Fixem este nome: Wanderer! A sua estreia, em
formato longo, Awakening Force,
traz para os dias de hoje, toda a magia de álbuns como Killers ou
Walls Of Jericho! E por isso, assumem-se, desde já, como uma das maiores
revelações do metal nacional deste ano. O guitarrista e vocalista Nuno
Machado e o guitarrista André Ribeiro estivem à conversa com Via Nocturna.
Olá pessoal, tudo bem? Para começar, poderemos começar por
conhecer melhor os Wanderer? Quando nasceram e com que objectivos?
Nuno Machado (NM): Viva, Pedro! A primeira formação da banda
remonta ao início de 2010, embora ainda como um trio nessa fase. No entanto a
banda tornou-se um quarteto com a entrada do André por meados de setembro do
mesmo ano – gosto de considerar esse o verdadeiro início da banda. Wanderer é, para mim, mais que qualquer
outra coisa, uma forma de me expressar através da música que mais gosto de
ouvir.
Qual
é o vosso background musical?
NM: O meu estilo de eleição é o Heavy/Speed/Thrash
Metal dos 80s, com forte queda para a cena germânica. Ainda dentro do Heavy Metal de uma forma geral, algum Death/Black da velha guarda também. Fora
do Heavy Metal, gosto de algum Hardcore Punk (britânico/sueco
principalmente), Hard Rock, Hard and Heavy, algum Synthwave/Dungeon Synth, etc.
E
quanto a influências? O que ouvem os membros dos Wanderer que vos inspira a criar?
NM: Apesar do estilo musical de Wanderer ser Heavy/Speed
Metal assumido, podem surgir influências de qualquer lado desde que não
ponham em causa o tal estilo que a banda segue. Penso que a resposta vai um
pouco de encontro ao tal background
musical referido na questão anterior.
Para
além de influências musicais, que outras inspirações tiveram para a criação de Awakening Force?
NM: Relativamente à capa do disco, (brilhantemente criada pela Khaos Diktator Design), a principal
influência foram as obras de fantasia negra de Frank Franzetta. Quanto às letras, as inspirações são muito
diversas; vão desde experiências reais, a mitologia, a formas pessoais de ver as
coisas, ficção, etc.
Precisamente
entrando, agora, neste álbum este ano lançado. Foi difícil levar a bom termo
todo este processo e este projecto?
NM: Não acho que tenha sido propriamente difícil, mas foi sim, mais
demorado do que estávamos à espera devido a questões de disponibilidade do
pessoal, alguns fatores externos à banda, etc. Esperamos que o processo do
próximo álbum flua melhor!
Agora
que, finalmente, têm entre mãos o vosso primeiro longa-duração, qual é o sentimento
generalizado da banda?
André Ribeiro (AR): É um sentimento de grande satisfação como
banda, sem dúvida! É o nosso primeiro álbum ao fim de praticamente uma década
de banda, e muita gente mostrava interesse em que o lançássemos. Ter conseguido
finalmente isso é incrível, e mal podemos esperar pelo próximo!
Pode
dizer-se com propriedade que acabam de acordar uma incrível força do metal
nacional? AR: Não querendo soar convencido, mas
penso que sim! Outras bandas como Midnight
Priest, Lyzzard, Toxikull ou Ravensire têm óptimos álbuns, também dentro do Heavy Metal. Finalmente foi a nossa vez de mostrar o nosso valor, e
acreditamos que foi mais uma força que “acordou” e se juntou às demais.
Os
dois temas do EP de 2017, Way Of The
Blade, voltam a estar aqui incluídos. Sentiram
que mereciam uma nova oportunidade? Alteraram alguma coisa nesses temas?
NM: Senti, tal como dizes, que esses temas mereciam uma nova oportunidade
com uma produção melhorada e com a possibilidade de divulgá-los melhor estando
incluídos num longa-duração. Os temas são essencialmente os mesmos, penso que a
única alteração foi a velocidade de uma secção da Freedom’s Call que na versão do 7” ficou mais rápida do que era
suposto.
Este
álbum é lançado de forma independente?
AR: O álbum foi lançado em CD pela Rafchild Records da Alemanha, uma label para já relativamente pequena, mas com potencial.
Daqui
para a frente, qual é a vossa principal prioridade e aposta?
AR: A nossa ideia era apresentar o álbum dando concertos pelo país
e certamente lá fora também. Com o Covid fomos obrigados a adiar essa ideia.
Por enquanto vamos ensaiando para solidificar um bocado mais a coisa, e
eventualmente começaremos a preparar o próximo álbum.
E
palco? Como está a situação em virtude da pandemia?
AR: Esteve em cima da mesa dar um concerto por streaming, mas nunca se proporcionou. Há
sempre a hipótese de darmos concertos com o público sentado, mas pensamos que
não faz grande sentido para o estilo de música que tocamos. Para já vamos
aguardando ansiosos por voltar a tocar ao vivo, e queremos que seja algo em
grande!
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