Entrevista: Nephila

É um dos novos nomes suecos que mais nos impressionou. Nephila é o seu nome e título do álbum de estreia. Um disco mágico assente num ensemble de sete criativos músicos onde se incluem dois vocalistas. O psicadelismo e o progressivo cruzam-se de uma forma mágica com temáticas espaciais e uma postura voltada para a componente teatral. Josephine Asker e Jacob Hellenrud falaram connosco sobre este desafiante projeto.

 

Olá, pessoal, obrigado pela disponibilidade e parabéns pela vossa estreia. Em primeiro lugar, podem apresentar a banda aos rockers portugueses?

JOSEPHINE ASKER (JA): Obrigada! Somos uma banda sueca de rock psicadélico, progressivo e blues chamada Nephila. Nephila tem sete membros, com dois guitarristas e dois vocalistas principais. Assinamos com a editora sueca The Sign Records em 2019 e acabamos de lançar o nosso primeiro álbum homónimo.

 

Quais são as vossas principais influências?

JA: Rival Sons e Abramis Brama são as duas bandas que ouvimos muito! Todos nós viemos de origens musicais diferentes, portanto todos têm diferentes tipos de influências.

 

Como definiriam Nephila para os leitores que não vos conhecem?

JACOB HELLENRUD (JH): Naves espaciais colidem com o rock espacial do ano de 1969. Combinando rock psicadélico e heavy blues com expressões teatrais, a nossa orquestra rock de 7 elementos traz o melhor do rock experimental dos anos 70 ao mesmo tempo que adiciona o nosso próprio toque de misticismo e narrativa visual.

 

Este é um álbum conceptual? Se sim, podem contar-nos qual é a história?

JH: De certa forma, sim, mas não o fizemos intencionalmente como um álbum conceptual. É mais uma introdução à banda. É sobre nós, saindo da floresta para nos ligarmos ao mundo e deixar que todos façam parte de Nephila.

 

Em 2018, lançaram o single Growing Down. Por que não foi incluído em Nephila?

JH: Queríamos abrir espaço para algumas músicas novas e antigas no álbum e decidimos deixar Growing Down ser apenas um single, para que pudéssemos dar a alguns novos ouvintes músicas que eles não tinham ouvido antes.

 

Por que demoraram tanto tempo entre esse single e esta estreia?

JA: Pouco antes de lançar o nosso single Growing Down, alguns membros saíram da banda ao mesmo tempo e, portanto, alguns membros juntaram-se à banda logo após esse abandono. Tiramos um tempo apenas para tocar, conhecer-nos melhor e escrever músicas. Depois disso, entramos numa competição chamada Livekarusellen em 2019, para praticar no palco como banda. Depois disso, começamos a gravar o álbum, mas nessa altura alguns de nós mudaram-se para diferentes partes da Suécia, o que causou algum atraso no processo de gravação do álbum.

 

Como foi estabelecida essa parceria com a The Sign Records?

JH: Entramos em contacto com eles quando lançamos Growing Down, mas não obtivemos nenhuma resposta (risos). Anos depois eles entraram em contacto connosco, aos poucos começamos a estabelecer contacto e eles ajudaram-nos a concluir o disco. Eles ajudaram-nos muito com este lançamento e sem eles, não teríamos este álbum.

 

Atendendo ao vosso aspeto visual, têm uma ascendência de teatro nas vossas carreiras?

JA: Uma das nossas principais vocalistas, Stina, é a única com verdadeira formação em teatro. Todos os outros têm um interesse crescente em apresentações visuais ao vivo. A experiência teatral de Stina e o resto da curiosidade da banda por expressões místicas e artísticas, juntas, fizeram a imagem da nossa banda.

 

Já têm algum vídeo para promover este álbum?

JA: Fizemos um videoclipe para o single Belladonna do álbum que lançamos no início deste ano. O vídeo é sobre como contar aos ouvintes a crise ambiental. A atriz no vídeo, Ida Blom, retrata a mãe terra, que se sente impotente quando vê os humanos a encher o mundo com detritos e emissões. O vídeo termina ao contrário, esperando que possamos compor os nossos erros.

 

O que têm planeado para promover este álbum, logo que a pandemia o permita?

JA: Seria extremamente divertido fazer uma tournée na Suécia, mas também em outros países europeus. Também seria incrível ter um verdadeiro festival de lançamento. Embora estejamos a planear gravar e lançar uma sessão ao vivo durante este verão.

 

Quais são os vossos principais objetivos que gostariam de cumprir quando esta pandemia acabar?

JA: Fazer espetáculos ao vivo, fazer espetáculos ao vivo, fazer espetáculos ao vivo! Sentimos muita falta de nos encontrarmos e tocar ao vivo em palco, portanto essa será uma prioridade para nós. E, claro, poder tocar e escrever algumas músicas novas juntos.

 

Obrigado, pessoal. Querem mandar alguma mensagem para os vossos fãs?

JA: Muito obrigado por nos apoiarem, ouvirem as nossas músicas e comprarem o álbum. Isso significa o mundo para nós! Ni är alla galaxers centrum – vocês são o centro de todas as galáxias!



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