Entrevista: Winter's Verge

 


Há oito anos atrás falávamos com um confiante George Charalambous, líder de uns Winter’s Verge que acabavam de lançar, pela Massacre Records, o excelente Beyond Vengeance. Entretanto, muita coisa se passou no seio dos cipriotas. Dois álbuns independentes, mudanças de formação e… finalmente o regresso aos grandes discos e, de novo, com o apoio de uma editora germânica. The Ballad Of James Tig marca também a entrada por novos caminhos criativos, como se depreende desta conversa com o líder e vocalista.

 

Olá George! Como tens passado desde a última vez que conversamos, em 2012, na altura a respeito do álbum Beyond Vengeance?

Olá pessoal! É bom falar convosco! Eu estou bem! Muita coisa mudou! Mas está tudo bem!

 

Desde esse álbum tiveram mais dois lançamentos, ambos de forma independente. Foi uma opção da banda ou uma contingência do negócio da música?

Foi uma opção da banda. Desde essa altura que não procuramos por ser assinados. Queríamos tentar essa outra via, mas a verdade é que, por não teres uma editora, estás limitado ao que podes e não podes fazer.

 

Mas foi um pouco estranho porque Beyond Vengeance tinha sido o vosso melhor álbum até então… Alguma explicação?

Obrigado pelas tuas palavras gentis! Na realidade, não há nenhuma explicação. Tentamos uma abordagem diferente. Em alguns aspetos funcionou, noutros não!

 

E agora estão de regresso e com uma nova editora. Como aconteceu esse contacto com a Pride & Joy e como se sentem nesta nova casa?

O contacto aconteceu através da nossa Management - Angels PR Music Promotion. As pessoas da Pride & Joy são ótimas! Estamos muito felizes por estarmos lá!

 

Portanto, há um novo álbum, The Ballad Of James Tig. Afinal, quem é James Tig e que histórias nos contam neste novo álbum?

James Tig é um personagem fictício e o herói da nossa história. A história foi escrita pelo dramaturgo Sr. Frixos Masouras e a música minha. É uma linda história sobre um homem que perdeu a sua família para um mito do mar, chamado Killagorak e procura a vingança durante toda a sua vida. Mas existem muitas reviravoltas inesperadas na história!

 

Este álbum é considerado o vosso trabalho mais ambicioso até agora. Podes explicar-nos quais foram as ideias para esta obra e de que forma ganharam vida?

A ideia era que eu queria escrever um álbum cinematográfico, como uma banda sonora de um filme. Não tanto focado no aspeto Metal, mais sobre melodia e vocais. Falei com o meu amigo Sr. Masouras, expliquei o que queria fazer e ele deu-me 5 opções de histórias diferentes. Escolhi esta e o resto é história!

 

Para este álbum contam com algumas mudanças na formação. Por exemplo, a dupla de guitarristas é totalmente nova, não é? Desde quando estão na banda?

Sim, temos 3 novas pessoas na banda. 2 guitarristas - Deniel e Savvas, com estilos bem diferentes, mas que trabalham muito bem juntos! E temos uma nova tecladista, Stavry! Deniel entrou na banda há cerca de 2 anos. Savvas e Stavry há cerca de 1 ano.

 

Esta também é a primeira vez que você tem um teclista a tempo inteiro, não é? Sentiste a necessidade desse novo membro para este novo caminho que pretendia trilhar?

Bem, nós tivemos o teclista Stefanos Psillides nos três primeiros álbuns e usamos samples durante os espetáculos quando ele saiu. Mas ter um verdadeiro teclista é muito diferente! Podemos confiar em Stavry e não temos que nos preocupar com os backing tracks.

 

Considerando que já se passaram três anos desde The Wolves Of Tiberon, desde quando começaram a compor músicas para este álbum?

Há 3 anos atrás! Trabalhei nisto durante um ano, escrevendo todas as músicas e depois gravando e misturando. Não foi muito fácil, há muitos elementos no álbum. Detalhes à esquerda e à direita que só se percebem se ouvires com atenção.

 

As primeiras reviews têm sido excelentes! É o reconhecimento definitivo do teu trabalho árduo para este disco...

Muito obrigado, isso significa muito. Houve muito trabalho para chegar aqui.

 

E a partir de agora? Quais são os planos para os próximos tempos para os Winter’s Verge?

Veremos se podemos fazer alguns espetáculos ao vivo. Se não for possível, devido à pandemia, já estamos a planear novas músicas e novas ideias com os novos membros. Muito obrigado por esta entrevista e pelas tuas palavras simpáticas!


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