Up, dos T-Rex e Saturday Night’s Alright,
de Elton John, fechando o EP com três temas do álbum Untamed
captados ao vivo em Milão. [75%]
(2020, Wild
Kingdom Records)
Um dos mais espetaculares grupos suecos de classic
rock, os Diamond Dogs, vêm agora a possibilidade dos seus primeiros
dez anos de existência (1993-2003) terem uma nova visibilidade com a reedição
dos cinco primeiros álbuns pela editora Wild Kingdom Records. As Your
Green Turns Brown foi o segundo lançamento da sua história e, na mudança de
milénio (viu a luz do dia em 2001) trazia a sonoridade dos anos 70 do R
& B britânico. De tal forma que, atualmente, este álbum é visto como
soando mais britânico que eles próprios. E traz toda aquela ambiência de rock
clássico que caraterizava os KISS ou os The Rolling Stones e
mostrava, já na altura, que este coletivo poderia atingir níveis elevados de
excelência, tal como, realmente, veio a acontecer. Quem na altura andava mais
desatento, tem, então, agora a oportunidade de tomar contacto com os primórdios
desta seminal banda, em reedições que também incluem os singles e EPs
lançados na altura. [76%]
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