Entrevista: Reach



Muito mudou na vida dos Reach desde 2015, a primeira vez que conversámos com a banda sueca, na altura a propósito de Reach Out To Rock. O quarteto passou a trio, mudaram de editora e vitória de Ludvig Turner dos Ídolos Suecos já não dá entradas grátis nos clubes. Mas há coisas que se mantém: a qualidade intrínseca do coletivo e a sua incessante procura pelo “som Reach”, que parece estar mais próximo de encontrar em The Promise Of A Life, como nos confirma o próprio Ludvig Turner.

 

Olá, Ludvig, como estás desde a última entrevista? Em 2015 falamos sobre o ótimo álbum Reach Out To Rock. O que mudou nos Reach desde então?

Ei!! Sim, é um prazer! Muito aconteceu na nossa banda desde 2015. Eu e Marcus mudamos a formação para um trio com Soufian Ma’Aoui no baixo e estamos cada vez mais perto de encontrar aquele "som dos Reach". Assinamos com a Icons Creative Evil Art para este álbum e Erik Grönwall tornou-se nosso manager! Tudo isso são excelentes notícias para nós.

 

Bem, essa mudança para um trio é, de facto, uma das mais visíveis. Por que optaram por este formato?

Bem, depois de Reach Out To Rock eu e Marcus sentimos que queríamos que os Reach fossem algo diferente. Nem tudo estava bem, por assim dizer. Comecei a escrever canções e fazia sentido cantá-las. Zouf (baixo) já era nosso amigo muito antes de começarmos a banda e a sua participação estava destinada a acontecer. Tornar-nos um trio foi a escolha certa para nós. Quarteto traz problemas, duo é divórcio e trio é uma alegria!

 

Este novo álbum também marca a vossa entrada numa nova editora, a ICEA. Como se proporcionou essa ligação?

Entramos em contato com a ICEA por intermédio de Erik G e dissemos para conversar. Divertimo-nos muito e a malta da ICEA imediatamente expressou interesse nos Reach, tanto como editora, quanto como indivíduos. Achamos isso ótimo e algo que não tínhamos antes com as labels anteriores. Temos um grande suporte tanto na parte criativa quanto na administrativa. Em suma, temos a etiqueta perfeita para nós.

 

Agora em relação ao vosso novo álbum, a evolução é notória. Ultrapassaram os limites com estas novas músicas?

(Risos) Alguns diriam isso! Sim, voltamos a evoluir. Começo a sentir que o ”som dos Reach” estará sempre a mudar. Adoramos experimentar diferentes estilos e fórmulas. The Promise Of A Life está cheio de músicas que foram viradas do avesso e experimentadas. Se ergueres as sobrancelhas algumas vezes ao longo do álbum, então, na minha opinião, acertamos!

 

Como descreverias este novo álbum e de que forma ele reflete o vosso desenvolvimento e crescimento enquanto compositores, músicos e banda?

Eu diria que é progressivo e teatral. Também diria que, como banda, levamos as músicas o mais longe que podíamos. Também queríamos fazer isso com The Great Divine e aos meus ouvidos podes ouvir que estamos a procurar a mesma coisa, mas com mais experiência, tempo e tendência.

 

Deste álbum já lançaram vídeos para as músicas The Law e New Frontiers, duas ótimas músicas, deixa-me dizer-te. São totalmente representativos do que os vossos podem esperar ouvir no novo álbum?

Obrigado! Em alguns aspetos. New Frontier tem muita coisa a acontecer e isso é o que se passa em muitas outras músicas. Tentamos manter boas melodias em todas as músicas, achamos isso muito importante. É nos versos que geralmente ficamos um pouco malucos.

 

The Promise Of A Life é o título que escolheram para este álbum. Existe algum significado especial?

Acima de tudo, todas as letras têm uma vibe dark e as canções representam o álbum. É um tanto irónico. Por que esperar que a vida seja boa, por que sofrer quando tudo vai uma merda. Nunca ninguém prometeu uma boa vida. Talvez alguns tenham apenas uma vida prometida. Não é uma declaração muito feliz, mas acho que tragédia, estranheza e horror são bons tópicos para uma letra.

 

Ainda sentem os reflexos da tua vitória no Swedish Idols ou tudo isso está no passado?

Diria que é passado. Desde 2015 que já não há mais entradas gratuitas em clubes nas nossas visitas a restaurantes (risos).

 

Obrigado, Ludvig, foi bom voltar a conversar contigo. Queres deixar alguma mensagem para os vossos fãs?

Obrigado por nos contactares! É um prazer ler e responder a estas perguntas. Esperamos ver-vos na tour com os Heat.



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