O trabalho, a família e as alterações na banda são os motivos
apresentados para que os Crown Of Glory tivessem demorado seis anos a colocar
cá fora o sucessor de King For A Day. Chama-se Ad
Infinitum e mostra uma banda que se
posiciona no sentido das suas criações poderem perdurar até ao infinito, a
atender pela qualidade apresentada. Uma qualidade já reconhecida pelos seus fãs
suíços, com a entrada deste álbum nos tops do país. Hans Hungi Berglas,
guitarra ritmo do coletivo, foi quem nos respondeu desde Lucerna.
Olá
Hungi! Em primeiro lugar, parabéns pelo vosso excelente novo álbum. Acredito
que devam estar imensamente orgulhosos destas criações musicais...
Muito obrigado. Sim, estamos.
Na realidade, não tínhamos grandes expetativas. Mas tentamos sempre melhorar. Mas
se o álbum for bom e as músicas forem boas, no final, os nossos ouvintes
decidem isso. Nos tops de álbuns
suíços, alcançámos a 13ª posição e ficamos muito felizes com isso.
O
vosso lançamento anterior foi King For A Day... em 2014. Ou seja, um regresso que só acontece 6
anos depois. O que levou a este hiato?
A loucura do dia-a-dia ao
lado de trabalho, família e mudanças de formação na banda. Na verdade, nós até
queríamos terminar. A frustração foi tão grande para começar tudo de novo.
Mas
os Crown Of Glory não chegaram a parar, certo? Em que atividades e/ou projetos
estiveram envolvidos ao longo destes anos?
Eu também tenho uma banda covers, 7t Cover e já fui membro dos Crystal
Ball. Mas os dois novos elementos Luke e Oli também têm vários projetos.
Mas Hene e Markus estão totalmente comprometidos com os Crown Of Glory.
E
como surgiu este título Ad Infinitum? O que significa?
Até ao infinito! Mas, no
nosso caso, tínhamos muito tempo para o álbum e não vamos desistir tão rápido
agora. Também queremos criar músicas que sejam feitas para o infinito.
Quando
começaram a trabalhar nesta coleção de canções para este álbum?
Hene está sempre a trabalhar
em novas músicas paralelamente. Eu tranquei-me durante 2 meses no final de
dezembro de 2018 e juntei algumas ideias. Depois disso, eu e Hene juntamos tudo
e terminamos as músicas sozinhos. No passado, era completamente diferente
porque todos nós seis trabalhávamos nas músicas na sala de ensaio. Devido à
mudança de pessoal e à nova tecnologia, é mais rápido e eficiente atingir nosso
objetivo.
Este
álbum cobre uma grande variedade de estilos musicais. É o reflexo das diversas
influências dos membros da banda?
Somos todos fãs de metal de ponta a ponta e há muita coisa a
acontecer. Mas o nosso coração já bate pelo Melodic
Power Metal. Essa é a razão da grande variedade de músicas.
De qualquer forma, as
melodias serão sempre uma prioridade para os Crown Of Glory, certo?
Para nós é importante que as
melodias fiquem presas e que tenhamos o nosso próprio valor de reconhecimento.
Acho que desta vez conseguimos isso muito bem. O equilíbrio entre poder,
melodia e progressivo.
Desde o vosso último
álbum, ocorreram algumas mudanças de formação. Quem está de novo neste álbum e
desde quando está convosco?
Oli e Luke estão connosco há
uns bons 2 anos. Jonas também já tem 6 anos. Eu estou na banda há 15 anos.
Heinz e Markus são irmãos e foram eles que começaram a banda em 1998 com o nosso
ex-teclista.
Quem são os
convidados que cooperam convosco em Ad Infinitum?
Sereina Tell (ex-Burning
Witches e agora Dead Venus) fez
um trabalho fantástico no microfone. Gravamos a música no Empire Studio com Rolf
Munkes (Crematory). Os vocais
foram gravados pelo nosso amigo Jean
Marc Viller do Frantic Ville Studio.
Para a mistura e masterização, foi tudo para a Suécia, para Thomas Plec Johansson/The Panic Room Studios.
Que projetos têm em
mãos e/ou em mente desenvolver nos próximos tempos, mesmo considerando a situação
de pandemia?
Como infelizmente não
podemos fazer nenhum espetáculo, vamos trabalhar em novas músicas. Vamos criar
uma loja virtual na nossa homepage.
Também é possível que possamos oferecer espetáculos ao vivo no futuro. Até que
a situação lá fora se acalme novamente. Muito obrigado Pedro pelo interesse na nossa
banda.
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