Quando se pensa que
o heavy metal na sua forma mais clássica já raramente
surpreende… surgem lançamentos que nos provam o contrário. Os Oz já andam
nestas andanças desde 1977, por isso conhecem bem os terrenos que pisam. E,
portanto, logo à partida, um álbum seu é motivo de celebração. Mas Forced
Commandments ultrapassa todas as expetativas! E foi por esse motivo que
fomos conversar com Mark Ruffneck sobre a criação deste novo trabalho da banda
finlandesa.
Olá
Mark! Obrigado pela disponibilidade e parabéns pelo vosso novo álbum. Quando
começaram a trabalhar em Forced Commandments?
Obrigado e ainda
bem que tenhas gostado! Johnny e Juzzy (os guitarristas) começaram a escrever
novas músicas rapidamente depois de lançarmos o álbum Transition State no final de 2017. No verão e outono de 2018,
ouvimos todas as demos e selecionamos as músicas que gravaríamos para o próximo
álbum (Forced Commandments). No final
de 2018, começamos o trabalho de gravação e trabalhamos nele cerca de um ano.
Sendo que estava tudo pronto para ser lançado no final de 2019.
Ora
bem, sendo esta a vossa segunda existência, o que aconteceu em 1991 quando a
banda se separou?
Naquela altura o
mundo da música mudou e não havia espaço para os OZ no metal. Não havia oportunidades
de fazer tournées e também havia
coisas pessoais entre mim e o resto da banda, Foi quando disse a Ape DeMartini (antigo vocalista dos OZ) para fazermos uma pausa e pensar sobre
o que queríamos fazer e aquela pausa durou 20 anos!
O
que vos motivou a voltar em 2010?
Reuni os OZ por apenas um motivo: criar novas
músicas e divertir-me com os meus velhos amigos. Vamos fazer isso enquanto ainda
podemos, rapidamente estaremos muito velhos para isso!
Nesta nova vida, Forced Commandments é o vosso terceiro álbum. Como foi o método de
trabalho desta vez?
Todo o
procedimento de gravação foi muito semelhante ao trabalho de gravação do álbum Transition State. Durante esse tempo,
tudo ficou mais fácil de controlar, mas ao mesmo tempo fomos capazes de
executar toda a produção a um nível mais alto do que antes. Fomos capazes de
começar o trabalho de gravação deste álbum muito bem preparados e foi por isso
que conseguimos manter viva a ideia principal. Qualidade antes da quantidade.
Como foi
o processo criativo nos OZ?
Bem, quando tens algumas
ideias para novas músicas, grava essas ideias rapidamente e poderás trabalhar
com essas ideias mais tarde. E as ideias para as letras funcionam da mesma
maneira, basta escrever as palavras no papel e terminar as letras mais tarde,
quando tiver tempo para o fazer. Eu não sou o compositor principal, mas tenho
uma ideia, o que devemos fazer, como deverá soar, converso sobre isso com os meus
colegas e eles gostavam de fazer isso. Agora, Jonny e Juzzy são os principais
compositores nos OZ e estou feliz
com isso. Eu tenho muitas outras coisas para tratar, portanto agora temos um
fluxo de trabalho muito bom na banda.
Neste 8º
álbum vocês não esquecem as vossas raízes musicais. No entanto, como consegues
fazer essa incrível mistura de influências da velha escola e abordagem moderna?
O metal do século
20 encontra a "fibra de carbono" do século 21. OZ 2020 soa fresco e poderoso, mas ainda tem algumas raízes antigas
das músicas antigas dos OZ! Isso só
é possível quando já criaste vários álbuns e estás em estúdio há muito tempo.
Sabemos o que queremos e sabemos como o fazer, para que saiamos da maneira que
quisermos. Como tecnicamente fazemos isso no estúdio, são os segredos que
guardamos dentro da banda.
O álbum que recebemos para análise tem três
faixas bónus. São todas músicas novas? Por que aparecem como bónus?
Uma dessas
músicas bónus, Break Out, foi gravada
durante a sessão de gravação do álbum Transition
State e foi usada aqui como faixa bónus. Duas outras canções foram gravadas
ao mesmo tempo que o resto do álbum Forced
Commandments. Constantemente focamo-nos na música em vinil e mantemos um ótimo
som. Tu não podes colocar muita música num vinil sem perder a qualidade da
música, por isso temos 8 músicas em vinil e 8 músicas e 3 músicas bónus em CD.
Podes
falar um pouco da vossa experiência nas gravações? Correu tudo como planeado?
Sim, a maioria
das gravações correu bem. Claro, ocorre sempre algo para o qual não estavas preparado,
mas isso faz parte deste tipo de projetos. Este foi o segundo álbum com esta
formação e também usamos a mesma equipa para ajudar os OZ como no álbum anterior Transition
State, portanto tivemos uma boa viagem. A tripulação de ouro foi Mika Borgersen, engenheiro de som e
produtor; Lars Chriss, assistente de
som para a mistura; Mike Lind,
masterização; e Andre da Blekkmark pelo excelente artwork.
O que têm
programado para promover este álbum ao vivo?
Planeamos promover este álbum com uma tournée pela Europa, mas a Covid-19 mudou todos os planos. Fazemos trabalho de marketing com entrevistas e outros trabalhos de RP que podemos fazer sem nos movermos. O ano passado acabou para os espectáculos ao vivo e veremos o que acontece neste ano. OZ começará com espectáculos ao vivo o mais rapidamente possível. E quero aproveitar esta oportunidade para agradecer a todos os nossos fãs leais, e também dar as boas-vindas aos novos fãs. Mais informações estão disponíveis no nosso site.
Comentários
Enviar um comentário