Entrevista: East Temple Avenue

 


Um programa de rádio de rock da Austrália transformou-se num projeto transcontinental. É desta forma simples que se pode apresentar o projeto East Temple Avenue. Darren Philips já tinha feito o mesmo com o The Darren Philips Project, mas desta vez, e ao contrário desse primeiro álbum onde contou com cerca de 20 músicos, o número de envolvidos é mais limitado. Todos vivem espalhados pelo munto e os fusos horários acabaram por ter influência nas suas conversas… e na forma como nasceu o adequado título deste disco. Confiram tudo com o criador Darren Phillips.

 

Olá, Darren! Obrigado pela disponibilidade! Como estás nestes tempos de crise?

Olá Pedro! Obrigado pelo convite. Estou bem, meu!

 

Podemos começar a falar um pouco sobre este novo projeto, East Temple Avenue? Como é que um programa de rádio de rock se transformou num projeto musical?

Quando tive o meu programa de rádio, comecei a procurar as bandas que estavam a tocar para ver se queriam fazer uma entrevista. A maioria disse sim, é claro, e a partir daí tornei-me amigo de muitos deles. Quando comecei a escrever para o meu primeiro álbum, Volume One de The Darren Phillips Project, perguntei a alguns deles se gostariam de tocar uma música ou duas. Acabei por ter 20 músicos diferentes naquele álbum! Assim que o álbum foi concluído, decidi que adoraria fazer um álbum inteiro com os mesmos elementos em todas as músicas. Perguntei aqueles de quem me tornei mais próximo durante aquele tempo e felizmente disseram que sim e foi assim que nasceu East Temple Avenue.

 

E quando começaste este projeto, o que estavas à procura? Quais os objetivos que estavas a tentar alcançar?

O objetivo principal era fazer um ótimo álbum AOR/Melodic rock com muitos músicos talentosos. Definitivamente alcançámos isso.

 

Este é um projeto transcontinental, por isso, é verdade que vocês nunca estiveram juntos na mesma sala?

Sim, correto. Dan e eu moramos na Austrália e nunca conhecemos nenhuma das outras pessoas. Os suecos obviamente estiveram juntos na mesma sala juntos e sei que Dennis e Phil conheceram Robbie, mas não acredito que tenha acontecido o mesmo com Herman.

 

Podemos supor que East Temple Avenue é apenas uma banda de estúdio ou tens intenção de tocar ao vivo, se possível?

Na maior parte do tempo seremos uma banda de estúdio, mas nunca descartaremos uma tournée caso alguém queira gastar muito dinheiro colocando-nos juntos na mesma sala! Eu tenho planos de trazer a malta para a Austrália, durante algumas semanas, mal a situação do COVID melhore. Vamos escrever, gravar e, definitivamente, fazer alguns espetáculos juntos.

 

Como se desenvolveu o projeto até à chegada à AOR Heaven e o lançamento deste álbum?

Lançaríamos sempre este álbum, quer tivéssemos assinado com uma editora ou não. Estamos muito felizes, é claro, de ter a AOR Heaven do nosso lado a distribuir e promover o álbum para nós. Isso definitivamente ajudar-nos-á a conseguir muitos novos fãs.

 

Como foi a vossa metodologia de trabalho, especialmente para este álbum, Both Sides Of Midnight?

Todos nós enviamos demos e escolhemos as músicas que queríamos no álbum. Depois, todos gravámos as nossas partes nos nossos respetivos estúdios ao redor do mundo e foi tudo enviado aqui para o nosso estúdio em Sydney para a mistura e masterização.

 

E quais são esses dois lados da meia noite de que falas neste disco?

O título representa os fusos horários em que todos vivemos. Na maioria das vezes, conversamos uns com os outros antes e depois da meia-noite, por isso o título é muito adequado.

 

Em 2019, Don't Make Believe foi incluída em algumas listas das melhores canções do ano. Acredito que isso tenha dado um forte impulso ao projeto, certo?

Sim, absolutamente. Embora Don't Make Believe seja uma música muito forte, não achamos que seja a melhor música do álbum e, embora isso defina o nível, acreditamos que o álbum eleva essa fasquia significativamente.

 

Quais são as tuas principais influências, tanto musical quanto liricamente?

A minha principal influência musical são as bandas sonoras dos filmes dos anos 80, especialmente Rocky 4 e a era Top Gun.

 

Ou seja, e como forma de conclusão, como descreverias este álbum?

Uma mistura perfeita de vocais altos, ganchos cativantes, fragmentos clássicos e refrões sing-along.

 

De que forma a Covid vos afetou e o têm feito para superar a situação?

Tenho muita sorte em viver numa ilha e ter um governo que levou esse vírus muito a sério. Os nossos casos foram mantidos muito baixos e, portanto, para mim, a ameaça nunca foi séria. Apesar de algumas mudanças nas interações sociais, para mim a vida continuou razoavelmente normal.

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