Os It’sAlie são a nova proposta oriunda de Itália e que junta uma
das mais convincentes vozes da atualidade a alguns membros com créditos
firmados no panorama metal/rock e onde também se adicionam alguns convidados
de reconhecido mérito. E Lilith é a sua muito apregoada estreia. A
mentora Giorgia Colleluori abriu-nos a porta a este projeto.
Olá Giorgia! O que te motivou a
iniciar IT'sALIE, o teu novo projeto?
Nos
meus álbuns anteriores compartilhei sempre o papel de cantora com algumas
outras cantoras, por isso, IT'sALIE e Lilith, nascem da
necessidade de fazer algo pessoal e único, onde sou a única cantora e onde, também,
me posso expressar a 100%, melodias incluídas. Eu e os outros membros
compartilhamos a mesma necessidade e assim, eu e o Camillo começamos a
conversar sobre a banda e assim que encontramos os membros, começamos a escrever
as primeiras músicas… O resto é história!
Quais são as vossas principais influências?
Os
meus ídolos são muitos para os indicar a todos, mas se tiver que indicar
alguns, diria definitivamente Robert Plant, Janis Joplin, David
Coverdale, Ray Gillen, Ian Astbury, Tori Amos, David
Crosby e James Brown.
Podes explicar o significado do
nome da banda?
O
nosso nome é, definitivamente, um nome diferente e era isso que queríamos. É um
jogo de palavras: no nome podes ler a palavra “ITALIE”, o que é, obviamente,
uma homenagem ao país de onde todos viemos, mas também podes ler a frase “É
mentira”. Bem, o significado desta frase está relacionado com a nossa ideia de
quão falsos os nossos pensamentos podem ser, sobre quão artificial a ideia da
nossa realidade pode ser. Muito filosófico.
Primeiro álbum lançado,
intitulado Lilith
- como se sentem com esta criação?
Sinto-me
totalmente orgulhosa e satisfeita com a banda e com o nosso primeiro álbum. Não
poderíamos estar mais felizes e não poderíamos pedir um resultado melhor. Mal
podemos esperar para o apresentar em palco.
Como foi o vosso método de
trabalho para este álbum, até levando em linha de conta os convidados que apresentam?
Todos
nós trabalhamos na recolha de ideias, trabalhamos na sala de ensaio todos
juntos e também por conta própria nos nossos diferentes estúdios. Quando
tínhamos músicas suficientes pensamos em ter alguns convidados. Imediatamente
pensamos em Mat Sinner, que também é o nosso produtor, Alex Beydrot
e Jorn Viggo Lofstad como convidados. Eles ficaram emocionados por
poderem fazer isso, e é assim que temos Hurt, Silver e o nosso
segundo single Wind.
Obviamente, Lilith é diferente do teu trabalho nas tuas outras bandas, portanto, como definirias este álbum?
Sim,
é. A verdade é que os álbuns que fiz no passado não eram “eu”, percebes o que eu
quero dizer? Este álbum, esta banda, é exatamente o que eu sou, como gosto que
as músicas sejam, como escrevo e como canto, muito mais do que todos os álbuns
que fiz antes.
Em termos líricos, que assuntos
são abordados nas vossas canções?
A
nossa Lilith, é a Lua Negra astrológica. Desse ponto de vista, Lilith
está associada aos aspetos mais ocultos e misteriosos do arquétipo feminino,
que vive em todos nós, homens e mulheres, com independência, rebeldia, orgulho
e força. Lilith revela o que nos faz sentir mais expostos, mostra também
o lado negro da personalidade de cada um. Todas as letras falam principalmente
sobre sentimentos profundos, pensamentos ocultos e medos. Eu precisava
experimentar tudo o que escrevi, então sim, todas as letras são baseadas em
experiências que vivi.
De que forma a Covid vos você e
o que fizeram para superar a situação?
Bem,
a pandemia começou imediatamente após terminarmos as gravações, por isso
tivemos que adiar a filmagem dos vídeos e fotos para dias melhores. Como muitas
outras bandas, adoraríamos estar no palco a apresentar o nosso álbum de
estreia, a fazer espetáculos e por aí fora. Precisamos ter paciência e, ao
mesmo tempo, trabalhar em algo novo, escrever material novo e tentar concentrarmo-nos
nas coisas boas que todos temos na vida. Melhores dias virão.
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