O objetivo
dos Coronary não é, inventar na roda. O seu objetivo é trazer para o
novo século todo o fulgor do metal clássico dos anos 80. E
isso é conseguido com distinção no seu trabalho de estreia, Sinbad. E
para ficarmos a conhecer um pouco melhor esta jovem banda finlandesa, as suas
origens e as suas motivações fomos conversar com o baixista (que também acumula
funções nos influentes Korpiklaani), Jarkko Aaltonen.
Olá Jarkko! Obrigado pela disponibilidade e parabéns pela
estreia, Sinbad. Em primeiro lugar, podes apresentar a banda aos metalheads
portugueses?
Olá! Somos uma
banda honesta de heavy metal tradicional da Finlândia. O nosso objetivo
é recriar a música pela qual nós nos apaixonamos e que nos fez querer fazer
música quando éramos adolescentes. A formação é composta pelo guitarrista Aku
Kytölä, o baterista Pate Vuorio, eu, Jarkko Aaltonen, no
baixo, o guitarra-solo Jukka Holm e o vocalista Olli Kärki.
Quais são as vossas principais influências?
Existem muitas
para mencionar. Havia tantas bandas excelentes a fazer álbuns excelentes e
importantes quando crescíamos nos anos 80.
Como definirias Sinbad para os
leitores que não vos conhecem?
É um disco
clássico de heavy metal tradicional. Na sua forma mais pura.
Como foi o vosso trabalho em estúdio?
Todos nós
tínhamos o objetivo claro, mas demorou algum tempo para concretizar. Tivemos
dias bons e dias maus. Demorou um pouco para terminar porque decidimos usar
dois estúdios e as gravações ficaram espalhadas por um longo período de tempo e
também ainda precisávamos compor e remendar algumas coisas nos estúdios
caseiros. No final, conseguimos entregar o material.
Fizeram algum vídeo para promover este álbum?
Não, não fizemos
nenhum vídeo deste álbum. A editora lançou um vídeo simples com a faixa-título,
mas não é realmente um vídeo da mesma forma que eram nos anos 80!
Podes contar-nos como começou este trajeto dos Coronary?
Em 2017, Kytölä e
Vuorio conheceram-se no mercado local de velharias, enquanto navegavam nos
mesmos LPs de metal. Começaram a falar sobre música e perceberam que
compartilhavam um interesse mútuo no heavy metal da velha escola e
decidiram formar uma banda. Kytölä e o seu antigo vizinho Aaltonen também falaram
sobre formar uma banda, mas era para ser uma banda country. Aaltonen também
estava, no entanto, ansioso para se juntar a uma banda de metal. O trio
reuniu-se numa cave e elaborou algumas das músicas que agora estão no álbum. Um
velho conhecido, Holm, foi recrutado para o posto de guitarrista principal e,
após algumas tentativas fracassadas com outros vocalistas, o quarteto encontrou
Olli Kärki, o Tom Jones de Tyrvää.
Como aconteceu esta ligação entre vocês e a Cruz Del Sur Music?
Fizemos uma demo
de três faixas que lançámos nós próprios. Apenas em cassete, é claro.
Isso despertou o interesse da editora e ofereceram-nos um acordo para lançar a demo,
com o qual concordamos. Produzimos este álbum novamente por conta própria e
assim que terminamos, começamos a procurar alguém para o lançar e eles
interessaram-se novamente e também ofereceram o melhor contrato, portanto foi
uma escolha muito fácil para nós.
Jarkko, tu também és o atual baixista dos Korpiklaani. É difícil
conciliar as agendas entre as duas bandas?
De maneira
nenhuma. A programação deles é conhecida com um ano de antecedência, portanto é
fácil para nós nos adaptarmos. Logo que a tournée mundial dos Coronary
comece, pode complicar-se um pouco mais.
Quais são os vossos principais objetivos para quando esta
pandemia acabar?
Começar novamente
a fazer alguns espetáculos e todos começarem a trabalhar no próximo álbum.
Também temos bastante material escrito para isso!
Obrigado, Jarkko! Queres enviar alguma mensagem para os vossos fãs?
Permaneçam
negativos (Covid-19 negativo) e sejam positivos! Ouçam Coronary!
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