Custou mais foi! Os Glacier nasceram em 1979 e entre
pára-arranca de atividades nunca tinham chegado a um longa-duração, apesar de
constar no seu catálogo alguns singles, EPs e demos. De tal forma que
este álbum só podia mesmo ter este título: The Passing Of Time. Da banda
original já só resta o vocalista Michael Podrybau, apesar de outros membros
históricos como o baixista Tim Proctor e o baterista Loren Bates também aqui participarem. E
foi com o vocalista, que já não estava quando a banda terminou em 1990, que
fomos saber das motivações para, finalmente, acontecer este regresso.
Olá Michael! Obrigado pela disponibilidade! Primeiro longa-duração depois
de mais de 40 anos. O que aconteceu nos anos 90 para a banda ter terminado
funções?
Olá, muito obrigado pela entrevista. Na verdade, eu
não estava na banda nos anos 1990 e realmente não sei o que aconteceu com a
banda após a minha saída. Eu nem estava ciente do lançamento da demo de 1988.
O vosso regresso acontece em 2016 como Devil In Disguise. Por que mudaram
de nome nessa altura e depois voltaram ao nome original?
Em 2016 estávamos a apresentar-nos apenas como uma
banda de tributo. Era para ser apenas um espetáculo, mas tudo se desenvolveu a
partir daí e recebemos mais convites para tocar noutros concertos e festivais.
Em 2018, recebi permissão dos membros anteriores para usar o nome Glacier.
O que vos motivou a regressar? Qual foi o clique que vos despertou?
Um promotor de Chicago contactou-me para fazer um
espetáculo de reunião. Eu já tinha conversado com Sam sobre isso, mas efetivamente
ele não estava interessado, então esse promotor montou um grupo em Chicago.
Acabamos por tocar o Keep it True primeiro na Alemanha e depois no
festival Legions of Metal em Chicago.
Esse regresso e esse álbum é feito com a formação original?
Não, atualmente sou o único membro original da banda.
No entanto, ex-músicos - o baixista Tim Proctor e o baterista Loren
Bates - são músicos convidados no novo LP.
Têm noção se os vossos fãs antigos sentem falta da banda? E quanto à nova
geração de fãs?
Até agora, parece que o novo LP atrai tanto os
primeiros fãs quanto os fãs mais novos de hoje, o que é algo que esperávamos.
Centremo-nos, agora, em The Passing The Time, por
que a escolha deste título? Qual é o seu significado?
Adam Kopecky, o nosso
baterista, surgiu com o título. Realmente tem um grande significado, pois já se
passaram 40 anos desde que estive em Glacier e também porque os
primeiros membros da banda trabalharam com os músicos atuais. Usamos a
ampulheta na arte como forma de homenagear o início da banda.
Quando começaram a compor músicas para este álbum? Escolheram algumas dos
vossos tempos mais antigos?
Depois de termos feito alguns espetáculos, começamos a
escrever algumas músicas novas. O novo LP tem 3 canções originais dos Glacier
que nunca foram gravadas e 5 canções novas escritas nos últimos anos.
Musicalmente falando, mesmo considerando todo o tempo que passou, podemos
dizer que este álbum ainda representa as vossas raízes ou tentaram modernizar o
vosso som?
Eu acho que definitivamente é uma boa representação
das minhas raízes e a música ainda soa a Glacier. Com o equipamento de
estúdio moderno de hoje e os membros da minha banda sendo muito mais jovens do
que eu, um pouco de modernização certamente aconteceu.
Qual foi a vossa principal fonte de inspiração para The Passing Of Time?
Depois de tocar as músicas dos Glacier, houve um
clique e senti que estava na altura. Verdadeiramente sinto-me abençoado por voltar
a fazer isto na minha vida. Mas, honestamente é tudo por causa dos fãs e nós estamos
muito gratos por todo o apoio e palavras gentis.
E a partir de agora? O que têm os Glacier planeados para os próximos tempos?
Ansiosamente aguardamos o fim da pandemia mundial para
que possamos voltar às tournées e aos festivais. Já começamos a escrever
novas canções para o próximo álbum e esperamos que sejam tão bem recebidas quanto
as canções de The Passing Of Time.
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